Embalagens sustentáveis são alternativa ao plástico?

A sustentabilidade do Planeta Terra é um dos temas mais discutidos nos últimos meses e muitos são os avisos e alertas das mais variadas associações, empresas, entre outros, para os perigos que corremos e para os hábitos que precisamos de mudar para conseguir contornar a situação atual.

Entre as soluções discutidas estão a escolha de novos materiais para a produção de embalagens sustentáveis, menos prejudiciais para o meio ambiente. Esta aposta pode ser a resposta para a redução significativa do plástico de utilização única que está por toda a parte. Seja na seção das frutas e dos vegetais, na zona dos cremes de banho e dos desodorizantes ou até mesmo na zona da padaria.

À medida que os problemas relacionados com a dependência excessiva de plástico se tornam mais conhecidos, os consumidores começam a ter consciência dos efeitos negativos dos plásticos de uma utilização. De qualquer forma, as opções dos consumidores continuam limitadas pelos materiais escolhidos pelos principais fabricantes de indústrias de grande volume como o setor alimentar e o setor cosmético.

Como podemos caminhar para um modelo económico circular, onde os recursos utilizados são utilizados a reutilizados num circuito fechado?

 

Qual é o papel das empresas?

Embora os problemas relacionados com a dependência excessiva de plástico e a necessidade de encontrar soluções sustentáveis se tornam prioridades dos consumidores na hora de consumir, está a cargo das empresas priorizar também soluções assentes na sustentabilidade e circularidade dos recursos.

Felizmente, existem várias empresas e organizações pioneiras. Na Europa, já existem várias empresas inovadoras focadas no desenvolvimento de várias opções de embalagens sustentáveis. Por exemplo, a Holy Dama usa folhas de palmeira para criar os estojos em forma de ostra utilizados para os seus sabonetes. As folhas caem naturalmente das palmeiras areca, são recolhidas e utilizadas nas embalagens dos produtos.

Também temos a Arekapak uma startup em Berlim, que está a desenvolver caixas feitas a partir de folhas de palmeira para alimentos como frutas frescas, verduras e nozes, uma opção sustentável.

Outra das empresas é a Sulapac, cujas embalagens são feitas a partir de uma combinação de aparas de madeira naturais biodegradáveis. O material tem propriedades semelhantes ao plástico: é resistente à água e ao azeite e não penetra o oxigénio.  


E o nosso papel enquanto consumidores?

Sabia que a maior parte das embalagens plásticas não são recicláveis? Aliás, apenas 14% das embalagens de plástico utilizadas mundialmente são recicladas e cerca de 40% acabam em aterros sanitários, enquanto um terço termina em ecossistemas tão frágeis como o oceano.

Enquanto consumidores, o que podemos fazer para reduzir o consumo de plástico? O processo começa antes de comprarmos o produto. É preciso considerar a sustentabilidade e a circularidade do mesmo, não necessariamente o design ou a popularidade.

 

Tente evitar embalagens de plástico sempre que possível.

Parece fácil, mas não é. Hoje em dia, grande parte dos produtos têm embalagens feitas e plástico e muitos deles são de utilização única. Sejam as palhinhas coloridas nos cocktails, os sacos para colocar os vegetais e a fruta nos supermercados ou os talheres nas caixas de refeições takeaway. Mas há formas de contornar esta situação. Apostar em opções reutilizáveis e biodegradáveis. Embora sejam mais caras, valem a pena.

    

Quando não conseguir evitar embalagens de plástico.

Certifique-se que as embalagens de plástico são 100% recicláveis, desta forma evita que terminem num aterro ou mesmo no fundo do mar.

    

Aposte na compra dos produtos a granel.

De forma a evitar os pláticos de grande parte das marcearias, frutas e legumes, aposte na compra a granel e na utilização de recipientes dos vidro, cartão ou tecido que tem em casa para acondicionar os alimentos. Assim, evita os plásticos utilizados na maior parte dos produtos vendidos embalados.

    

Não se esqueça da reciclagem.

Fazer a correta separação dos materiais recicláveis deixou de ser uma opção. Na verdade, é uma obrigação de todos enquanto cidadãos responsáveis e preocupados com o planeta em que vivemos. Além disso, é meio caminho andado para que os materiais sejam reutilizados como matéria-prima para outras embalagens.


O que ganhamos com isto?

Assistimos a uma evolução tecnológica sem precedentes bem como à deterioração do ambiente em função do descartar de lixo fabricado pelo Homem. Estes materiais têm impactos negativos concretos nos ecossistemas e ameaçam mesmo a vida humana.

Com a mudança de postura dos consumidores, mais preocupados com a vida útil dos materiais consumidores e priorizando empresas preocupados com o seu impacto no mundo, espera-se que a indústria acompanhe esta mudança e incentive as empresas a fabricarem e a utilizarem embalagens de forma mais responsável.


Esta informação é da exclusiva responsabilidade de Endesa.