Hospital Garcia de Orta
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Hospital Garcia de Orta - Negligência, maus tratos a idoso e recusa à informação dos familiares

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Francisco Gonçalves
Francisco Gonçalves apresentou a reclamação
9 de abril 2024
No dia 6 de abril foi solicitada assistência médica à minha avó com 93 anos pois apresentava sinais claros de AVC (boca torta do lado esquerdo, pálpebra do lado esquerdo caída, ausência movimento perna esquerda, falta de força na mão esquerda e dificuldade em perceber o que dizia). A ambulância chegou rapidamente e a levaram para o Hospital Garcia da Horta dando entrada neste por volta das 11:30. A minha mãe foi a acompanhante mas não lhe foi solicitada qualquer informação por médicos ou enfermeiros tendo permanecido na receção e desde que a minha avó deu entrada no hospital foi recusado a permanência de familiares com a doente. Eu cheguei ao hospital por volta das 14:00 e solicitei informação clinica do paciente (1a vez). Aparentemente ainda não tinha sido vista por um médico. Questionei a situação e tentei esclarecer se o serviço estava a par da medicação habitual do doente. Foi-me indicado para falar com a enfermeira que admitiu a minha avó e fez a triagem. De acordo com esta não existiam sinais clínicos de AVC e que a minha avó teria entrado no hospital devido a uma constipação não responsiva a tratamento e que teria por isso sido atribuída uma pulseira amarela. Nesta conversa insisti que os sinais clínicos da minha avó eram claros de AVC e informei a medicação habitual que poderia interferir no tratamento de AVC agudo.
Cerca de 1 hora depois, pelas 15:00, solicitei nova informação (2a vez) e foi-me indicado que ainda não teria sido vista por um médico. Pedi para ver a minha avó. Este pedido foi atendido porém teria de ser apenas muito breve. Fiquei estupefato ao encontrar a minha avó num corredor, sem qualquer monitorização, sem que tivessem ainda feito qualquer tratamento ou exame de diagnóstico e com uma fralda ensopada de urina, coberta em expetoração e a tentar pedir ajuda para lhe darem água. Questionei o pessoal presente e foi-me indicado que iram tratar dela de imediato para eu esperar no exterior. Conversei com a minha família sobre alternativas a esta situação e voltei a solicitar o contacto do hospital (3a vez). Foi-me indicado que dada a situação do hospital que não podiam fazer nada e caso pretendesse remover a minha avó do hospital dado que ainda não tinha sido vista por um médico que não necessitaria de qualquer documento. Discutimos em família a situação e a minha mãe solicitou para ver a minha avó de maneira a ver se a situação tinha melhorado (4a vez). A minha mãe entrou e efetivamente já tinham mudado a fralda da minha avó e dado um Iogurte porém ainda não tinha sido vista por qualquer médico ou sido realizado qualquer tratamento ou exame médico mas foi indicado que seria vista em breve. Dada a melhoria optamos por esperar mais algum tempo.
Por volta das 19:00 (5a vez) solicitei informações clinicas da minha avó. A Sr. Alexandra Reis chamou-me para a sala de informações e para meu espanto indicou que os meus pedidos de informação seriam em excesso, ou seja, 5 pedidos em 5 horas, e que não seria transmitida qualquer informação do paciente além de que teria já sido vista por um médico e que iria fazer exames. Questionei quais os exames e que tratamento foi realizado ao que foi recusada a informação pois a minha avó estava consciente e capaz de tomar decisões terapêuticas por si só sem ser necessário consentimento da família. Informei que a minha avó estava a cargo da minha mãe e que foi-lhe atribuída pela junta médica um alto grau de invalidez que contrariava esta informação. Tentei obter mais informação e foi-me indicado que não seria dada mais informação e a Sr. Alexandra Reis disse: "Não vamos dar mais informação, caso seja solicitada será ignorado o pedido, se fizer reclamação será ignorada ou quem lhe responderá serei eu pelo que não terá qualquer resposta e se quiser levar a sua avó daqui será um favor que nos faz! Se não saírem do hospital irei chamar o segurança".
Perante a situação de que a minha avó já estaria sob o cuidado médico depreendemos que a situação estava melhor e que seria agora tratada adequadamente.
Tentamos ao longo da noite obter mais informação bem como mais membros da família sem sucesso.
Por volta das 24:00 fomos contactados pela Sr. Alexandra Reis a indicar que foram realizados testes para vírus respiratórios e foi administrado antibiótico Amoxacilina + Ac. Clavulânico. Perante esta situação solicitei para falar com o médico o que me foi negado. Questionei esta abordagem clinica uma vez que os sinais de AVC eram evidentes. A Sra. Alexandra indicou que não foram detetados sinais de AVC na triagem ou no exame médico pelo que nada teria sido feito nesse sentido e que os médicos teriam mais conhecimento que os familiares. Indicou que o paciente estava consciente e capaz de tomar decisões.
Por volta das 8:00 contactamos o hospital para obter informações e mais uma vez foi recusada informação e que poderiamos tentar falar com o médico por volta as 12:00 mas que até lá deveria ter alta. Mais uma vez indicaram que podiamos remover a minha avó a qualquer altura bastando assinar o termo de responsabilidade.
Deslocámo-nos ao hospital com o intuito de removermos a minha avó do hospital independentemente do parecer médico. Foi-nos dificultado o acesso à minha avó e à execução desta nossa decisão. Apenas por volta das 12:00 de dia 7 de abril, e após indicarmos ao hospital que pretendiamos remover a minha avó dos seus cuidados, uma médica nos contactou a indicar que iria ser realizado um TAC de modo a verificar se teria existido ou não um AVC pois clinicamente existiam evidências de tal mas que uma vez que já teria decorrido mais de 24 horas não iria existir qualquer tratamento para além do tratamento normal que a minha avó realiza. Apesar desta médica indicar que não existia qualquer beneficio da minha avó permanecer no hospital fomos obrigados a assinar uma alta contra indicação médica para remover a minha avó do hospital.
A minha avó neste momento não mexe a perna do lado esquerdo, tem a boca torta e não tem força no braço esquerdo. Ainda estamos a avaliar se o refluxo de engolir foi afetado pois tem muita dificuldade em comer.
Compreendemos que o prognostico provavelmente seria o mesmo independentemente do tratamento realizado no hospital porém o abandono e recusa de tratamento do idoso por mais de 24 horas deterioraram o quadro clinico.
Data de ocorrência: 9 de abril 2024
Francisco Gonçalves
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