Bom dia Exmos Sr.s,
Ontem pelas 10h30 dirigi-me à Primark para efectuar a devolução de alguns artigos de uma larga compra efectuada no dia 1 de Junho. Após algum tempo de espera (perfeitamente normal), um superior de estatura baixa pediu a uma colaboradora de estatura alta, cabelo encaracolado e ruivo, de nome Mayara (salvo erro,) para efectuar a devolução. A mesma reclamou de forma indevida e gesticulando com os braços (não percebi nem quis perceber o porquê) mas na verdade a menina veio atender-me de má cara e sem um bom dia. Quando lhe pedi para efectuar a devolução respondeu-me "DISTO TUDO?", de olhos esbugalhados.
Relembro que no dia 1 de Junho todos os colaboradores disseram que uma vez que não se podia experimentar, poderíamos efectuar compras naturalmente e efectuar trocas e devoluções (política COMUM da Primark).
Voltam a chamar a colaboradora Mayara e ela gestualmente, encolhe os ombros e aponta para o que está a fazer, com cara desagradável. Posteriormente o mesmo superior em alto e bom som vem já a falar e continua a falar para essa mesma colaboradora " É aqui que se vê que as pessoas são mesmo sem noção..."
Será que esse mesmo superior, no auge da sua má educação não pensa que está a interromper o atendimento e a ser indelicado, tendo em conta que nem sei se se refere à minha situação em concreto.
Não terão os 500 superiores que param por ali entre as caixas a olhar para as pessoas, uma sala de reuniões, de forma a evitar estas situações inapropriadas ?
Após o pior atendimento que algum dia tive na Primark, ao sair vi que já tinham disponíveis outras cores e tamanhos de uma t-shirt que não tinham no dia 1 pelo que selecionei 3 e dirigi-me à caixa.
Parei na bolinha de espera da primeira caixa e a colaboradora Mayara olha para mim com cara de poucos amigos e diz-me em alto e bom som "tem que ser lá ao fundo" e ridiculamente eu fiz o que ela disse, tendo todas as outras caixas bolinhas livres e podendo ter sido atendida mais rapidamente. Isto para que ela pudesse comentar com as colegas do lado, que eu era maluca, fiz uma devolução de imensos artigos e já estava ali a comprar outra vez, colocando todas as colegas a olhar para mim.
Quando vou ser finalmente atendida, a colaborada pede para aguardar que vai desinfectar a banca e pega numa molhe de toalhitas secas e completamente sujas, nem ela sabia escolher a melhor e assim passou no balcão e no TPA. Nisto, vem novamente o mesmo superior, olhou para mim e sem um sorriso nem um básico "peço desculpa de interromper, demoro um segundo" apenas de dirigiu à colaborada e lhe deu uma ordem.
No final a menina, coloca-me as t-shirts com cabides na saca às 3 pancadas, as quais tive de retirar sozinha e deixar na loja.
Não há empatia, sorrisos e sim eles são perceptíveis com a máscara, logo neste período de maior fragilidade. Há sim má educação, desleixo, falta de respeito, pessoas robots...
Sugeria que os próprios superiores começassem por ser educados, gentis e prestáveis, de forma a dar o bom exemplo aos colaboradores e conseguirem formá-los nesse sentido.
A quarentena terminou e foi-nos pedido para começarmos a nossa rotina a pouco e pouco. Não culpabilizem as pessoas que vão aos shoppings e que aí estão em voz alta entre os colaboradores, inclusive em conversas com amigos que aparecem na loja (que ironia!). A mensagem que passa é que todos os colaboradores não estão com vontade de trabalhar. Muitos de nós nunca pararam, muitos de nós rezam para ter um trabalho e muitos de nós rezam para a sua actividade reabrir. Façam sim com que as pessoas se sintam à vontade com os novos procedimentos e para que os clientes se sintam sempre bem-vindos.
Aproveito para deixar a minha opinião de que falta desinfectante das mãos à saída da loja ou nas caixas e deviam ter mensagens de que não se pode experimentar a roupa mesmo sem ser nos provadores. Vi várias pessoas a fazer isso e também uma colaboradora super antipática a tirar-lhe a roupa da mão, e é a tal falta de empatia, todos nós estamos habituar-nos a esta nova realidade.
Melhores cumprimentos,
Mafalda Gomes
Data de ocorrência: 5 de junho 2020
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