Holmes Place - Ruído de máquinas de ar condicionado

Vivo no último andar e uma das paredes do meu quarto de dormir encosta à conduta de ventilação/exaustão do Centro Comercial Amoreiras Plaza, onde está instalado o Ginásio Holmes Place Amoreiras. O ginásio já existia há 13 anos, quando me mudei para esta casa, contudo, desde 2017 começei a ouvir ruído intenso, similar ao ruído que uma máquina de lavar roupa emite durante a centrifigação. Numa primeira fase, o ruído era irregular, acontecia a qualquer hora do dia ou da noite, mas era de curta duração, entre 5m a 1h. Ao longo deste período acordei várias vezes às 4h ou 5h da manhã com o ruído, dormir com tampões nos ouvidos passou de excepção a regra. Nos melhores dias consigo estar em casa e dormir na minha cama, nos piores dias, como têm sido os últimos três, o ruído é tão intenso que produz vibração, obrigando-me a passar o máximo de tempo possível fora de casa e para conseguir dormir, além dos tampões habituais, uso auscultadores e recorro ao sofá da sala, onde o ruído que, actualmente chega a durar 8 ou mais horas seguidas, é ligeiramente menos intenso.
Contactei a gestão do condomínio do Centro Amoreiras Plaza que confirmou que a fonte do ruído são os equipamentos de ventilação/exaustão do Ginásio Holmes Place Amoreiras, contactei a PSP que deslocou três agentes a minha casa, comprovaram a intensidade do ruído e tomaram conta da ocorrência, fiz também denúncia à Polícia Muncipal de Lisboa que ainda não tomou qualquer providência, e contactei directamente a responsável de manutenção do ginásio, a Sr.ª (*), que não considera a situação urgente e que está ainda em processo de consulta de fornecedores para a manutenção dos equipamentos, cujo mau funcionamento além de estar a comprometer gravemente a minha saúde, segurança e bem estar, pode igualmente colocar em risco a saúde dos clientes do ginásio.

O problema com o mau funcionamento dos vossos equipamentos, que são a fonte comprovada do ruído, começou em 2017. A equipa do Holmes Place Amoreiras tem conhecimento desta situação através da administração do Centro Comercial Amoreiras Plaza desde então e em repetidos contactos ao longo destes quase três anos. Apesar da fonte do ruído só me ter sido confirmada há um mês, a administração do centro comercial e o Holmes Place já a conheciam há muito e, prova disso, é o facto de na sequência de mais um destes contactos terem, há poucos meses, detectado e procedido à reparação de uma das correias do equipamento de ar condicionado. Apenas a equipa da administração do Centro Comercial Amoreiras Plaza tem sido minimamente atenciosa e pró-activa no contacto, da parte do Holmes Place e do Holmes Place Amoreiras ainda não existiu qualquer iniciativa de contacto ou esclarecimento. Os únicos contactos directos que existiram foram da minha parte.
Além do agravamento sentido no último mês, em termos da intensidade, regularidade e prolongamento do ruído dos equipamentos, hoje, quinta-feira, 5 de Março, é o sétimo dia consecutivo que o ruído mais intenso com vibração associada se verifica, particularmente durante todo o período nocturno. Na passada terça- feira, dia 3 de março, a PSP voltou ao local e os dois agentes tomaram novamente conta da ocorrência, infelizmente o ginásio já estava encerrado. Ontem o ruído recomeçou às 22h50 e persistiu até, pelo menos, às 2h da manhã, quando por exaustão consegui finalmente adormecer no sofá da sala com tampões de ouvidos e auscultadores. Esta manhã, até ter saído de casa, o ruído voltou várias vezes a ouvir-se, com menos intensidade e por períodos mais curtos. Neste momento, estou com receio de voltar à minha própria casa para aquela que se adivinha ser a 8ª noite consecutiva de pesadelo.
Posto isto:
1. “desenvolver todos os esforços e testes necessários para averiguar alguma anomalia de equipamento” – “todos os esforços” devia ser sinónimo de desligar de imediato o equipamento até que a avaria seja detectada e reparada, tal como já o fizeram por poucas horas no início do mês de Março e após insistência da administração do Centro Comercial Amoreiras Plaza;
2. “Nenhuma ação antes deste processo pode ser tomada, já que existem vários equipamentos a operar no mesmo espaço e provenientes de vários operadores, pelo que a origem do mesmo ainda é desconhecida.” – Esta afirmação aponta um cenário de múltiplas avarias ou de avaria generalizada e, além da violação consciente e persistente à minha segurança, integridade física e emocional, demonstra que o Holmes Place não tem qualquer consideração aos efeitos que o mau funcionamento dos equipamentos possam estar a ter, também, nos seus clientes;
3. “Os responsáveis do clube estão na disponibilidade de lhe dar todos os esclarecimentos adicionais que lhe pareçam pertinentes” – que pessoa responsável me irá contactar e por que meio de contacto serão prestados os devidos esclarecimentos?

---

• 

O ginásio Holmes Place Amoreiras esteve encerrado durante o estado de emergência e, naturalmente, o ruído abrandou durante o mês de Abril, foram excepções os dias 5, 6, 17, 28, dia em que foi particularmente intenso e se prolongou até pelo menos às 2h30 da manhã, hora em que finalmente consegui adormecer exausta e com recurso a tampões de ouvidos, e, novamente, durante o dia, a 29. Em Maio, já ouvi várias vezes o ruído, sobretudo durante o dia e por períodos curtos.
Estas informações têm sido regularmente comunicadas à administração do Amoreiras Plaza, visto que da parte do Holmes Place, à excepção da resposta genérica publicada neste portal, não recebi qualquer contacto ou informação.
O problema não está resolvido e temo que a reabertura do ginásio volte a comprometer a minha saúde e bem-estar, porque, pelo que tenho conhecimento, não foi tomada qualquer diligência da parte do Holmes Place para reparar ou isolar os equipamentos que estão na origem do ruído.

Até à data não fui contactada ou tive qualquer garantia por parte do Holmes Place sobre a resolução do problema do ruído anormal, produzido pelos equipamentos do ginásio das Amoreiras.
A única diligência em curso, que me foi oficialmente comunicada pela Polícia Municipal de Lisboa, com a data de dia 19 de junho, é que o processo foi encaminhado para a Divisão do Ambiente e Energia da Câmara Municipal de Lisboa, para aferição do ruído produzido.