Durante a madrugada do passado dia 10 de Junho a minha avó deu entrada nas urgências das vossas instalações acompanhada pela minha mãe, sua filha. Como esteve durante a noite a fazer vários exames e análises, disseram à minha mãe que podia vir para casa descansar enquanto a minha avó iria continuar em observação, e que durante a madrugada uma ambulância dos bombeiros garantia o transporte e que a vinham estregar até à nossa casa (visto que a minha avó nessa altura se encontrava a morar na nossa residência, em Águas Santas), informação que o hospital tinha conhecimento. A madrugada passou e a minha avó não foi entregue. De manhã, por volta das 8 horas, a minha mãe dirigiu-se até ao hospital para questionar na secretaria o que teria acontecido e o porquê da minha avó não ter chegado ainda a nossa casa. Informaram-na que tinha acontecido um percalço com o bombeiro que faz os transportes de ambulância, mas para a minha mãe voltar para casa que durante a manhã a minha avó seria entregue com toda a certeza. Pois bem, durante essa manhã recebemos uma chamada de uma tia que vive em Baião (zona em que a minha avó morava antes de estar debilitada e ter que vir morar connosco), a dizer que estava um táxi à porta de casa dela com a minha avó lá dentro. Para além da conta de 90 euros que o táxi levou, a situação é gravíssima por diversos motivos. Primeiro, a minha avó estava muito debilitada e com alguns episódios de esquecimento. Alguém no hospital a deixou sair de táxi, sozinha, para a morada errada, quando nos asseguraram que ela seria entregue por uma ambulância dos bombeiros em Águas Santas. Depois de tudo acontecer, desloquei-me ao hospital para tentar entender o que tinha acontecido. Concluíram que foi um erro de comunicação, que alguém entendeu mal e cancelou o transporte da ambulância, e deixaram a minha avó sair sozinha de um hospital, na sua não totalidade de faculdades mentais, SOZINHA de táxi para uma morada incorreta. O mais grave não foram os 90 euros, mas sim o facto do que poderia ter acontecido. Ter-se perdido, não saber voltar para casa, onde estava. A pessoa com quem falei, de seu nome Helena e era a responsável de turno presente naquele dia, garantiu-me que os 90 euros seriam reembolsados e depois de ficar com o meu contacto telefónico ligaria. Quase ao fim de 2 meses ainda nada. Já me desloquei ao hospital várias vezes e nunca conseguem dar informação nenhuma. Isto é de uma irresponsabilidade tremenda e de uma incompetência ainda maior. Espero que sejam breves na resposta e na solução. Já enviei vários e-mails também para o gabinete do cidadão e a resposta é sempre a mesma, esperar. Há 2 meses que a resposta é sempre esperar. Pedir desculpa não chega. Infelizmente a minha avó já faleceu e o reembolso dos 90 euros pelo vosso erro gravíssimo continua sem acontecer. É vergonhoso deixarem uma doente sair do hospital sozinha quando tinham garantido transporte. Vergonhoso e gravíssimo.
Data de ocorrência: 17 de agosto 2022
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.