Hospital Amato Lusitano
Hospital Amato Lusitano
Performance da Marca
40.6
/100
Razoável
Razoável
Índice de Satisfação nos últimos 12 meses.
Taxa de Resposta
88,9%
Tempo Médio de Resposta
48,9%
Taxa de Solução
22,2%
Média das Avaliações
55%
Taxa de Retenção de Clientes
50%
Unidade Local de Saúde Castelo Branco

Hospital Amato Lusitano - Tratamento pouco humano

Sem resolução
2/10
Sara
Sara apresentou a reclamação
2 de janeiro 2023
A minha mãe estava acamada, pois possuía um meningioma (tumor cerebral). Por esse motivo estava na minha casa e não na sua área de residência (Anadia).
Na tarde do dia 12/06/2022 a minha mãe começou a ficar mais apática, pelo que telefonei para o 112 e deu entrada nas urgências do Hospital Amato Lusitano.
Foi atendida pelo médico de serviço que mandou fazer análises e um rx abdominal (eu referi que tinha receio de haver algum problema intestinal). Não mandou fazer TAC porque, segundo ele, não valia a pena, pois já se sabia o que a minha mãe tinha. Depois de conhecidos os resultados das análises, sem nada relevante a considerar, a minha mãe foi mandada para casa.
Aqui começa o problema... sendo ela doente oncológica e acamada, deveria ter uma credencial para ser transportada em ambulância para minha casa. Mas não teve... e eu, mal informada relativamente a este assunto que, para mim, era novo, transportei-a com dificuldade na minha carrinha, pois nem os bombeiros de castelo branco se mostraram disponíveis para o fazer.
Ao dar o jantar à minha mãe, em minha casa, ela teve uma convulsão... novamente contactei o INEM que a transportou para o hospital Amato Lusitano.
Novamente atendida pelo mesmo médico, não fui muito bem recebida, pois já era a segunda vez que lá ia... Depois de uma conversa não muito agradável, pois fica o sentimento de não vale a pena muito mais que o caso dela é grave, eu pedi que ela fosse vista por um especialista - neurocirurgião (serviço que não existe neste hospital) para fazer uma avaliação da situação. Eu fiz referência ao serviço de neurocirurgia de Coimbra (HUC) que seguia a minha mãe e onde ela já tinha sido operada no dia 26/10/2021.
Depois do impasse gerado, pois o médico não queria fazer muito mais pela situação, resolveu chamar um médico da medicina interna.
É de referir que a minha mãe assistia a toda esta situação deitada numa maca, mas plenamente consciente de tudo o que se passava.
Sou chamada para falar com o médico de medicina interna. E é lamentável que um médico novo seja tão insensível a uma situação delicada tanto do paciente, como da acompanhante. Com uma postura de superioridade, costas direitas e braços cruzados, não adiantou muito. Apenas prometeu contactar Coimbra ainda nesse dia e depois telefonar-me para dar conhecimento da conversa com os colegas de Coimbra (tal como referiu). Ainda hoje aguardo a chamada a informar-me da dita conversa com Coimbra. Não acredito que tenha acontecido...
A minha mãe ficou no hospital, não por discernimento da parte destes dois médicos, mas porque eu recusei-me a trazê-la para casa após uma convulsão e sem transporte adequado...
No dia seguinte, de manhã, fui para o Hospital e depois do almoço a minha mãe teve alta. Uma médica (medicina interna) explicou-me que tiveram que aumentar a medicação. Deu-me uma receita para levantar na farmácia do hospital um corticóide mais forte e entregou-me uma credencial para solicitar transporte pois tratava-se de uma doente oncológica.

Assim, sinto que os dois médicos que me atenderam dia 12/06 poderiam ter feito muito mais pelo direito plasmado na Lei n.º 15/2014 Artigo 4.º Adequação da prestação dos cuidados de saúde:

1 - O utente dos serviços de saúde tem direito a receber, com prontidão ou num período de tempo considerado clinicamente aceitável, consoante os casos, os cuidados de saúde de que necessita.
2 - O utente dos serviços de saúde tem direito à prestação dos cuidados de saúde mais adequados e tecnicamente mais corretos.
3 - Os cuidados de saúde devem ser prestados humanamente e com respeito pelo utente.

Lamento muito a falta de humanidade e de compreensão para com a doente e para comigo.

