Hospital São João - Atendimento médico

Ontem, dia 23/08, tive a infelicidade de ser atendida pelo Dr.L.G. urgência (adulto) do Hospital São João. Desde a triagem avisei das fortíssimas dores, que me causavam vómitos, mas ainda assim aguardei a minha vez de ser chamada. Sinceramente não espero ser mimada em nenhum atendimento médico. Entendo perfeitamente a quantidade de utentes que são atendidos diariamente, mas espero o mínimo de respeito à minha condição, que se não fosse por aquilo não estaria ali. Tinha fortíssimas dores abdominais e um problema (abscesso) na perna direita, o que se tornou secundário ante a minha dor. Até então havia sido atendida por todos de forma normal, satisfatória e com cortesia. Para resumir, o referido médico se mostrou totalmente alheio à minha dor, falei inúmeras vezes e apenas olhava me e mandava aguardar. Mandou me fazer uma ecografia (de novo entrei na fila de espera) e para a minha surpresa, a ecografia era para o abscesso na perna (tipo um furúnculo) e não para a dor abdominal, que eu mal conseguia aguardar sentada, ficava a andar pela sala de espera. Voltei ao Dr. L.G. e mais uma vez falei da minha dor e pedi um analgésico. Mais uma vez, nenhuma palavra. Apenas a simpática menina que fez a coleta de sangue, avisou me que ele não podia receitar nada antes do resultado da análise. Não sou obrigada a saber disso. A obrigação dele era falar me. Depois de horas e horas me contorcendo de dor, recebi uma medicação intravenosa.
Assumo que o comportamento desse médico não é condizente com o hospital de referência, que é o São João e pude observar que utentes próximos a mim tinham um tratamento mais cortês de outros médicos. Certamente não era nada pessoal, pois nunca vi esse senhor antes. Assumo que seja alguém que está na profissão errada. Em resumo, ele não soube identificar a causa da minha dor e prescreveu-me apenas antibiótico e anti-inflamatório para o abscesso na perna. Fiquei das 20:30 do dia 23/08 às 01:40 da manhã do dia 24/08 para isso...
O propósito da minha reclamação é evitar que tal profissional trate quem está lá na emergência, não por escolha, mas por necessidade, de uma forma extremamente arrogante e alheio ao sofrimento de quem está em busca de alívio. Não é isso que se espera de um médico.