In Gold Hotel & Spa - Serviço reservado de passagem de ano mal prestado

Os quartos e o spa são excelentes mas quando um grupo de 16 amigos decide passar o Ano Novo juntos não está à espera desta experiência inesquecível.
Os quartos não tinham todos a mesma apresentação.
Uns tinham 2 garrafas de água e outros tinham cesto de frutas, chinelos, roupões e kit de escova de dentes.
Vamos passar à receção de boas vindas a 2022.
A bandeja que distribuia copos com sangria era a mesma que recolhia os copos vazios.
Não se lembraram das crianças e depois improvizaram 7up com groselha. Se não gostassem de bebidas com gás, azar!
Os jovens funcionários de 17 anos que estavam a servir os salgadinhos não faziam a mínima ideia do que constava em cada um (Graças a Deus não apareceu ninguém intolerante ao glúten, amendoim nem à lactose).
Quando nos convidaram a subir para o restaurante, fomos muito bem acompanhados por uma funcionária.
O problema começou quando tentam sentar 16 pessoas numa mesa preparado para um grupo de 14 pessoas.
O mesmo aconteceu em outras mesas.
Lá nos apertamos e com boa vontade pensamos que o problema tinha ficado resolvido.
Só havia água na mesa e estavam a comunicar que os refrigerantes para as crianças e abstémios teria de ser pago à parte. Viram a nossa insatisfação e mudaram de opinião.
Foi servido espumante sexy rosa na maior parte da noite e à meia noite, espumante sexy dourado.
Só serviram 1 tipo de vinho tinto que acompanhou o prato de peixe e de carne.
A certa altura deixou de haver coca cola.
Como na minha família de 4 pessoas temos restrições alimentares, queriam que ficássemos sentados junto ao grupo das crianças para ser mais fácil para os funcionários não se confundirem. Regra essa que não acarretamos.
Depois de sentados junto dos crescidos, a toalha vinha com bolor, não havia copos iguais, não havia marcadores de mesa, não havia manteiga nem pão.
Também faltavam talheres na mesa ao lado.
A minha entrada fria não tinha o mesmo empratamento das entradas frias dos outros elementos do grupo.
A entrada quente estava salgadíssima.
O prato de peixe era mais prato vegetariano, porque tinha pequenas amostras de peixe.
O prato de carne deveria ser leitão e era costela de porco velho.
Nem tudo foi servido ao mesmo tempo.
Enquanto uns convidados estavam a ser servidos outros nem prato tinham e nas outras mesas os pratos já estavam a ser levantados.
O corta sabores tinha aspetos diferentes de mesa para mesa.
Pedimos sopa para as crianças mas não tinham sopa que chegasse para todos.
Pedimos para falar com o Diretor do Hotel mas o senhor mandou dizer por um funcionário de 17 anos que estava muito ocupado.
Só quando ameaçamos chamar a polícia é que apareceu às 23h45min.
A sobremesa ainda não tinha sido servida, os pratos de carne ainda não tinham sido levantados.
Distribuiram as passas e corintos à pressa e os hóspedes foram buscar o espumante e fazer a contagem decrescente para a meia noite.
Os copos eram os que sobravam na mesa.
Não havia flutes. Estavam a ser limpos porque tinham servido o corta sabores.
As minhas 12 passas tinham cores diferentes...
Enfim...
A sobremesa que foi servida depois da meia noite, era tão maravilhosa que a maior parte ficou em cima da mesa.
Depois encaminharam-nos para uma sala noutro piso onde havia bar aberto e música colocada por um DJ.
O chão foi ficando molhado e com cubos de gelo espalhado e o inevitável aconteceu.
Uma senhora caiu e começou a sangrar do sobrolho.
Quem a socorreu foram duas amigas minhas que são enfermeiras.
Pediram o Kit de primeiros socorros e entregaram-lhe um penso rápido...
A prometida ceia da 1h30 foi servida às 2h30.
Caldo verde e salgadinhos.
Doces, queijos, nem vê-los.
Às 4h um amigo nosso que tem problemas de estômago e sindrome vertiginosos começou a vomitar e mais uma vez foram as nossas enfermeiras de serviço a entrar em ação.
Foi pedido ajuda aos funcionários do hotel para higienizar o quarto mas não se mostraram muito ativos na realização da tarefa.
Entretanto o nosso amigo que se sentiu mal, acabou por ser transportado pelo INEM para o Hospital de Aveiro, onde não havia médicos.
ÀS 9h30 o alarme de incêndio do hotel começou a tocar.
Lá fomos finalmente ao prometido brunch que não passou de um pequeno almoço.
Os funcionários desconheciam a palavra Brunch.
Só posso dizer que foi uma passagem de ano inesquecível e marcante pela negativa.
Poderíam pensar que eu estava com os copos mas nem eu nem o meu marido bebemos bebidas alcoolicas.
Se eu assistisse a esta história num filme acharía que era azar a mais...
Dar-lhe-ía o título de «Pesadelo na Passagem de Ano».
O responsável por tudo isto deve assumir as consequências de todos estes acontecimentos e DAR A CARA e resolver todos estes desagradáveis episódios de uma forma digna e justa.
Deixamos um registo no livro de reclamações e estamos a aguardar uma resposta.

Ainda não fui contactada pelo hotel para tentar resolver a situação nem com qualquer pedido de desculpa.

Ainda estou a aguardar uma nova resposta.