No passado dia 30/12/2020, por volta das 12h30m/12h45m, a minha mãe de 85 anos de idade entra na urgência do CHUC, transportada pelos bombeiros da Lousã, com grande desorientação, problemas notórios de fala e prostração.
Depois de triada, é mudada da maca onde foi transportada para uma cadeira de rodas e atribuída pulseira verde!
Entrei como acompanhante, visto não estar capaz de comunicar.
Passadas cerca de 2horas, sem mais nenhum contacto por parte de algum profissional de saúde e, sendo a minha mãe diabética e tendo passado o almoço, dirigi-me ao balcão da sala de espera a fim de perceber se demoraria muito para ser chamada, visto estar sem comer e ser diabética, para além de estar a ficar muito agitada.
Vem de lá uma enfermeira (aos gritos!), que disse chamar-se Nilde (o que eu entendi no meio de tanta gritaria), que só tinha a preocupação de (aos gritos) me colocar na rua sem nunca ter sequer olhado para o estado da minha mãe e, como não anui à ordem de saída recusou-se a atender a minha mãe (que segundo ela era a seguir!). Vem uma dita "chefe" que tem a mesma postura de me colocar para fora (de mau modo), mas ao fim de muita recusa da minha parte arranja um colega alternativo para atender a minha mãe, uma vez que a anterior se havia recusado e assim fez!
Ao fim de cerca de 8horas no serviço de urgência, SENTADA numa cadeira de rodas, a minha mãe é diagnosticada com AVC hemorrágico e fica internada até dia 22/01/2021, no serviço de Neurologia C.
As informações que foram sendo dadas pelo serviço não corresponderem de todo à realidade que temos dela à sua saída para ERPI.
A minha mãe pouco fala e, o pouco que fala, é com muita dificuldade e confusão. Está completamente desorientada. Não anda nem se sustenta nas pernas. Não come nem bebe pela mão dela. Está de fralda. Mas, não é caso de terapias nem de UCC!!! Dizem...
Se tivesse sido atendida com a prioridade e a humanidade devida, provavelmente não teria as sequelas que tem (e que não reconheceram).
Agradeço analisem a situação e responsabilizem que tem de ser responsabilizado.
Estar sob pressão pandémica não dá o direito a ninguém de destratar quem quer que seja e, muito menos recusar prestar cuidados.
Aguardo desenvolvimentos.
Cumprimentos,
Maria Carvalho
Data de ocorrência: 9 de fevereiro 2021
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