Ter um filho doente, é para qualquer pai/mãe, um desafio que temos todos de enfrentar.
Na terceira deslocação ao serviço de urgência pediátrica, viemos mais uma vez e infelizmente, sem identificação por parte dos médicos, qual o problema que impede o miúdo de se locomover direito, queixando-se de dores fortes no membro inferior direito.
Da segunda vez em que se verificou este quadro, o nosso filho esteve inclusivamente internado durante 6 dias em observações diversas, exames e análises.
Por fim, foi atribuída alta, com recomendação de realização de repouso (missão quase impossível para quem tem 4 anos) e aguardar realização de ressonância e respectiva consulta médica de especialidade.
Ressonância esta, que passadas que estão cerca de 4 semanas após a segunda deslocação á urgência, ainda não se realizou, mesmo sendo um exame fundamental para a consulta de reavaliação pós internamento.
Entretanto, regresso a rotina dentro do possível e hoje nova peregrinação até á urgência, exactamente com as mesmas queixas inicias de há cerca de um mês.
Mais análises, ecografia, RX (com todos os riscos que esta última comporta para a nossa saúde) mas sendo necessário, volta-se ao início do protocolo.
Quando questionamos sobre a realização da ressonância, principalmente pela ausência de resposta do hospital, o que nos dizem é: ah!!! Mas ainda não fez???
Não senhores doutores, o nosso filho ainda não fez o tal exame, porque segundo a vossa informação, só se realizam a crianças um dia por semana, logo é um processo demorado...
Disponibilizamo-nos para fazer fora ou tentar procurar outra unidade hospitalar e a resposta é: ah e tal isso é complicado....
Toda esta demora, tem condicionado e muito, o bem estar do nosso filho e esperemos que não venha a condicionar mais, caso seja diagnosticado algo grave e de intervenção urgente.
Conclusão, temos o miúdo em casa, sem conseguir andar, sem sabermos o motivo com prescrição apenas de repouso, ben-u-ron e Brufen.... Que até este plano nunca resultou nos quadros anteriores...
Mas provavelmente é o protocolo...
Toda uma família como muitas no nosso país, com a vida suspensa, a ver os seus filhos a sofrerem e com a sensação de que se fosse filho de algum amigo do amigo, tudo isto estaria a correr a uma velocidade cruzeiro.
Infelizmente, os pais deste menino, que está neste momento em vias de passar mais uma temporada em casa, fechado, longe dos amigos do infantário e de toda a rotina que conhece, não têm esse tipo de influências, logo a resposta que têm é, tão só: ah e tal está demorado!!! Ou isso é difícil....
Será que também é protocolo uma criança com 4 anos ter alta, sem saber o que se passa com ela?
Vir para casa sempre com a indicação que se piorar, voltarmos ao hospital??? Mas piorar como??
Sempre que este quadro se verifica/piora, nada mais é feito do que os já habituais exames e análises, sempre com os mesmos resultados....
Não deveria num caso destes, em vez de estarmos todos de braços cruzados á espera que a demora e a complicação passem por si, fazermos algo no sentido da sua resolução??
Estamos a aguardar a ressonância, para vermos se se descobre o mistério...
Entretanto, fica a criança em sofrimento, juntamente com a sua família, que neste momento está já em desespero sem saber como pode ajudar.
Rotinas alteradas e pais a faltarem ao trabalho, neste que é também, um teste de resistência para as respectivas entidades patronais.
Aguardemos a ressonância, esperando que pelo menos chegue a tempo da próxima consulta de especialidade, senão vamos ter mais uma sem qualquer efeito prático.
Data de ocorrência: 24 de junho 2023
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