Maternidade Dr. Alfredo da Costa
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Maternidade Dr. Alfredo da Costa - Reclamação - parto dia 23 de janeiro 2021

Sem resolução
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Liliana Brazuna
Liliana Brazuna apresentou a reclamação
21 de fevereiro 2021
Exmo./as Senhores/as:
Venho por este meio proceder a um pedido de esclarecimentos relativamente ao meu parto no dia 23 de janeiro 2021, na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.
Fui seguida durante toda a gravidez na USF Moscavide pela médica de família, até às 34 semanas, e na Maternidade Alfredo da Costa, a partir das 38 semanas.

Factos dos acontecimentos relativamente ao trabalho de parto:
Às quatro da manhã no dia 23 de janeiro de 2021, gritava com dores cada vez menos espaçadas de contrações. Apesar de ter indicação para me deslocar à maternidade só quando o intervalo das contrações fosse de 5 em 5 minutos, sentia dores enormes, pelo que levantei-me, tomei banho e um pequeno-almoço leve.
Já tínhamos tudo preparado (o kit de preservação de células de tecido e sangue do bebé, a minha mala e a mochila do bebé). Chamámos um Uber, pois não temos carro, e fomos para as urgências da Maternidade Alfredo da Costa.
Chegámos às 6h à Maternidade Alfredo da Costa. Fui imediatamente atendida nas urgências, uma vez que era a única pessoa. O meu marido ficou na rua ao frio (devido ao Covid, nenhuma paciente pode entrar acompanhada).
Fui chamada primeiramente para ir para a triagem. Um enfermeiro mediu-me a tensão, fez-me o toque (sem autorização e sem me informar), colocou-me o CTG, ligou para um número interno e informou que estava uma grávida de primeira vez com contrações e dilatação de 3/4 dedos. O enfermeiro informou-me que iria ficar internada e questionou-me se queria levar epidural, ao que disse que sim, porque as dores já eram insuportáveis. Referi também que queria o meu marido ao meu lado, para estar comigo no parto. Disse-me que ambos teríamos de fazer testes ao Covid e só depois dos resultados, o meu marido poderia eventualmente acompanhar-me.
De acordo com indicação do enfermeiro, informei o meu marido que estava na porta do hospital, que ficaria internada e que ambos teríamos de fazer o teste, e da urgência de fazermos o mesmo para termos o resultado rapidamente. O enfermeiro informou-me que o teste do meu marido poderia demorar mais tempo, confesso que não percebi o motivo.
Fizemos ambos o teste ao Covid (a técnica que fez a recolha, achou estranho nunca termos feito anteriormente nenhum teste ao Covid). Fui informada que só podia ter comigo o telemóvel, a primeira roupa do bebé e o kit da Crioestaminal. Despi-me no corredor e fiquei com a bata da maternidade no corpo.
Informaram o meu marido para ir para casa e voltar passadas 9 horas, o tempo necessário para chegarem os resultados ao exame Covid, ele assim fez. Fui conduzida em maca à sala de partos número 4, na qual se encontrava outra grávida a parir no lado oposto, de outra sala de partos.
Ligaram-me ao CTG, o médico anestesista fez-me umas perguntas "se tinha alguma alergia a algum medicamento" e colocou-me o cateter para a epidural. Todo o tempo estive acompanhada de uma enfermeira que me foi dando chá, no entanto sentia muita fome.
Tive sempre dores no baixo ventre pelo que me foram administradas várias doses de epidural. Às 11:03h, recebi por telemóvel, por mensagem "CHULC Analise COVID-19 *LILIANA xxx* resultado NAO DETETADO. Disponível em www.sns.gov.pt ou solicitado via https://portalutente-chlc.min-saude.pt".
Uma médica fez-me o toque (sem autorização e sem me informar previamente), estava com 3/4 dedos de dilatação. A médica rebentou-me a bolsa, de forma artificial (não percebi porquê?). Algaliaram-me para a bolsa ser lá colocada, tinha um tom avermelhado e transparente que tinha ficado na algália. Não retiraram a algália com a minha bolsa, mais tarde quis urinar e verificaram que ainda tinha a algália, por isso foram buscar outra.
A médica informou-me que tinha de estar em pé a fazer exercícios para ajudar o bebé a descer. Até então estive deitada pois tinha muitas dores apesar dos reforços de epidural, fui bebendo chá. Segui a recomendação, estive em pé, fiz movimentos circulares com as ancas, fiquei de cócoras com a cabeça apoiada num dos braços.
Durante todo o período que estive sozinha (sem o meu marido, único pedido que fiz desde que entrei nas urgências), tive vários episódios de ansiedade, choro e dor, tudo teria decerto sido mais fácil se ele estivesse comigo. Às 12:34h estava com 7 dedos de dilatação, mesmo com os exercícios, o meu filho ainda não tinha descido o suficiente e estava encostado ao meu osso, sendo a causa das dores e contrações serem tão intensas. Estas dores permaneceram até ele nascer. Fui informada que o meu bebé era grande e que eu sou pequena (tenho 1.56m).
