Chiado Editora - Roubo da alma

Sou poeta e gosto de escrever. Faço-o pelo extase que me proporciona o malabarismo de sons e palavras, em combinações infinitas, novas descobertas e materialização de emoções. Claro que gostaria de ganhar algum reconhecimento e compensação monetária, sou humano, mas nunca o faria só por isso. Sinto-me mágico quando escrevo, sinto-me divino. Sempre quis publicar e partilhar um pouco da minha arte e, na minha ingenuidade, julguei que as editoras facilitavam essa vontade. Não me importo nada de ter pago para publicar o meu livro, apesar de pensar que seria publicado apenas pelo reconhecimento da qualidade, ou então, não seria publicado de todo...enganei-me...Fui recebido por uma cara conhecida (direi o nome dele porque era uma pessoa que admirava pessoalmente e que me dececionou profundamente) o Afonso Rodrigues, mais conhecido como Sean Riley, dos Sean Riley and The Slowriders. Despachou-me com a rapidez típica da frustração sobranceira de um emprego de escritório. Não o censuro ou responsabilizo a ele pessoalmente, mas foi um dos algozes da minha fé na arte. Voltando à Editora: Primeiro, trataram a minha obra, o meu filho, como uma coisa sem valor. Nem sequer tiveram o cuidado de respeitar a ortografia. Mediante o valor pago, esperaria alguma promoção da obra, mas não aconteceu. Fui desrespeitado, enganado. Preferia que me tivessem recusado a publicação. Para além disso, fiquei vinculado à Editora e qualquer obra que queira publicar, tem de ter a sua marca...a marca do diabo. Queria deixar aqui o meu testemunho, para que não confiem em Editoras. Só querem o vosso dinheiro e levam como troféu a vossa alma. É triste...