Exmos. Senhores,
O conjunto de situações que aqui evidencio não é excecional, uma vez que, depois de se passarem tantos erros com a empresa Barquense, resolvi por fim realizar uma reclamação, acreditando escrever em nome de muitos queixosos.
Utilizo semanalmente o serviço transportes que a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) tem em parceria com a empresa Barquense, unicamente por pensar ser a melhor solução que tenho para me dirigir à universidade em Braga, onde estou a realizar o Mestrado pós-laboral.
A sobrelotação é um enorme problema destas camionetas, visto que muitas vezes sou obrigada a viajar em pé e sem qualquer tipo de segurança, junto de outros colegas, também eles em pé, ao longo do corredor ou pelas escadas. Tudo isto se passa numa viagem de quase uma hora pela autoestrada entre a paragem em frente ao Hospital de Guimarães e o campus de Gualtar, em Braga. Para além de não ser permitido por lei, estamos sujeitos a quedas. A nível pessoal, refira-se que tenho sérios problemas na coluna, o que me levou a ser operada por duas vezes fruto de uma escoliose dupla. Desta forma, estas viagens já me proporcionaram fortes dores na coluna, o que é inadmissível, pois não é assegurado um seguro de viagem aos clientes e, obviamente, não desejo voltar a ser operada devido à falta de competência desta empresa.
Outra situação impercetível é o estado do serviço de apoio ao cliente, que parece inexistente, já que, de entre as vezes nas quais liguei, surgiram duas situações: ou não atendem até chegar ao correio de voz ou então desligam-me a chamada "na cara", passando a expressão. Os números a que me refiro são os que estão disponíveis na página aaum.pt: são eles o 961371037, o 253601990 e o 253510156. Pergunto-me, então, por que existem tais números, se não são usados para que o cliente possa entrar em contacto quando necessita.
Por último, relato outras situações inadmissíveis pelas quais tenho passado desde o começo da utilização deste serviço (em outubro de 2014) até ao momento. A última situação desaprazível data da passada segunda-feira, dia 23 de fevereiro de 2015, por exemplo, em estive mais de uma hora na paragem em frente ao Hospital de Guimarães à espera da camioneta para o campus de Braga, onde teria uma aula às 18h. Cheguei à dita paragem às 16.55h e esperei pela camioneta, que deveria ter chegado às 17.15h. Tal não aconteceu: por volta das 17.25h passou a camioneta mencionada, no entanto, em vez de se dirigir para a estrada do Hospital até à paragem, contornou a rotunda em direção à via rápida e logo continuou o seu caminho para a autoestrada. Para além de mim, havia nesse momento mais três pessoas que necessitavam de usar a camioneta das 17.15h que não parou. Escandalizados com a atitude do motorista, bem como com a falta de qualquer aviso (tanto prévio como posterior), continuamos na paragem esperando outra camioneta. Foi aí que um colega desistiu de esperar e abandonou a paragem. Pouco depois das 17.30h, notámos que uma nova camioneta da Barquense/AAUM parou na zona em que estávamos. Porém, o motorista não abriu a porta da frente e somente deixou sair as pessoas que lá transportava. Concluímos, assim, que a camioneta viria de Braga com destino à Universidade do Minho em Guimarães. Eram já quase 18h (hora da minha aula) quando voltou a parar uma outra camioneta da Barquense/AAUM e o mesmo sucedeu. Porém, dessa vez, tomei a iniciativa de tentar falar com o motorista que, depois de muito recusar, abriu a porta da frente. Nessa altura expliquei o que se passava e que estávamos os 3 no local à espera da camioneta desde a hora acima descrita, a das 17.15h. Juntou-se a mim outra cliente que passava pelo mesmo. A única resposta do senhor foi, passando a citar, “Não sei de nada e não tenho nada a ver com isso.” O mesmo abandonou de seguida o local sem quaisquer outros esclarecimentos ou compreensão. Nesse dia não pude voltar a ligar para os números de apoio ao cliente devido à falta de saldo no telemóvel, porém, parto do pressuposto de que não teriam atendido a chamada, como já se passou anteriormente e foi já aqui explicado. Pouco tempo depois desisti de esperar em vão, perdendo, assim, a minha aula na universidade.
Lamentavelmente, a falta de camioneta no horário previsto repete-se desde que frequento o serviço, não tendo sido esta a primeira vez que tal decorreu sem qualquer justificação, emenda ou pedido de desculpas.
Os órgãos responsáveis – a Barquense e a própria Universidade do Minho, que deixa que situações como estas aconteçam, apenas prejudicando os seus utilizadores tanto física como psicologicamente, bem como em termos académicos, devido à falta de comparecimento às aulas – deverão, deste modo, tomar uma posição competente em prol de todos os seus clientes. Estas são algumas das graves lacunas que danificam progressivamente a imagem e reputação das entidades mencionadas.
Encontro-me totalmente insatisfeita com o serviço – ou com a falta dele – e procurarei, por isso, substituí-lo, utilizando outra empresa que se revele mais digna e preocupada com o cliente, o seu stakeholder mais importante.
Os problemas aqui relatados são evidentes e têm-se tornado insuportáveis, de maneira que exijo, assim, uma solução eficiente e rápida para poder continuar a utilizar o serviço referido.
Sem outro assunto de momento, subscrevo-me, apresentando os meus melhores cumprimentos,
Helena Antunes
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.