Transportes Antunes Figueiras - Sucessivas falhas de comunicação

Mudei recentemente para França, vindo de Portugal. Precisei de ajuda para trazer bens pessoais (ex.: roupa, louça, utensílios, etc).

Por volta de 15 de Maio de 2019, contactei pela primeira vez por telefone a empresa Transportes Antunes Figueiras.
Descrevi a minha situação e aquilo de que precisava. Respondi às questões que me foram colocando, e tentei obter informações sobre preços, prazos, garantias, e meios.

A 3 de Junho voltei a contactar por telefone a empresa para avançar com o processo. A pedido deles, enviei por email nesse mesmo dia as moradas para levantamento e entrega, data de levantamento, e dados para faturação.
Ocorreu-me que pudessem não pensar nisso, então deixei claro que precisaria de um porta-paletes e elevador para efetuar a carga.
Na altura não tinha ainda firmado a morada exata para entrega. O combinado foi que ficassem as paletes no armazém da empresa, em Portugal, durante aproximadamente 2 semanas, até que eu desse indicação do local exato para descarga.

À falta de confirmação, no dia seguinte (4 de Junho) enviei um segundo email. No dia 6 de Junho, ainda sem resposta, telefonei para a empresa e obtive a confirmação.

A 7 de Junho, à hora combinada foi feito o levantamento. Tudo correu de forma rápida e sem problemas.

Apenas 4 dias depois, no dia 11 de Junho, recebi um telefonema da empresa. Fui informado que devido a um equívoco causado pelo feriado, as paletes estavam já em França. Perguntaram-me se tinha já uma morada para entrega. Eu tinha chegado também nesse mesmo dia a França, então não me foi possível aceitá-las. Foi-me dito que tentariam orientar a situação e que logo me informariam.

Até ao dia 21 de Junho não tinha recebido qualquer outro contacto. Decidi nesse dia telefonar à empresa para saber do sucedido às paletes, e também para os informar que haveria um atraso da minha parte. Questionei a necessidade de fazer um pagamento extra para compensar os custos devidos ao atraso. A resposta tanto nesta como noutra ocasião anterior foi que "não havia problema".

A 5 de Julho contactei a empresa para indicar o local exato de entrega. A data desejada seria a partir de 12 de Julho.
Informei que, por motivos logísticos, apenas poderíamos receber as paletes antes das 14 horas, independentemente do dia, e que necessitaria de um aviso com pelo menos 24 horas de antecedência. Para facilitar o mais possível, detalhei também as coordenadas GPS e enviei um mapa com indicações. Sugeri também que enviassem um camião de dimensões menores para facilitar a navegação, dado que a casa se encontra numa zona com ruas estreitas.

A 9 de Julho, sem confirmação do email, telefonei. Informaram-me que tinham recebido a mensagem, e foi-me garantido que até ao dia 19 de Julho seria feita a entrega.

No dia 20 de Julho recebi um email informando que "iriam entregar a mercadoria na 4ª feira (24 de Julho) à primeira hora".

No dia 22 de Julho (Segunda-feira), pelas 11:30, o motorista tentou fazer um primeiro contacto, por telefone. Na altura eu não pude receber a chamada.

No dia 23 de Julho (Terça-feira), pelas 17:30, recebi nova chamada do motorista, lamentando não poder entregar a mercadoria naquele dia devido à distância e por já ser tarde. Pediu também algumas referências para mais facilmente chegar a minha casa.

No dia 24 de Julho, pouco depois das 8:15, chegou o motorista. Em conversa, informou-me que não tinha recebido nenhuma informação exceto a morada e coordenadas GPS que enviei. O camião que trouxe era de grandes dimensões, e só muito a custo o conseguiu trazer a 60 metros de minha casa. Além disto, o veículo não tinha qualquer tipo de elevador ou porta-paletes.

O motorista sugeriu que se fizesse a descarga ali mesmo, no meio da rua. Pegando a palete em mãos. Informei o motorista que isso nos seria impossível, dado o peso de cada palete. Além disso, eu e a minha esposa ambos sofremos da coluna.

Questionei o que poderia ser feito. Ele comentou que as paletes iriam ficar "em algum lado", e tentou contactar a empresa. Devido à hora, a pessoa responsável não pôde atender. Teríamos de aguardar cerca de 1 hora até tal ser possível. Enquanto aguardávamos ele sugeriu que se desfizessem as paletes ali mesmo. Eu comentei que seria muito difícil, dado que haviam diversas caixas extremamente pesadas, com mais de 50Kg cada - e estávamos a 60 metros da casa.

Entretanto, já em desespero por estar há quase 2 semanas a sobreviver sem coisas como louça ou material de limpeza, sugeri que se desfizesse apenas a palete mais leve. Enquanto fui levar uma caixa e voltei, estavam já a desfazer a segunda palete, e tinha diversos bens pessoais já no meio da rua. Sem opção melhor, fui continuando a carregar o que pude com a minha esposa, fazendo dezenas de viagens entre a casa e o camião, com caixas cada vez mais pesadas. Valeu-nos a ajuda de uma vizinha, que carregou também várias caixas. No final, quando eu fui forçado a parar devido à exaustão, o motorista levou também duas das últimas caixas, mais pesadas.

Apesar disto, a mercadoria chegou quase totalmente intacta.

Mais tarde, nesse mesmo dia, e com ligeiros ferimentos devidos ao sobre-esforço, contactei a empresa para reclamar do sucedido e das sucessivas falhas de comunicação, e a pedir um reembolso parcial, no valor de 1/8 do que eu paguei.
A resposta que obtive foi que, entre outras coisas, "da parte da empresa não tinham havido falhas". Respondi, clarificando os vários pontos em que no meu entender a Transportes Figueiras havia inequivocamente falhado.

Até hoje, 12 dias depois, não recebi qualquer outra resposta da empresa.