No dia 09/10/2017, no Fitness Hut de Matosinhos, ao fazer exercícios de torção num tapete antiderrapante, acompanhada por uma monitora, ao pousar o pé no chão, este prendeu e fiz uma rutura total do ligamento cruzado anterior. Logo no momento não sabiam como agir, mas garantiram-me que tinam um seguro e que iam pagar todos os tratamentos necessários. O problema é que o seguro deles tem um plafond de 4380€ e só a operação(feita na companhia de seguros) levou o plafond todo e até ultrapassou. A fisioterapia teve que ser paga por mim!!! Abordei-os no sentido de arcarem com as despesas extra da operação e da fisioterapia e responderam-me que tinham o seguro mínimo exigível por lei e como o plafond esgotou eu teria que pagar todo o resto. Eu respondi-lhe (até com um parecer jurídico) que eles é decidiram contratar um plafond baixo, mas a lei fala realmente que existe um plafond mínimo mas não fala em máximos. Ou seja, a partir do momento em que a o plafond esgota, eles devem-se responsabilizar pelos gastos acima desse valor. Até porque o contrato de seguro é entre a Fitness Hut (segurado) e a Liberty (seguradora), eu apenas sou a sinistrada. A partir do momento em que me lesionei dentro do estabelecimento e a ser orientada por um monitor, a liberty deve pagar até ao máximo do plafond, mas se ultrapassar o valor, a Fitness devia responsabilizar-se pelo resto. Já nem falo em despesa da baixa, apenas reclamo as despesas de tratamento.
Para demonstrar a falta de boa fé da Fitness Hut, eu entrei com uma ação num Centro de Informação e apoio ao Consumidor, onde há uma mediação arbitral, só que a mesma é voluntária. Isto significa que ambas as partes têm livre arbítrio de comparecer e decidir se aceitam a decisão de um juíz (a qual acaba por valer como num tribunal qualquer). Ninguém melhor que um juíz para decidir e aplicar o que é correto, mas como a Fitness Hut sabe que é voluntário, nem apareceu!!! Se estivesse a agir de boa fé e se tivesse a certeza que não teria mais nada a pagar, teria comparecido e a decisão seria vinculativa.
É dececionante frequentar um ginásio e depois sermos descartados como se de mercadoria se tratasse. Muito cuidado com quem frequenta estes ginásios low cost (mas que saem caros à carteira e à saúde), pois sabem que correm o risco de não ter apoio caso se lesionem. Fui operada (pois pelos vistos não se devem fazer exercícios de torção em pisos antiderrapantes), ainda estou em recuperação, e ainda tenho que pagar as despesas médicas. É ridículo e espero que ajam como humanos e deem a cara.
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