No dia 19/10/2023, contatei a saúde 24, para saber se deveria dirigir-me ao hospital com a minha filha Ana Catarina Narciso Godinho Ferreira de 17 anos, visto estar com alguns comportamentos de risco.
Foi-nos dito pela saúde24, que era urgente ir-mos ao hospital para sermos encaminhados para a psiquiatria.
A minha filha tem 17 anos, tem tido comportamentos estranhos e neste momento está a automutilar-se, esta foi a terceira vez que o fez, com 7 golpes no braço esquerdo.
Como ainda é menor, fomos atendidos do lado da pediatria, assim que chegámos ao hospital, foi chamada para a triagem, onde fomos excelentemente bem atendidas pela enfermeira.
Voltámos para a sala de espera a aguardar a chamada do médico, que terá demorado cerca de 20min, não sei precisar bem.
Fomos chamados pelo médico de serviço na pediatria, que infelizmente não sei precisar o nome, que perguntou o que se passava, eu expliquei o que se andava a passar com a minha filha, mostrámos até o braço que se encontra com 7 cortes e logo me mandou sair, pra falar com a minha filha a sós.
Nem 5min esteve a falar com o médico, a minha filha saiu a dizer-me que o medico tinha dito que estava tudo bem e que podia entrar.
Entrei, fui falar com o médico, que me disse que a minha filha estava bem, muito calma, com um discurso coerente, e tinha consciência da automutilação que tinha feito e porque a tinha feito e que não podia fazer nada, visto isto não ser considerada uma urgência psiquiátrica e apenas estava a cumprir as regras do SNS.
ia apenas fazer um pedido para ser seguida na psiquiatria, mas para termos noção que ía demorar muito e podia chegar até 1 ano de espera.
Fiquei em choque com a decisão, visto a minha filha estar a precisar de consulta e tratamento urgente, pois a espera, e ainda que longa, pode ser tarde, para uma jovem de 17 anos, que neste momento se anda a automutilar.
Hoje liguei diretamente para a psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém para ver se era possível marcar diretamente lá, onde me responderam que só com um pedido médico, pedido esse que já está feito e voltaram a referir que a espera poderá ser meses até 1 ano e que se quisessse poderia fazer uma reclamação.
Aqui estou eu a fazê-la, na esperança que possam fazer alguma coisa a uma mãe que neste momento está desesperada a tentar ajudar a sua filha e que sente que neste momento todas as portas se estão a fechar.
Na esperança que não seja tarde de mais, agradeço resolução a este nosso problema.
Com os melhores cumprimentos,
Angelita Ferreira
Data de ocorrência: 18 de outubro 2023
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