Dia 1 de janeiro, pelas 6h dei entrada no SU do Hospital de Faro devido a uma queda de uma altura de 2m. Encontrava-me com imensas dores no braço esquerdo e tinha perdido os dois dentes da frente, pelo que tinha uma hemorragia. Esperei cerca de 4h para ser observada, sem qualquer terapêutica analgésica ou até mesmo alguma tentativa de estancamento da hemorragia bucal ou desinfeção. Quando finalmente fui observada pela equipa de enfermagem disseram que seria "caso para um dentista", e novamente, ignoraram a terapêutica. Quando chegou o ortopedista, viu os Rx e afirmou que não havia qualquer alteração visível e que seriam apenas dores da queda. Após muita insistência da minha parte, pois as dores eram sugestivas de alguma lesão, diagnosticou me com "fratura no punho" e que tinha de ter 8 semanas tala engessada. Posto isto, 3 dias depois, sem melhoria das dores, dirigi-me a outra entidade onde os ortopedistas de imediato perceberam que na verdade tinha partido o cotovelo, e que necessitava apenas de duas semanas com tala engessada (bastante diferente do diagnóstico e tempo de recuperação anterior). Nesta instituição a que me dirigi não só observaram a parte estomatológica (pela perda dos dentes), como forneceram terapêutica analgésica e agendaram próxima consulta. Concluo dizendo que foi uma experiência dolorosa, traumática e até desumana.
Data de ocorrência: 1 de janeiro 2022
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