Jumbo - Não foi feita a substituição do equipamento

No dia 15 de dezembro de 2018 adquiri no Jumbo Box do Alegro de Setúbal um gerador de vapor Rowenta Silence Steam Pro. Ao chegar a casa e experimentar o equipamento, verifiquei que o mesmo perdia água pela base e que esta se agarrava à roupa.

Por este motivo, dirigi-me, no dia 29 de dezembro de 2018, ao mesmo estabelecimento, onde pedi a troca imediata do equipamento. Fui informada pelo serviço de pós-venda de que não o poderiam fazer sem autorização da marca e que, por isso, o mesmo teria de ir à Rowenta para ser avaliado e apenas poderia ser feita a troca caso o equipamento não tivesse reparação. Aceitei este ponto e o equipamento foi enviado para a marca. Sensivelmente três semanas depois, no dia 17 de janeiro de 2019, fui informada de que o equipamento estava disponível para levantamento. Fui levantá-lo no dia seguinte (18 de janeiro de 2019).

Uma semana depois do levantamento, fui utilizar o gerador a vapor e verifiquei que o problema da perda de água se mantinha, mas numa escala ainda maior. Experimentei o ferro nos três modos (Eco, Normal e Boost) e em qualquer um destes modos a perda de água era semelhante. Fiz alguns vídeos do comportamento do ferro e dirigi-me à Jumbo Box do Alegro de Setúbal, para pedir novamente a substituição imediata do equipamento, uma vez que não poderia estar outra vez privada três semanas do ferro, a ter de pagar um serviço de passagem de roupa, sem quaisquer garantias de que o mesmo viesse arranjado. Foi-me dito que ele teria de ir novamente à marca, resolução que recusei, uma vez que já teria ido à marca para ser avaliada a substituição do equipamento e foi feita a reparação. Apenas nesta altura me foi dito que o ferro não tinha ido à marca, mas sim a um Centro de Assistência autorizado, ou seja, a informação que me foi dada aquando da primeira reclamação era falsa.

No serviço de pós-venda foram feitos despistes ao ferro e, apesar de conseguir ver a queda de água para o chão, bem como as gotas de água a escorrer pela base, garantiram-me que o ferro não tinha quaisquer anomalias e que, por isso, não poderiam fazer nada. Alertei várias vezes que estava a conseguir ver a água a pingar pela base do ferro, e os funcionários do serviço garantiram-me que esta era "uma situação normal, que se devia à condensação de vapor nas laterais do ferro", quando a água saía dos furos da base, tal como acontecia nos vídeos que levei como prova. Foram, também, buscar uma peça de roupa, para mostrar que a mesma não ficava molhada, não tendo pressionado o botão de vapor do ferro; ora, sem pressionar esse botão para fazer vapor, o mesmo não irá perder água, uma vez que é só quando emite vapor que tal acontece.

Optei, então, por não enviar o equipamento, novamente, para reparação, devido aos constrangimentos que essa situação me causaria, e escrever no Livro de Reclamações do estabelecimento, ao abrigo do ponto 1, do Artigo 6.º do DL 84/2008, de 21 de Maio, que estabelece que "1 — Sem prejuízo dos direitos que lhe assistem perante o vendedor, o consumidor que tenha adquirido coisa defeituosa pode optar por exigir do produtor a sua reparação ou substituição, salvo se tal se manifestar impossível ou desproporcionado tendo em conta o valor que o bem teria se não existisse falta de conformidade, a importância desta e a possibilidade de a solução alternativa ser concretizada sem grave inconveniente para o consumidor.".

Não me foi, em momento algum, proposto pelos funcionários da Jumbo Box do Alegro de Setúbal uma alternativa, alegando que não poderiam fazer a substituição do equipamento por se tratarem de "políticas da empresa", mesmo quando confrontados com a Legislação atualmente em vigor, alegando ainda que só "ao fim da terceira reparação é que poderiam fazer a substituição do equipamento", ou seja, apenas três meses depois de estar privada de um equipamento que adquiri é que posso ser ressarcida do valor do mesmo e ter um equipamento funcional, isto tendo em conta que seis semanas depois de ter adquirido o ferro, apenas o tive em minha posse três, sendo que nessas três não o consigo utilizar, porque me deixa a roupa encharcada.

Acho lamentável que este serviço de pós-venda opte por desvalorizar tanto a Lei, como a reclamação do cliente e opte por forçá-lo a ficar, novamente, privado de um equipamento essencial para o dia-a-dia de qualquer pessoa, com todos os prejuízos que isso acarreta, mesmo numa situação em que o equipamento é novo (tem pouco mais de 1 mês), tem pouquíssima utilização (apenas foi utilizado três ou quatro vezes) e tem um preço bastante avultado.