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Paira um clima de insatisfação sobre a UNIR, a nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto (AMP) que está a operar em 17 concelhos desde o início de dezembro. Ao Portal da Queixa chegaram inúmeros relatos de utentes que apontam problemas sentidos em vários pontos da rede.
Entre 22 de novembro e 6 de dezembro, os passageiros publicaram na plataforma cerca de 200 reclamações dirigidas à UNIR. A contestação começou antes do início da circulação dos novos autocarros, assim que os consumidores tiveram acesso à informação sobre as linhas e horários e reclamaram supressões de linhas. Foram 13 reclamações em novembro e já foram contabilizadas mais de 180 queixas em dezembro, sendo que, o maior volume de ocorrências foi registado no dia 5 deste mês, segundo dia oficial (útil) de operação da UNIR (61 reclamações), mais 7% do que no dia anterior (4 de dezembro), onde se observaram 57 queixas.
Atrasos, falta de autocarros e de informação
A gerar os principais motivos de reclamação dos passageiros estão: os atrasos, ou seja, o incumprimento dos horários programados dos autocarros, a gerar 72% das reclamações. Na origem de 22.6% das queixas, está a falta de autocarros, o segundo motivo mais reportado. Segue-se a alteração de carreira (3.2%), referente a casos onde há mudanças sem aviso. A conduta inapropriada do condutor do autocarro também foi denunciada em 2.2% das reclamações registadas pelos utentes.
Casos no Portal da Queixa
Pedro Andrade foi um dos passageiros que manifestou a sua indignação contra os atrasos dos autocarros da UNIR. Na reclamação registada no Portal da Queixa, relata duas situações em datas distintas. No dia 2 de dezembro, descreve: “Desde as 7.05 da manhã até às 08:48 para apanhar um autocarro.” Já no dia 4 de dezembro, reporta: “Desde as 06:35 até as 8:20 para apanhar um autocarro.”
Américo Braga também partilhou o seu descontentamento face ao serviço da UNIR: “A atividade desta empresa rege-se pela total incompetência e falta de ética. É inadmissível que sejam suprimidos horários, alteradas rotas, não se antecipe e informe os novos horários e outras trapalhadas”, escreve na queixa.
Recorde-se que, a UNIR começou a operar no dia 1 de dezembro, feriado de sexta-feira, substituindo os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP. No Porto e nos concelhos vizinhos, o serviço da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) mantém-se inalterado. Perante o avolumar de constrangimentos registados, a marca gerida pela AMP já fez saber que prevê a normalização do serviço a partir de janeiro de 2024.
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