Meu pai, Alberto Oliveira e Silva, idoso de 91 anos, foi transferido para o Hospital S João, vindo do Hospital Pedro Hispano no dia 22/06/2017, depois de ter sido avaliado o seu estado de saúde neste último, onde na triagem lhe foi atribuída a cor laranja, por apresentar uma pielonefrite (utente com insuficiência renal crónica secundária a uma hidronefrose, com implantação recente de 2 nefrostomias). Segundo os médicos, era urgente ser avaliado por Urologia de Urgência a funcionar no H S João. Desde a entrada no Pedro Hispano até à chegada ao S. João, decorreram 10 horas, onde foi avaliado por Clínica Geral, Medicina Interna e Nefrologia, para além de múltiplos exames. Chegado ao S. João de ambulância cerca das 21 horas, depois dum atendimento péssimo na admissão, deparamos com o atendimento mais desumano que a sua já longa história como doente conhecera, prestado por uma enfermeira que de enfermeira apenas tem o nome. Implicou com o facto de meu pai ainda estar com cateter venoso e disparou contra os 2 jovens e simpáticos bombeiros que o transportavam. Estes apenas lhe recordaram de forma humilde e serena que não eram responsáveis pela situação, pelos vistos anómala e que apenas eram responsáveis pelo transporte em segurança do doente. A (pseudo)enfermeira não gostou, e à boa maneira duma portuense da ribeira que era sempre a mesma coisa e que já estava farta num tom que parecia estar na feira da ladra. Como os bombeiros ficaram calados, «encheu o peito» e virou-se para o meu pai e perguntou-lhe secamente se lhe doíam as costas duma forma tão intimidatória que o fez balbuciar que já lhe doera mais. Retorquiu a (pseudo)enfermeira: «Não lhe perguntei se lhe doeu mais antes, mas sim se lhe dói agora» Minha irmã tentou explicar-lhe mas não quis saber: «o doente não é a senhora» e num desabafo aparvalhado mas que define o perfil deste tipo de profissionais, soltou «ai, ai, ai, estes filhos são uns exagerados». Pediu então ao meu pai que se levantasse e com algum custo, lá se ergueu e assim foi-lhe «confiscada» a cadeira de rodas onde permanecia!!! Depois, com uma desumanidade revoltante concedeu a pulseira cor amarela depois de uma avaliação que justificara outra anterior, bem diferente, depois de ter sido escrutinado sob o ponto de vista clínico por tantos profissionais! Calei a minha revolta, conhecendo tão bem o meu pai, que em toda a sua vida me ensinara a ser respeitador e a detestar situações de má educação. Cerrei os punhos e aguentei mais 2 horas até que finalmente foi chamado. Foi observado pelo Urologista de serviço que, atenciosamente, lhe prestou os cuidados já planeados antes com os colegas do Pedro Hispano. Acabou por internar o meu pai, depois de ter sido sujeito a um procedimento cirúrgico pela madrugada adentro...
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