Tenho uma instalação de painéis fotovoltaicos para microprodução desde 2012, acontece que desde em Outubro de 2022 deixei de receber o pagamento pela energia produzida. Passado 3 meses contactei a SU Universal que constatou que não recebia leituras por parte da E Redes pelo que não podia faturar; ficaram no entanto de alertar a E-Redes pela falha.
Passado alguns dias, fui contactado pela E-Redes que alegaram o seguinte “verificamos que o seu equipamento de medição se encontra em anomalia de comunicação “Terá de verificar o equipamento que é da responsabilidade do produtor” . Chamei então um técnico ao local que verificou que o equipamento estava todo operacional, posto isto voltei a contactar a E-Redes que insistia que o equipamento estava com uma anomalia mesmo perante o facto do técnico ter certificado que estava tudo operacional. Só após muita insistência e questionar o colaborador da E Redes se estaria a por em causa a credibilidade do técnico é que houve da parte dele a alusão muito evasiva da anomalia não sendo do equipamento poder estar relacionada com um cartão SIM de dados….e que este também seria da minha responsabilidade! Perante essa “revelação” referi ao colaborador que o cartão não era meu, não possuía qualquer contrato com nenhuma operadora e que o um cartão SIM não é um equipamento pelo que o mesmo não seria da minha responsabilidade; alguém o colocou lá e assumiu essa parte, não tendo sido eu. A discussão ainda durou algum tempo sempre a tentar impingir a responsabilidade para o produtor. Posto isto, passado alguns dias as telecontagens (coincidência ou não) voltaram a funcionar e por isso esqueci o assunto.
Em outubro de 2023 voltou a acontecer exatamente a mesma situação e em Fevereiro deste ano volto a contactar a SU Universal que informou que não recebias efectivamente as contagens da E-Redes desde essa altura e que por isso não podia pagar e que iria transmitir a falha À E Redes. Passado uns dias recebi vários emails da E-Redes outra vez com as mesmas lenga-lengas… “verificamos que o seu equipamento de medição se encontra em anomalia de comunicação “Terá de verificar o equipamento que é da responsabilidade do produtor”. Voltei a chamar um técnico (voltei a pagar) e novamente constatou que o equipamento estava operacional! Desta vez dei-lhe conta do sucedido no ano anterior relativamente à questão do cartão tendo ele respondido que o cartão poderia estar inactivo.
Por curiosidade copiei o número que consta no cartão SIM e dirigi-me à operadora para tentar obter informações. A operador indicou a existência de um cartão com esse número mas estaria inativo. Perguntei que dados poderia saber acerca da propriedade do cartão ao que responderam que os dados daquele tipo de cartão apenas estão acessíveis com os dados do respetivo proprietário, que neste caso se comprovou que não era eu!
Enviei um email E-Redes a informar da visita técnica em que estava tudo ok e antecipando-me, e de que a propriedade do cartão não era minha, solicitei ainda cumprimento do contrato e reativação do cartão.
Fui então contactado via telefone pela E-redes e de novo a mesma insistência de que existe uma anomalia na comunicação e o equipamento é da responsabilidade do produtor assim como o cartão. Voltei a referir que o cartão não era meu e nunca poderia ter sido sendo que esse tipo cartões apenas eram disponibilizados a empresas (não é o meu caso) e que os cartões SIM não são parte integrante de um equipamento. Questionei se sabia a quem pertence o cartão, não quis responder, coloquei diversas questões as quais não quis responder ou então respostas vagas. Por fim perguntei se os contratos que migraram dos microprodutores da EDP para E-Rede (que foi uma mudança de nome) não deveriam ser honrados! respondeu-me que se quisesse reclamar teria de dirigir-me À EDP Comercial????? A conversa foi mais prolongada mas fico me por aqui.
A minha reclamação vai no sentindo de denunciar estas situações abusivas da E-Redes para com os microprodutores alterando quando bem entendem as regras a meio do jogos, não cumprindo o contratado. O cartão não é meu, não é do instalador que há não existe há anos. O cartão tem estado activo até outubro do ano passado alguém ou pagou o serviço ou é detentor do serviço. Porque que quer a E Redes empurrar à força essa responsabilidade para o microprodutor? Porque é que outros microprodutores anteriores e posteriores a mim nunca estiveram nesta situação? É só para alguns? Porque é que a E Redes não informa quem é o dono do cartão ou apresente soluções.
Solicito por isso à E-Redes que volte a reactivar o cartão de forma a cumprir o contrato em vigor, sendo que o lesado sou eu que não recebo o que me é devido pela energia que é injectada na rede.
Cumprimentos
Data de ocorrência: 6 de março 2024
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