Às 14:34h o meu marido chegou, uma vez que recebeu a mensagem relativamente ao teste do Covid dele, negativo.
O enfermeiro Victor, que eu já conhecia por ter estado comigo no dia 18/01/2021 última vez que estive na urgência da MAC, na qual nunca me fizeram uma ecografia (e também durante todo o trabalho de parto nunca me fizeram nenhuma ecografia, também não sei porquê?).
Este enfermeiro ajudou-me na respiração da expulsão para o parto, juntamente com o meu marido. O enfermeiro disse-me que já se via o cabelo do bebé. Fomos informados que eu ia para o bloco de partos e que o meu marido não podia ir, aguardaria na sala de espera.
Estive o tempo todo de máscara desde que entrei às 6h da manhã nas urgências, com a mesma máscara que trouxe de casa, fui para o bloco de partos de máscara e fiquei com a mesma máscara até o dia seguinte na hora das visitas, quando o meu marido me deu outra.
Estive sempre ligada ao CTG até ir para o bloco de partos. Antes de ir para o bloco de partos, deram-me uma "dose cavalar" (palavras do enfermeiro), disseram-me que iam fazer-me um parto com ventosas (nunca autorizei, nunca me pediram autorização não sei porquê? Se o tivessem feito, teria preferido uma cesariana, e tive indicações anteriores - última consulta das 40 semanas na maternidade, 21/01/2021- dessa possibilidade). Já lá estava a equipa que me ia fazer o parto.
O enfermeiro Victor, que me levou na maca até ao bloco de partos, disse-me para fazer força agarrada a uns ferros, eu toda transpirada, com máscara (se o meu teste ao Covid tinham dado negativo porque tive sempre de máscara desde que entrei nas urgências e em pleno trabalho de parto?), sentia-me exausta, com fome, senti que me cortaram e que fizeram uma episiotomia (até hoje sinto o som do corte na minha cabeça), entre força que fazia e ventosa que colocaram, senti que colocaram mais instrumentos, mas não sabia o quê. Senti ligeiramente o bebé a nascer, e a placenta a sair.
Houve uma altura que olhei à minha volta, estava toda a equipa em pânico ao redor, outras profissionais de saúde mais à frente noutra divisória que dava para a sala principal de partos, estavam agarradas à porta e meio escondidas, com caras aterrorizadas.
Colocaram-me o bebé embrulhado na manta por alguns segundos em cima de mim, no peito (nada de contacto pele com pele entre mãe e filho). O meu filho estava amarelado. Disseram-me que ele estava abananado e mole. Lembro-me que todos ali disseram que "foi um parto muito, muito difícil". O médico obstetra coseu-me, senti tudo, só queria despachar aquilo (até hoje me lembro bem) e perguntei ao médico "já está?" e ele calmamente a coser-me respondeu "tem de esperar".
Levaram-me para o lado de fora da sala de partos para ficar à espera do kit da Crioestaminal (vi depois que era por isso tanta espera lá fora), ao que ouvi dentro da sala de partos uma profissional de saúde dizer, "mas eu tenho que mesmo fazer isto de retirar amostras deste kit? Não me pagam para isto!".
Estive sozinha enquanto retiravam a amostra poder ir juntamente comigo na maca, apareceu uma enfermeira com um bebé ao colo, apresentou-se, perguntou o nome do meu filho eu disse que era "Lourenço", ao que ela disse que ia levar o meu filho para os cuidados intermédios, porque ele estava abananado e mole. Colocou o meu filho uns segundos em cima de mim, no peito, e até me deixou dar-lhe um beijinho sem máscara (algum contacto pele com pele). De notar que o relatório de alta do Lourenço, indica que ele foi entubado no 1º minuto de vida, mas não tenho nenhuma informação do porquê ter sido entubado, e das 2 vezes que esteve no meu peito, ele não estava entubado.
No caminho e percurso para a sala de partos onde tinha estado, fui informada pelo enfermeiro Victor, que o Lourenço nasceu com 3,740Kg e que se tivesse nascido com 3,800kg teria sido de cesariana (desde as 38 semanas que comecei a ser seguida nas consultas de gravidez na MAC, nunca me fizeram nenhuma ecografia nem durante todo o trabalho de parto, mas sim e apenas quando fui às urgências na MAC).
Como podiam avaliar se eu podia/devia ter feito uma cesariana?
E porquê as ventosas e fórceps (informação no relatório do Lourenço) em pleno século XXI quando há recomendações da OMS-Organização Mundial de Saúde nesse sentido, que não é recomendado? E porquê a episiotomia, também não recomendada pela OMS? Porque estava o Lourenço, a ir para longe de mim?

