Bom dia Exmos. Senhores,
Venho, por este meio, fazer uma participação de um sucedido intolerável e inadmissível por parte da colaboradora (*), a qual presta serviço na Instituição IPSS "Jardim Infantil Popular da Pontinha".
Esta colaboradora já foi responsável pelos meus dois filhos no ATL desta instituição e a sua forma de agir para com as crianças sempre foi questionável. Fui uma das mães que tive de me dirigir algumas vezes ao Jardim Infantil Popular da Pontinha (JIPP) por forma a esclarecer determinadas queixas dos meus filhos em relação a atitudes duvidosas por parte desta senhora, nomeadamente agressão física (como "palmadinhas" na cabeça e empurrões com alguma brutalidade), junto da coordenadora e da própria Sra. (*). Sempre abafaram essas atitudes, negando qualquer tipo de comportamento semelhante ao descrito pelas diversas crianças.
Entretanto, a minha filha transitou para o 2º Ciclo, pelo que deixou de pertencer ao ATL do JIPP, enquanto que o meu filho, por estar ainda no 1º Ciclo continuou a frequentar a Instituição, continuando sob os cuidados da colaboradora (*). No entanto, devo salientar que fui obrigada a prescindir dos serviços de ATL do JIPP (apesar de me fazer muita falta devido ao meu horário laboral e do pai) porque o meu filho passou a ter crises de ansiedade, chorava compulsivamente, pedia insistentemente para não ir à escola, até que nos confidenciou que continuava a ser alvo de chacota por parte desta senhora, diante dos seus colegas e de quem estivesse presente. A verdade é que estávamos a atravessar um período trágico enquanto família por perda de um ente querido e, talvez por exaustão, optei pelo caminho mais fácil e ao invés de formalizar uma reclamação, acabei por resolver o problema rescindindo o contrato com o Jardim Infantil Popular da Pontinha, retirando assim definitivamente o meu filho de lá.
No entanto, parece que a perseguição continua e eu não posso continuar a remeter-me ao silêncio compactuando com as atitudes indecentes desta senhora para com as crianças. Pelo menos, para com o meu filho, não soube de mais nenhum episódio de qualquer tipo de agressão física, no entanto, o mesmo já não posso dizer no que respeita a agressão verbal.
É verdade que o meu filho já não está sob a alçada desta instituição, mas esta senhora continua a ter contacto presencial com o meu filho nas vezes em que vai buscar as crianças da escola Mello Falcão para irem almoçar ao JIPP e levá-las de regresso e quando é requisitada para preencher alguma ausência de determinado professor(a). Na maioria desses contatos, esta suposta profissional de Educação faz questão de denegrir a imagem do meu filho com comentários ofensivos e humilhantes, sendo que neste último lhe chamou de "Parvalhão". Deixem-me explicar em que circunstância se passou este último ocorrido, por forma a não pensarem que foi uma resposta a algum tipo de injúria ou provocação por parte do meu filho. Eu soube deste ocorrido através do meu filho com o testemunho dos colegas que ficaram indignados com esta postura pois ele é uma criança bastante estimada não só pelos colegas, mas também pelos adultos que lidam diariamente com ele (professora, auxiliares e outros colaboradores). Estas crianças contaram-me que a colega da Sra. (*) (**) apontou para o meu filho e disse: "Olha ali o Martim Santos", ao que a Sra. (*) corrigiu e disse em alto e bom som: "Não é Martim, é Gabriel Santos, aquele Parvalhão!". Não sei se a sua intenção era fazer com que o meu filho ouvisse e, mais uma vez, se sentisse humilhado, mas a verdade é que os colegas contaram logo ao Gabriel na primeira oportunidade e assim que me viram, vieram relatar-me o ocorrido, profundamente indignados. Apesar da minha vontade instantânea ser de pedir esclarecimentos junto desta senhora, desta vez, optei por expor esta situação (que já se vem a arrastar há alguns anos) junto das entidades competentes. Tanto se apela (até mesmo pela direção do próprio JIPP) à Inclusão de todas as crianças independentemente das possíveis diferenças ou limitações de cada um e esta senhora implica descaradamente com o meu filho só porque sim. Atenção que estamos a "falar" de uma criança de 10 anos, educado, bom aluno, respeitoso, cumpridor das leis que lhe são impostas e muito apreciado por quem o rodeia num geral.
Em suma, esta atitude cobarde por parte de uma colaboradora da IPSS Jardim Infantil Popular da Pontinha não pode ser admissível e não pode, de forma alguma, continuar a ser abafada. Pronuncio-me em nome do meu filho, mas também em defesa das crianças num geral. A agressão física, verbal ou qualquer tipo de descriminação é crime e, quando envolve crianças, tem uma agravante acrescida. Enquanto pais, fazemos tudo o que está ao nosso alcance para que os nossos filhos marquem a diferença pela positiva e o resultado é notório não só pelo desempenho escolar como na postura que adotam diariamente e não pode surgir uma colaboradora que ao invés de reforçar o nosso esforço, simplesmente estraga de uma forma abrupta e negligente. Saliento que este incidente ocorreu em pleno período laboral e dentro do recinto da Escola Primária Mello Falcão.
Agradeço que este assunto seja aprofundado e que tenha o tratamento que a lei assim o exige!
Data de ocorrência: 5 de julho 2021
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.