Hospital Amato Lusitano - Não atribuição de médico de família

Depois da minha Médica de Família se reformar, fui informada de que haveriam de ser contratados novos Médicos de Família para o Centro de Saúde de S. Tiago e que os utentes que tinham ficado sem Médico de Família seriam distribuídos pelos novos médicos que iriam ser contratados.
Aguardei muitos meses por notícias. Entretanto soube que já tinham sido contratados os tais novos Médicos de que me haviam falado e brevemente já iria ter médico. Depois de muitos meses de espera, sem que me fosse atribuído Médico de Família dirigi-me novamente ao Centro de Saúde saber o que se passava, disseram-me que primeiro tinham sido colocadas as pessoas com doença crónica, que continuasse a aguardar. Não me pareceu lógico, até porque, a minha família, depois de estar tanto tempo sem qualquer tipo de assistência médica ou vigilância, já não consigo assegurar que nenhum de nós não tenha entretanto desenvolvido alguma doença crónica, mas continuei a aguardar! Passaram mais seis meses sem que me tenha sido atribuído médico. Voltei ao Centro de Saúde e continuam sem me saber dar resposta nenhuma, soube por uma funcionária que afinal também nunca me iriam atribuir Médico porque não tinham o meu número de contribuinte no sistema (há cerca de 15 anos que estou inscrita neste Centro de Saúde e nunca ninguém me disse que o meu número não estava no sistema, ou que seria necessário estar), e por outra funcionária que, "estão a chegar muitas brasileiras à cidade e que como têm crianças com menos de cinco anos" têm automaticamente direito a Médico de Família, logo, vou ter que continuar a aguardar!

Exmos Senhores
E para onde me vão enviar resposta aos factos relatados?

Recebi a vossa resposta à minha reclamação onde voltam a referir que continuo a aguardar por Médico de Família pois, há pessoas que estão, segundo o vosso argumento à minha frente por ordem de prioridades. Relativamente a essa prioridade independentemente de ela ser ou não questionável, não é essa prioridade que está em causa.
Recordo que eu TINHA Médico de Família e da minha parte não houve qualquer motivo para deixar de o ter, acontece que a Senhora - e muito bem, reformou-se! A senhora foi substituída, logo quem a vem substituir deverá pegar no trabalho que ela já tinha, logo nos seus utentes.
Não está correto que os utentes de um Médico que se reforma passem para a mesma lista das pessoas que estão a aguardar Médico de Família - nessa sim, deverão ser aplicados os critérios de prioridade de que falam. Obviamente que para dar resposta a essa lista devem sim, ser contratados novos Médicos e, se há muitos estrangeiros a chegar à cidade então contratem novos médicos para os assistir e não nos tirem, a quem já cá vive e trabalha há décadas o pouco que temos, até porque, da primeira vez que me foi atribuído Médico de Família, também já estive na referida "fila de espera"!