AudiçãoActiva - Venda agressiva, enganadora a pessoa idosa. recusa na resolução do contrato

Apresento esta reclamação em nome da minha mãe, atualmente com 83 anos e cliente da AudiçãoActiva há vários anos.
Na sequência de uma visita por uma colaboradora da empresa, é informada que o aparelho que estava a utilizar se encontrava avariado e a reparação seria avultada. Sugere um novo modelo, mais pequeno e solicita um pagamento de 200€, em 13/01/2023. Nunca houve intenção de comprar, antes sim, experimentar.
O novo aparelho é entregue passados dias, por dois colaboradores da AudiçãoActiva, que vinham fazer a entrega, que importava em 3.200€.
Viu-se confrontada e praticamente obrigada, a adquirir um novo aparelho auditivo. Não era essa a sua vontade, nem nunca foi. Pretendia experimentar e não comprar. É dito, que o aparelho foi feito exclusivamente para ela e de acordo com as suas necessidades, daí que teria de ficar com ele.
O facto de virem duas pessoas da AudiçãoActiva tornou a venda ainda mais agressiva e intimidatória. Permaneceram horas, até que conseguiram concretizar o seu objetivo, porque a minha mãe acabou por efetuar o pagamento de 3.000€, ao qual acrescia a quantia de 200€ entregue anteriormente. Munidos de equipamento facilitador da compra (computador, impressora, terminal multibanco portátil), que tornou tudo muito mais fácil para concretizar o objetivo da AudiçãoActiva.
Enquanto cliente e tendo presente a idade (82 anos), o estado de saúde, o facto de se encontrar sozinha e numa situação de grande vulnerabilidade, assinou o que lhe apresentaram. Não houve uma informação adequada e clara, relativamente ao contrato, que estavam a impingir, nem ao manuseamento e características do novo aparelho, que desconhecia totalmente.
Acresce ao exposto a forma agressiva, desonesta e nada profissional por parte dos colaboradores da AudiçãoActiva, desde o primeiro contacto feito.
Acontece, que o aparelho não estava conforme, tinha uma avaria e não podia ser utilizado.
Comunicada a avaria, o aparelho é recolhido para reparação. Apenas foi entregue a 04 de abril de 2023, em condições de ser utilizado e experimentado (data a partir da qual se iniciaria o Contrato, que acompanhava o documento de entrega).
Nessa data e após várias afinações, ficou o aparelho colocado e foi agendada nova vinda do colaborador da AudiçãoActiva a 18 de abril. Os dias que se seguiram foram de grande desconforto, pois o aparelho era impossível de suportar, provocando tonturas entre outros sintomas. A agravar, o estado de saúde frágil, com tremuras constantes não permitia realizar a manutenção do aparelho, no que respeita à troca de pilhas. Nesse dia, na presença do técnico da AudiçãoActiva e após várias afinações/adaptações verifica-se, que é impossível suportar o aparelho e extremamente frágil para ser utilizado por uma pessoa com vários impedimentos em termos de saúde. Solicitou-se a devolução ao técnico presente, a qual não foi aceite pela empresa.
Procedeu-se à devolução do aparelho auditivo por correio registado, com aviso de receção e dentro da embalagem original, de acordo com o descrito nas Condições Gerais do referido Contrato.
Foi reclamada, a devolução entregue de 3.200€, a mesma nunca foi devolvida, alegando a AudiçãoActiva, que o Contrato teve início em janeiro, data da primeira entrega, embora o aparelho estivesse avariado. O prazo de reclamação estaria ultrapassado, segundo eles.
Consideramos, que o contrato deve iniciar-se aquando da data em que o aparelho foi entregue após reparação (abril 2023). Desde a data em que foi entregue, sem estar conforme, e só recolhido para reparação em 06 de março 2023, até a abril, o aparelho não esteve na posse do cliente. Só depois de testar o aparelho reparado, é que se procedeu à reclamação. A mesma decorreu dentro dos 30 dias, após a entrega do aparelho reparado, com novo contrato.
Neste momento, não tem o aparelho, porque foi devolvido por não se conseguir suportar e nunca ter manifestado intenção de o adquirir, nem a importância, que a muito custo teve de pagar, 3.200€.
Continua a pretender-se a devolução da importância paga.