Bom dia Ex.mos Senhores,
Relativamente ao email do meu irmão, datado de 3 de Janeiro de 2023, existe algum plano de ação ou comentário ?
Na ausência dessa resposta, permitam-me apresentar-me. Sou familiar directo dos residentes na fracção mencionada no email que vos enviei esta manhã, em Azinhaga da Carreta, Nº9. Neste último mês, fui responsável pelo acompanhamento (ou falta dele) deste processo e respectiva vistoria por uma empresa certificada, na ausência de um dos proprietários.
Tomei conhecimento desta situação, pelo email e pelas várias visitas ao imóvel nos últimos anos, com a esperança que esta situação se encontrasse resolvida à data.
O que consigo aferir das vossas respostas aos meus familiares, passo a citar: "problemas de condensação" e " manual de limpeza de fungos" são baseados meramente em conhecimento empírico. Gostaria que me facultassem o relatório sobre os "problemas de condensação" encontrados pelo "perito" do seguro. Se esse "relatório" for baseado em vistoria meramente ocular, como devem calcular, dispenso.
Sobre o manual de limpeza que V.Ex.as enviaram por email à minha familia, por educação e bom senso, não irei tecer comentários ao mesmo.
Visto que V.Ex.as se basearam em método de análise empírica nos últimos anos, permitam-me fazer também uso do mesmo método, como base de principio, na análise deste caso:
Prédio com 4 Fracções;
Arrecadações do último piso não padecem deste tipo de situação (possivelmente a telha está ok e a fazer a devida protecção)
Toda a zona afectada no interior da habitação, advém de uma zona plana, pedonal que não tem protecção direta do sol, chuvas;
Piso 2 (Ambas as fracções são afectadas com claramente vestígios de infiltração de água, no Inverno);
A ADM envia respostas da Seguradora nos últimos anos com visitas oculares sem recurso a material de análise técnico (ex: sondas, ou medidores térmicos);
Esta situação acontece em 50% das fracções do prédio;
Esta situação agrava-se em período de chuvas;
Esta situação nunca afectou as frações acima referidas durante aproximadamente 18 a 20 anos (comprovado por mim que fui residente do mesmo nesse período);
As placas colocadas com "telhas" a fazer peso, permitam-me afirmar que é uma autêntica obra de "Engenharia" (quando falamos em resolução de infiltrações). Tal como reportado, a situação agravou-se depois dessa intervenção;
Neste momento, a área extensa de bolor e fungos, acarreta graves consequências para a saúde dos familiares que habitam nesta fracção. Eu próprio, quando visito o imóvel, consigo sentir problemas de respiração, passado 1h ou 2h de estar no local.
Passado o conhecimento empírico, vamos a factos.
Tomei a liberdade de efectuar as diligências que achei necessárias (e que acredito que os especialistas na gestão de condomínios, poderiam e deveriam ter tomado) e cheguei a algumas empresas certificadas, nesta área de infilitrações. Foram efectuadas visitas com recurso a medidores de campo no passado dia 27 de Julho de 2023, que nos permitiram aferir, com rigor, toda a situação que vem descrita no relatório em anexo e os devidos passos para a resolução da mesma, que passo a citar:
Inspecção:
" Verificado o exterior do edificio constatámos várias patologias que contribuem para que ocorram estas patologias no interior da fracção e que resultam de acumulação excessiva de humidade por vários áreas do edificio, necessitando o mesmo de obras de conservação para evitar o crescente agravamento das mesmas"
"- Falhas de selagem na fachada, com exposição dos panos de alvenaria, o que denota má cobertura da pintura aplicada por si já bastante envelhecida e permeável, provocando elevada absorção de humidade para o interior da fracção, bem como criação de fenómenos de pontes térmicas, agravando toda a proliferação de fungos e bolores - Fissuração exterior - Má selagem entre juntas de pedras e de revestimentos cerâmicos - Abertura das juntas de dilatação"
Intervenção na cobertura
" Esta intervenção além de não trazer nenhum benefício prático, agrava problemas de condensação e concentração de humidades para a fracção inferior, uma vez que toda a água que deveria escoar diretamente nas caleiras, passa a ter empoçamentos, criando áreas propícias ao crescimento de fungos e plantas, conforme pudemos verificar que já acontece ao longo das caleiras,"
(Tal como indicado anteriormente, no email de André Oliveira no dia 3 de Janeiro de 2023).
Conclusão:
"Perante o levantamento efetuado, podemos concluir que o edificio necessita de obras de conservação completas e urgentes ao nível das fachadas e uma revisão ao nível da cobertura, conforme referido.
Sem a intervenção exterior o agravamento das patologias no interior da fracção 2.ºEsq continuará a verificar-se, com todos os problemas que acarretam, nomeadamente degradação do estuque nos tetos e paredes afetadas, elevada contaminação de fungos e bolores e respetivos problemas de saúde que acarretam para os moradores
A intervenção a efetuar no interior da fracção passará sempre por uma descontaminação completa das áreas afectadas, seguida da reparação de estuques e respetivas pinturas"
Sendo a minha área de formação e profissão de ciências e números, acabo por não conseguir perceber, como podemos chegar a esta situação (fotos em anexo) permitam-me, vergonhosa e com grave risco para a sáude dos meus familiares. Diria até, que é um atentado a qualquer pessoa que tenha de inalar toda a matéria contaminada, proveniente do exterior, durante estes últimos anos.
Face ao exposto, exijo uma resposta célere a este email com o respectivo plano de acção a ser tomado até 31 de Agosto de 2023. Caso contrário, seremos obrigados a accionar todos os meios legais, para que esta situação seja resolvida de uma vez por todas.
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 17 de agosto 2023
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