Informaram-me que iriam observar o meu útero, porque caso não estivesse a contrair tinha de ser retirado mais tarde por consequência do parto que tive (Será que houve alguma planificação para o meu parto, uma vez que já estava a ser seguida na MAC desde as 38 semanas? Nunca exigi/pedi um parto vaginal). Falaram-me numa linguagem técnica do que me fizeram, mas nada percebi, estava exausta, perdida, confusa, esfomeada e ainda anestesiada (a minha perna direita continua à data de hoje, 21/02/2021, com dormência em resultado de toda a anestesia que levei no dia do parto).
Não percebi e não percebo o porquê de não me terem feito uma cesariana, sempre foi colocada essa possibilidade durante a gravidez, uma vez que sou pequena e o meu filho às 34 semanas, de acordo com a última ecografia do último trimestre - obrigatória, peso estimado de 1,980kg. Após as 38 semanas comecei a ser seguida na maternidade em consultas semanais, refiro novamente que nunca foram feitas ecografias na MAC.
Sentia-me com sede e fome, só me possibilitaram beber água aos poucos. O enfermeiro examinou-me e disse-me que o meu útero estava bem, a dar boas respostas. Verificaram que estava com 38 graus de febre, deram-me Paracetamol juntamente com o soro.
Após ser observada, chamaram o meu marido. Ele perguntou-me pelo Lourenço, disse-lhe que tinha nascido confuso e abananado e estava nos cuidados intermédios. Informaram o meu marido que tinha de sair, mas que poderia ir ver o Lourenço aos cuidados intermédios antes de sair. O meu marido foi o primeiro a ver o Lourenço, nem me sentia ainda mãe, não tive contacto pele com pele com o meu filho, nem qualquer género de explicação acerca do que se passava com ele. Sentia que nem tinha tido tempo de assimilar que já tinha um filho. Foi como se tivesse morrido. Eu pensava "mas eu tive este sofrimento atroz todo e onde está o meu filho? Será que fui mesmo mãe ou foi imaginação minha? Vi minutos mais tarde, o Lourenço por fotografias que o meu marido me enviou, através do telemóvel.
Algum tempo depois, deram-me lanche (uma gelatina, leite meio gordo simples de pacote e uma peça de fruta). Fui conduzida pelo enfermeiro Victor e um auxiliar de saúde, para a sala de puerpério, na qual estavam duas mães com os seus bebés ao fundo da sala. Passado pouco tempo de ter chegado, veio uma enfermeira fazer a minha "admissão" e perguntou-me nome completo, profissão, idade, se já tinha estado grávida, se era o 1º filho, onde morava, nome do pai do Lourenço, profissão e idade.
Jantei perto das 19h, às 22h tive de fazer o levante com ajuda da enfermeira. Por volta das 00h, urinei-me de pé ao lado da cama quando tentava levantar-me para ir à casa de banho, às 3h da manhã novamente do outro lado da cama, estava incontinente. Lembro-me que nessa noite transpirei muito.
Pedi à enfermeira chefe que foi a responsável de turno por mim nesse dia, que queria saber o estado de saúde do Lourenço, trouxe-me noticias dele, às 1h e tal da manhã. Disse-me que o Lourenço estava numa incubadora, ainda abananado e a recuperar do parto, tal como eu. Perguntei porquê e nunca me disseram? Não conseguia perceber o que estava ou tinha acontecido?
No dia seguinte, fui visitada pelo médico obstetra que me fez o parto e que veio saber como é que eu estava, não me examinou fisicamente, disse-me que tinha ido ver o Lourenço, estava bem, a responder bem e a ter melhorias. Perguntei ao médico se me tinha dado muitos pontos na costura do parto, disse-me que não (só quando tive alta é que me disseram que tive muitos pontos. Porquê tanta gente a mentir e tantas mentiras?).
Nesse dia tive várias visitas médicas para verem o meu estado de saúde geral porque queixava-me com muitas dores, estava sensível física e psicologicamente. Não recebi até à minha alta médica, nenhum acompanhamento psicológico. Fui visitar o Lourenço, aos cuidados intermédios pela primeira vez, com a ajuda de uma auxiliar de ação médica, em cadeira de rodas, devido ao meu estado geral de saúde do parto. Nesse dia, também comecei a fazer a estimulação da amamentação.
