Cruz Vermelha Portuguesa
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Performance da Marca
9.6
/100
Insatisfatório
Insatisfatório
Índice de Satisfação nos últimos 12 meses.
Taxa de Resposta
9,3%
Tempo Médio de Resposta
2,8%
Taxa de Solução
7%
Média das Avaliações
21,5%
Taxa de Retenção de Clientes
15,4%
Ranking na categoria
Associações e Instituições Privadas
2 ISQ 89.9
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Cruz Vermelha Portuguesa9.6

Cruz Vermelha Portuguesa - Reclamação de intervenção à cervical

Sem resolução
5/10
Maria Natália Querido Esteves
Maria Esteves apresentou a reclamação
28 de fevereiro 2021
Assunto: Intervenção Cervical


Exmo(a)(sr)

No dia 24 de Fevereiro de 2021, pelas 11.15h, dei entrada no hospital da Cruz Vermelha em Lisboa para ser submetida a uma intervenção de neurorradiolgia com o Dr. Miguel Cordeiro.

Logo num primeiro momento, tendo em conta a instituição onde me encontrava, estranhei quando junto dos serviços administrativos procedi ao pagamento do serviço prestado e me pediram que assinasse um documento onde me informavam que o hospital não se responsabiliza por qualquer bem pessoal que pudesse desaparecer.

Fui então levada para um serviço, que a julgar pela sinalização, anteriormente, serviria como UCI de Pediatria, funcionando agora como enfermaria e simultanemente como armazém. Prova disso é o facto de ao lado da cama que foi me destinada, estarem i) caixas de cartão empilhadas, ii) equipamentos médicos arrumados a um canto, iii) um biombo noutro canto vi) uma fila de cadeirões de repouso degradados. Como é fácil constatar, um ambiente nada acolhedor e indigno de qualquer hospital, particularmente um hospital privado, onde tipicamente a atenção ao cliente e ao conforto/ segurança do mesmo deve, em opinião, ser sempre priviligiada.

Após esta “calorosa” receção, uma auxiliar informa-me que me devo despir, incluindo roupa interior própria, para vestir uma bata e roupa interior do hospital. Pedi que me fosse indicado onde deveria fâze-lo e indicam-me uma casa de banho de pequenas dimensões, onde nada mais cabia além de um lavatório infantil e uma sanita, não existia qualquer tipo de apoio para guardar os meus pertences durante o processo de troca. A única opção foi despir-me de porta aberta para ter espaço e liberdade de movimentos, colocando a minha roupa em cima do lavatório e da sanita.

Depois de vestida com a bata cirurgica, perguntei onde deveria guardar os meus pertences (roupa, carteira, telemóvel, sapatos, etc). Para meu espanto, pedem-me que entregue os de maior valor (telemóvel e carteira) a uma auxiliar e que os restantes (roupa, mala e sapatos) deixasse num dos cadeirões supra referidos (sem qualquer controlo ou prótolo de higiene). Novamente, esta situação criou-me um desconforto significativo, pois não tendo qualquer razão para desconfiar da profissional que me guardou os pertences de maior valor, também não a conhecia ou tinha qualquer relação de confiança com ela, e ao contrário do que tipicamente acontece neste tipo de situações, não me foi sequer atribuido um cacifo para guardar as minhas roupas.

Tal como instruído, após os pontos acima, deitei-me na cama que me indicaram, onde pacientemente esperei cerca de 2h antes de entrar o bloco operatório. Neste espaço de tempo ninguém entrou na sala, o que a mim, apesar de me causar estranheza não me afetou diretamente, no entanto, na mesma sala/ armazém estava uma paciente em recobro que precisava de garantir as suas necessidades básicas e não se podia levantar, nem chamar alguém para a apoiar uma vez que não tinha nenhuma “campainha de alerta”. Importa referir, no sentido de melhorarem o vosso customer care, que foi uma funcionária da equipa de limpezas quem alertou a equipa de serviço para a necessidade de auxiliarem esta sra.

Sou finalmente encaminhada para realizar o meu acto médico, corre tudo sem precalços e sem qualquer razão de queixa, pelo contrário, excelente profissional, de uma correção intocável. Quando regresso, informam-me que tenho de fazer recobro, deitada na horizontal por uma hora, neste caso das 15h às 16h e depois teria alta, simultaneamente oferecem-me uma sopa e um chá que prontamente aceitei. Para comer a sopa que me serviram, endireitaram-me a cama (para posição sentada) e abandonaram a sala, deixando-me sem acesso ao comando para voltar à posição horizontal ou à campainha para poder pedir apoio. Restava-me apenas aguardar que me viessem retirar o tabuleiro e deitar a cama para poder voltar ao recobro horizontal recomendado. Como estava sedada adormeci e esperei na posição sentada e com o tabuleiro à minha frente, durante 2h. Acordo bastante preocupada com os possíveis efeitos que não estar no repouso horizontal recomendado poderiam ter na efetividade do tratamento. Acho de elementar justiça perguntar a quem devo imputar a responsabilidade se alguma coisa correr menos bem por esta falha no recobro pós operatório.

Na ausência de qualquer auxílio, a única solução que me lembrei foi ligar para a linha de atendimento geral do hospital e pedir que pf alguém me viesse apoiar, pois sentia-me completamente abandonada. A senhora que me atendeu, não levou a sério a minha chamada e ignorou o meu pedido (podem valdiar a chamada 24/02/2021 pelas 17h).
Após toda esta situação, fui apoiada por uma auxiliar que não pertencendo aquele serviço foi à sala/ armazém buscar qualquer coisa e a quem pedi que me chamasse alguém daquele serviço, pois estava completamente esquecida. Apareceram de imediato 4 pessoas, a quem referi que o que se estava a passar era inqualificável, não bastando estar numa enfermaria/ armazém, tinha sido esquecida e abandonada duas horas em posição sentada em vez de deitada, sem qualquer possibilidade de pedir por socorro.

Para agravar o ponto anterior, tive de me vestir na enfermaria, sem qualquer tipo de privacidade por não estar segura e não querer arriscar vestir-me numa casa de banho de dimensões tão pequenas após uma intervenção à cervical.

Já vestida para sair, e ao ler a nota de alta que me passaram, confronto-me novamente com a indicação expressa para permanecer 24h deitada na horizontal após a intervenção (relembro que passei as primeiras duas sentada). No entanto, uma auxiliar encaminhou-me para a saída da urgência sem sequer me perguntar se tinha alguém à minha espera ou me informar onde poderia pelo menos sentar-me e aguardar um transporte, fiquei na rua de pé a aguardar que me viessem buscar.

Tendo em conta o supra exposto, lamentando desde já, que um hospital com os pergaminhos da Cruz Vermelha Portuguesa, preste um serviço de tão baixa qualidade e com tão pouca atenção aos seus pacientes/ clientes, volto a perguntar: quem devo responsabilizar caso tenha alguma complicação na minha recuperação ou na eventualidade da intervenção não ter o efeito esperado?
Data de ocorrência: 28 de fevereiro 2021
Maria Natália Querido Esteves
Maria Esteves avaliou a marca
25 de outubro 2021

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Esta reclamação foi considerada sem resolução
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