No dia 17/06 levei a minha mãe para uma instituição em Aveiro, perto do hospital onde foi diagnosticado o meningioma (Hospital Infante D. Pedro - Aveiro) e mais perto dos HUC, hospital onde era acompanhada e onde tinha sido operada no final de 2021.
Data de ocorrência: 12 de junho 2022
Hospital Amato Lusitano
3 de janeiro 2023
Exma Senhora,

Recebemos a sua exposição nesta ULSCB, EPE - Unidade Local de Saúde de Castelo Banco, que mereceu a nossa melhor atenção.
Estamos a proceder à análise dos factos relatados, através dos Serviços competentes, tendo em vista o seu esclarecimento.

Com os melhores cumprimentos,
Gabinete do Cidadão
Sara
22 de janeiro 2023
Continuo a aguardar uma resposta...
Sara
20 de fevereiro 2023
Ainda estou à espera de resposta! Gostaria que, pelo menos, dessem uma explicação para o ocorrido…
Hospital Amato Lusitano
23 de junho 2023
Exma Senhora

Foi-lhe enviada resposta Institucional, a 21/06/2023, através de correio eletrónico, datado de 23/06/2023, no seguimento da sua comunicação ao HAL- ULSCB, EPE.


Com os melhores cumprimentos,
Gabinete do Cidadão
Hospital Amato Lusitano
26 de junho 2023
Exma Senhora

Foi-lhe enviada resposta Institucional, a 21/06/2023, através de correio eletrónico, datado de 23/06/2023, no seguimento da sua comunicação ao HAL- ULSCB, EPE.


Com os melhores cumprimentos,
Gabinete do Cidadão
Sara
19 de agosto 2023
A resposta à minha exposição foi me enviada, por mail, no dia 23/06/2023.
Na mesma é referido que:
• ” A ULSCB, EPE acompanha a dor de V. Ex.ª e lamenta a interpretação e a percepção com que ficou no âmbito do atendimento da sua mãe neste Hospital”.
Sobre este ponto devo dizer que não me parece de todo que a ULSCB acompanhe a minha dor, pois, acompanhar é estar ao lado. Quando se entra num hospital e se está, efetivamente, a sentir a situação precisamos de uma equipa que nos dê o devido apoio para que a nossa atenção possa estar direcionada para a pessoa que acompanhamos;
Em relação à minha interpretação/percepção, devo dizer que a minha formação académica reflete a minha personalidade, pelo que me baseio em factos e esses foram bem evidentes:
- transportei a minha mãe do hospital até casa na minha carrinha, quando ela tinha direito ao transporte em ambulância, pois era uma doente oncológica e, para mais, muito debilitada;
- nesse primeiro contacto, apenas foram realizadas análises clínicas, uma vez que não seria necessário fazer TAC pois já se tinha conhecimento da sua doença;
- pouco depois de chegar a casa, a minha mãe começou a ter convulsões;
- na segunda visita ao hospital, o mesmo clínico geral, as mesmas respostas e a minha insistência com a neurocirurgia dos CHUC;
- nunca me foi dito que a minha mãe teria de ficar no hospital em observação;
- a promessa de contacto telefónico (não fui eu que o solicitei!) para dar conhecimento da articulação com os CHUC e a espera do mesmo toda a noite…

Serão necessárias mais evidências?

• “Embora não lhe tenha sido formalmente comunicado, o Médico Especialista de Medicina Interna agiu em todo o momento, de acordo com a boa prática médica, (…) em total cumprimento como que lhe foi transmitido e comunicado pelo médico neurocirurgião dos CHUC, contactado para o efeito.”
Relembro que o contacto com os CHUC foi efetuado por minha insistência…

• O facto de ser referido que “os médicos têm vários perfis e diferentes sensibilidades” e que “Não significa com menos cuidado ou expressão de indiferença perante o doente e seus familiares ou um tratamento com menos humanidade.”, não me traz nada de novo; o que eu verifiquei foi indiferença e uma postura física de afastamento.

Em suma, apesar de me apresentarem as condolências (que, sinceramente, dispenso), nesta resposta, a ULSCB apenas tentou dar uma impressão de humanidade e eficácia da sua equipa clínica (12/06) que ficou muito a desejar.
Sara
Sara avaliou a marca
3 de abril 2023

Penso que, no mínimo, merecia uma resposta.

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