Quando o fui ver, em uma hora que lá estive, ele teve duas paragens respiratórias à minha frente. As enfermeiras que o reanimaram (ele estava ligado a uma máquina extra de oxigénio e de apneia), disseram-me na altura que ele se esquecia de respirar e que ele ainda estava confuso de onde estava, devido ao trauma do parto que foi para ambos. Não percebia o que o Lourenço tinha, nem porque estava todo entubado, qual a razão e origem?
No dia seguinte, uma médica pediatra falou comigo informando-me que estavam a fazer muitos exames ao Lourenço, uma vez que os problemas respiratórios e de apneia, poderiam ser de origem genética e cognitiva.
Durante o meu período de internamento, até ter alta médica da obstetrícia e de enfermagem, tive altos e baixos a nível físico e psicológico, entre as quais imensas dores no corpo, incontinência temporária, tristeza profunda, ideias suicidas, muita vontade de chorar. Sentia-me revoltada, perdida, confusa, desamparada e como agravante, com pouco tempo de visita do meu marido.
Ficou referenciado por uma das enfermeiras que foi a responsável por mim no seu turno, que eu deveria ser seguida em fisioterapia e psicologia, no entanto na minha alta médica ou de enfermagem, nada ficou referido. Desta forma fui pedi-lo de forma oficial, nas urgências da Maternidade Alfredo da Costa, no dia 02/02/2021.
O Lourenço esteve sempre nos cuidados intermédios desde 23/01/2021 até ao dia 10/02/2021. No dia 01/02/2021, o meu filho ia fazer uma ressonância magnética, no Hospital Dona Estefânia, durante a manhã. Para esse exame, tinha de ir em jejum, e anteriormente tinha que fazer o teste do Covid. Questiono-me qual a necessidade de fazer um teste ao Covid a um recém-nascido que esteve o tempo todo numa incubadora? Como poderia estar infetado sob as condições em que estava?
Fez o teste, deu negativo, foi para o Hospital Dona Estefânia, mas não chegou a fazer a ressonância magnética, uma vez que a equipa não se responsabilizava, devido à lesão que tinha na cabeça (crosta provocada pela ventosa, no parto), podendo o exame queimar por dentro e por fora do cérebro. Tudo isto era evitável, se todas as equipas e hospitais comunicassem entre si. O exame foi finalmente realizado no dia 05/02/2021, porém aquando da alta médica do Loureço, este e outros exames, não nos foram facultados.
Fui informada que o Lourenço teria alta no dia 09/02/2021, no entanto como ainda não tinham o relatório da ressonância magnética, a alta foi adiada para o dia seguinte. No dia seguinte, a alta foi adiada uma hora por causa da passagem de turno das enfermeiras. Sinto que tive um atendimento enquanto mãe, discriminatório por várias enfermeiras que cuidaram do Lourenço, e que estavam nos Cuidados Intermédios. Na tentativa de me colocarem medo e culpa, nos meus deveres de mãe: no que devia fazer, ou mesmo colocando em causa o que fazia ou não fazia bem.
Foi-me dada pouca informação por parte de toda a equipa médica e de enfermagem sobre o estado de saúde do Lourenço, o que estavam a fazer, que exames o meu filho estava a fazer, quais as situações clínicas que estavam a encontrar. Não percebia o que se passava com o meu filho.
Em conclusão, nunca fui devidamente esclarecida sobre o que se passou e procedo neste momento a uma reclamação por esse facto.
Sempre nos ocultaram o que realmente aconteceu durante o parto, comigo e com o Lourenço e o que se passava clinicamente com o Lourenço e de quem era a responsabilidade, causa/origem, fazendo sempre com que nós pais não interagíssemos com ele, sem dar uma mínima razão para isso. Até ao final, nunca nos disseram a razão de fazerem tantos exames.
Não percebo o motivo de no meu boletim de grávida não estar preenchido nada sobre o parto ou puerpério, no meu relatório de alta pouco referem do que fizeram no parto, e com o aconteceu com o Lourenço.
No meu relatório de parto, refere que o mesmo foi feito com recurso a ventosas, e não refere a episiotomia, no entanto a mesma consta no relatório de alta do Lourenço.
No relatório de alta do Lourenço e no seu boletim de saúde infantil e juvenil, refere que nasceu com fórceps, após tentativa com ventosas.
Continuo com muitas dúvidas por esclarecer e com a convicção que algo de grave se passou em todo o processo. Também gostava que me explicassem o motivo da omissão do nome do médico obstetra que me fez o parto, tanto no meu relatório de alta, como no boletim de grávida, ou no relatório de alta do Lourenço.

