Mobilidade Elétrica: Solução para o futuro?

Mobilidade Urbana: o que é? Para que serve? O conceito de Mobilidade Urbana está em constante evolução graças ao pontapé de saída dado pela aliança da mobilidade e da tecnologia. 

A maior parte dos cidadãos europeus vive em cidades urbanas. E se em 2010 a percentagem estava próxima dos 73%, deve superar os 80% em 2050, mostram as estimativas da União Europeia. O problema é que estes aumentos não são só acompanhados de evoluções positivas como o crescimento económico e o emprego. Neste momento, muitas cidades europeias enfrentam graves problemas relacionados ou provocados pelos meios de transporte e pelo tráfego. Os níveis de mobilidade são cada vez mais elevados e o aumento da utilização do carro provado só veio dificultar as coisas. Trânsito intenso, poluição atmosférica, fraca infraestrutura de transportes públicos e segurança são apenas alguns problemas das grandes cidades. 

É aqui que o conceito de Mobilidade Elétrica pode ter uma importância acrescida. Afinal, a aposta em meios de transporte movidos a energia elétrica pode ser uma boa solução para uma infraestrutura de transportes sustentável no longo prazo.

E apesar de a aposta em meios de transporte elétricos ser uma aposta crucial graças à redução da utilização de combustíveis fósseis e das emissões de dióxido de carbono, o conceito vai muito para além de ter um carro elétrico ou de andar de transportes elétricos. Este conceito começa a problematizar a visão do carro como propriedade. 


Carro elétrico: solução?

O futuro do carro elétrico apresenta-se brilhante, com grandes marcas a apostarem nos modelos mais inovadores, governos a disponibilizarem apoios estatais aos consumidores que optam por este tipo de veículos e entidades a desenvolverem as infraestruturas necessárias para disponibilizar os pontos de recarga ao cidadão comum. E as previsões confirmam isso mesmo: a União Europeia estima que haja 40.000 pontos de carregamento públicos em 2020.

Mas a verdade é que a revolução da mobilidade elétrica não está limitada à troca de motores de combustão por baterias elétricas. Passa muito por repensar a forma como nos locomovemos e porque o fazemos. 

Frotas de carros elétricos partilhados. Carros autónomos. Bicicletas rainhas em certas cidades. Países que proíbem motores a gasolina. Estes são algumas das soluções que temos pela frente.


Mobilidade Inteligente

E não só. Com o problematizar da propriedade de um veículo privado e a implementação de soluções de mobilidade inteligente, os cidadãos deixam de precisar de ter um veículo de transporte, têm uma maior capacidade de mobilidade, perdem menos tempo nos transportes públicos ou privados, têm acesso a tarifas mais competitivas e a serviços de qualidade superior. 

Quanto ao Estado, poderá utilizar os fundos públicos para melhorar os transportes públicos, incentivando a transição para meios de mobilidade alternativa e reduzindo os impactos negativos da utilização do automóvel. Por outro lado, aumentará os postos de trabalho ligados ao setor dos transportes tanto nas cidades como nas periferias. 

A Mobilidade Inteligente não beneficia só cidadãos e o setor público. Estudos recentes mostram um aumento de até 40% das transações comerciais em áreas maioritariamente reservadas a peões e a ciclistas. Só em Copenhaga, a capital da Dinamarca, os cidadãos que optam pela bicicleta gastam mais de doiis mil milhões de euros por ano do que os que viajam de carro.

Além disso, o investimento em infraestruturas e o uso dos transportes públicos com vista à redução do congestionamento rodoviário podem resultar em poupanças para o erário público, num estímulo do comércio local, num menor número de acidentes e numa melhor qualidade de vida para a polulação.

O grande objetivo? Alargar o debate sobre os transportes sustenstáveis, optar pela mobilidade inteligente para fortalecer a economia e colocar as cidades no caminho da sustentabilidade. 

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