Em março de 2018 demos conta de um apodrecimento do soalho de um quarto. Aberto um pedaço do mesmo, verificou-se que se devia a uma infiltração oriunda de uma casa de banho contígua, devido a um pequeno descolamento (3/4 mm) do fundo de uma base de duche construída em pedra, eventualmente por causa de um sismo de 4.3 que houve em agosto de 2017(?).
Houve uma reparação expedita (preenchimento da fenda com cola-e-veda) para não inviabilizar a utilização do duche, mas não do soalho até se conseguir perceber a extensão da infiltração nas restantes áreas contiguas.
No final de 2018, ficou bem visível o impacto, tendo-se então procedido à participação ao seguro que temos apenso ao crédito habitação no Santander Totta.
Devido a gestão da carteira de seguros do banco em junho/julho de 2018 ter mudado de companhia, e porque o caso reporta a período anterior, a atual companhia indica a necessidade da participação ser feita à companhia à data dos factos (3/2018) – Liberty – a qual declinou responsabilidade, porque não foi feita uma participação até 8 dias após sinistro.
Dada a natureza da situação, o sinistro teve um caracter “invisível” e por isso não passível de ser identificado o momento e a data precisa da ocorrência, a não ser pelos seus efeitos posteriores, o que naturalmente torna impossível contar os 8 dias. Objetivamente, tal justificação faz desaparecer o facto do sinistro ter acontecido?
Mais audaz é acrescentarem à argumentação que “a situação foi decorrendo ao longo do tempo, pelo que não se trata de uma situação súbita e imprevista, condicionantes necessárias ao acionamento da Apólice”, confundindo o sinistro – descolamento súbito e imprevisto do fundo da base de duche – com os seus efeitos.
Quando algo do género acontece num prédio, o vizinho de baixo, rapidamente dará conta do facto. Dado ser uma moradia térrea e um sinistro de efeito lento, é justo e plausível sustentar a tese que não cumpre os padrões de acionamento e assim enviesar-se o espírito deste tipo de seguros?
Até hoje o duche, 2 quartos e um corredor aguardam (já em grande estado de degradação) o procedimento mínimo exigível – visita pericial – que a Liberty nem sequer quer considerar a possibilidade, facto que não permite há mais de um ano a sã vivência e organização normal nos quartos dos jovens, pelo que julgamos ser do mútuo interesse esta situação ser cuidada de forma digna e de entreajuda que caracteriza os humanos de bem, propósito para o qual as ferramentas como os seguros foram criadas para ajudar.
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