Solicitámos uma reunião com a equipa médica para sabermos concretamente o que se passava com o Lourenço, não percebemos o motivo de nos ter sido sugerido fazer só a reunião com um de nós, somos ambos pais do nosso filho.

Fomos informados na reunião com a equipa de Pediatria no dia 09/02/2021 que o Lourenço tinha edemas no cérebro, para além de não abrir o olho direito, e que devido a isso tudo, teria de ser seguido com frequência em 5 especialidades diferentes (Desenvolvimento, Neonatologia, Fisioterapia, Oftalmologia e Neurologia), nos tempos seguintes, na Maternidade Alfredo da Costa e no Hospital Dona Estefânia.

Nessa mesma reunião, solicitámos serviço de transporte, ou algum tipo de ajuda neste sentido, para as deslocações às consultas/exames necessários para a total recuperação do Lourenço, ao qual nos foi dito que isso não é responsabilidade da maternidade.
Gostaria que me informassem de quem é afinal a responsabilidade, uma vez que os bebés quando nascem apenas são seguidos posteriormente, no centro de saúde da sua residência.


Mais informo que foram colocadas as seguintes questões abaixo descritas, à Maternidade Alfredo da Costa, via e-mail, mas até ao momento não obtivemos resposta.
- Atendendo às dimensões do bebé e à estatura baixa da mãe, qual a razão para não ter sido feito um parto por cesariana?
- Os CTGs antes do parto apresentavam algum sofrimento do bebé? Se não, como explicam os níveis baixos de Apgar à nascença? Se sim, porque não agiram de imediato?
- Em que posição estava o bebé na expulsão?
-Foi realizada alguma ecografia para avaliar a posição do bebé? Se sim, porque não detetaram que o bebé poderia estar mal posicionado e que o parto natural me poderia colocar em risco e ao Lourenço?
- A paragem respiratória e consequente falha na oxigenação do cérebro do bebé aquando do parto (antes e após expulsão), não poderá ser a causa dos problemas que ele apresenta?
- Após reler a Nota de Alta do bebé, não encontrei referência à equipa que realizou o parto. Agradecia que me identificasse os elementos dessa equipa e em especial, o responsável da mesma?
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 21 de fevereiro 2021
Liliana Brazuna
Liliana Brazuna avaliou a marca
30 de setembro 2021

A reclamação não foi tratada até agora. Foi aberto um inquérito interno na Inspeção das Atividades de Saúde e que ainda decorre.

Esta reclamação foi considerada sem resolução
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