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Queixas sobre atrasos, longos tempos de espera, carreiras suprimidas, carruagens cheias, más condições dos veículos e comportamento impróprio dos condutores são alguns dos motivos que fizeram aumentar, em 2023, os índices de insatisfação dos passageiros, revela uma análise do Portal da Queixa.
Desde o início do ano, os passageiros registaram no Portal da Queixa um total de 2.911 reclamações relacionadas com as categorias Transportes Coletivos de Passageiros, Comboio e Metropolitano e Transporte Marítimo, um crescimento a rondar os 40%, comparativamente com o período homólogo do ano passado, que totalizou 2.102 queixas.
A categoria mais reclamada do setor, a absorver 76.2% das ocorrências registadas é: Transportes Coletivos de Passageiros, traduzindo uma subida de 41%, face a 2022. Segue-se a categoria Comboio e Metropolitano, a acolher 22.6% das queixas e a registar um aumento de 34%. A recolher uma fatia 1.2%, a categoria Transporte Marítimo foi a única que registou uma descida, em comparação com o período homólogo: menos 12.2%.
Entre os principais motivos de reclamação, o atraso ou falta do transporte público com grandes tempos de espera é o tema apontado na maioria das queixas dos passageiros (60.3%). Em segundo, segue-se a alteração de carreira (mudanças nas linhas dos autocarros), a gerar 12.5% dos casos reportados no Portal da Queixa. A motivar 10.1% das ocorrências estão casos referentes à conduta do motorista. É o terceiro motivo mais invocado, onde os passageiros denunciam comportamentos agressivos, condução perigosa e falta de cordialidade.
Já as condições do veículo estão na origem de 5.8% das reclamações registadas este ano. Referem-se a veículos sujos, com ar condicionado avariado, mau cheiro, entre outras situações. A gerar 3.1% das queixas estão problemas com o reembolso. São questões sobre a não devolução do valor de passe por serviços não prestados.
Entidades mais reclamadas
A Carris Metropolitana e a CARRIS (com operação em Lisboa), e a UNIR - nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto -, são as entidades mais visadas, somando 61.2% das queixas registadas em 2023 sobre transportes públicos.
Até ao dia 15 de dezembro, foram efetuadas 1.972 reclamações aos transportes públicos de Lisboa. A Carris Metropolitana e a CARRIS foram as entidades com maior número de queixas recebidas.
Em Lisboa, a análise permitiu aferir que esmagadora maioria das queixas (85%) foi contra os autocarros - categoria Transportes Coletivos de Passageiros -, porém a categoria Comboio e Metropolitano foi a que mais cresceu em reclamações, com mais 89.9%, em relação a 2022. O atraso ou falta de transporte foi o motivo mais reportado, gerando 68.9% das queixas.
Porto: UNIR chega em Dezembro e já lidera queixas
Este ano, no Porto, o maior volume de reclamações foi gerado na categoria Transportes Coletivos de Passageiros, onde se verificou uma subida na ordem dos 190%. Das 495 reclamações registadas, os autocarros foram responsáveis por 57.2%, com a recente UNIR – que começou a operar em dezembro - a recolher 38% das queixas e a STCP a absorver 19.2%. Segue-se a Metro do Porto, a ocupar uma fatia de 17.2%.
Também no Porto, o motivo que refere atraso ou falta de transporte foi o mais denunciado: 68% das queixas.
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