Venho por este meio reclamar do mau atendimento prestado pelo Hospital José Joaquim Fernandes de Beja à minha mãe, com 80 anos de idade. Ela foi internada em 8 de junho por volta das 11h00 depois de uma queda durante a noite e com dificuldades de mobilidade de raciocínio/lucidez. Foi prestada ao INEM por msg WhatsApp informação sobre a medicação que estava a tomar, para entrega no Hospital. Esteve até sexta-feira (11jun) de manhã quando a fomos buscar por ter tido alta. A enfermeira que me deu a respetiva documentação referiu que a minha mãe tinha feito vários exames sem resultados de fraturas ou lesões resultantes da queda. Disseram para manter a medicação anterior e que as dificuldades de mobilidade derivavam de ter estado imobilizada no Serviço de Urgência em cadeira de rodas (pelo que a minha mãe me referiu) cerca de 2 dias e dado queixar-se de fortes dores, por estar na cadeira, ter sido mudada para uma maca onde permaneceu o resto do tempo. Na altura da entrega da minha mãe em cadeira de rodas a enfermeira não me referiu que a minha mãe tinha várias e grandes queimaduras de segundo grau derivadas do contacto entre as pernas e o plástico da cadeira de rodas e o consequente aquecimento e queimaduras. Nem me indicou que seria necessário fazer penso diariamente para as debelar. Essas queimaduras só foram detetadas quando chegámos a casa e verificamos que tinha um enorme penso a rodear o joelho e perna direita com as referidas queimaduras em carne viva e a deitar líquido. Tivemos então nesse dia 11junho pelas 18h00 que iniciar o penso diário no Centro de Saúde de Mértola do qual só tenho a dizer bem pois toda a enfermeira tem sido bastante atenciosas humanas e profissionais no tratamento do assunto.
Em resumo a minha queixa relaciona-se com o mau atendimento que lhe foi prestado, pois foi deixada em cadeira de rodas e maca durante 3 dias com as consequentes dores e queimaduras e de no documento da alta nem nas explicações prestadas pela enfermeira ter sido mencionada a existência de queimaduras nem dos procedimentos a efetuar nos dias subsequentes.
Pelo facto de estamos a passarmos por esta pandemia do Covid não pode explicar tudo e a forma desumana como foi tratada uma idosa de 80 anos no Hospital e ausência de informação sobre as queimaduras e procedimentos a efetuar para as tratar, de forma impropria e enganosa e nada profissional foi entregue após lhe terem dado alta.
Em anexo junto as fotos a confirmar a estado da minha mãe, e questiono se de facto deveria ter sido dado alta a uma doente que saiu pior do que entrou no Hospital, sem um tratamento previsto ou explicação de ter as pernas inchadas e o porquê de ter as pernas em carne viva e queimaduras, motivo pelo qual deu entrada nesta unidade de saúde, após ter caído em casa.
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 12 de junho 2021
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