Mobilis - Paupérrimo serviço prestado e sobranceria dos funcionários

Residindo nós, hipoteticamente, num Estado Social de Direito, o direito à fruição de transportes é um dos desígnios do diploma legal máximo que a nossa vida deve reger.
Ora, tal preceito nunca por mim recebeu dúvidas até chegar a hora de vir morar para Leiria.
Como muitos, faço parte da representativa comunidade estudantil ou em inicio de atividade laboral desta cidade. Por via disso, interajo constantemente com jovens utilizadores da Mobilis - Tranportes Urbanos de Leiria, que diga-se, é a única entidade com competência para efetuar trajetos intra-cidade, possuindo o monopólio.
Também constante são o feedback negativo que recebo, de uma forma quase unânime, de todos os utilizadores com os quais me relaciono.

É compreensível falhas num serviço cuja procura é massiva, fruto da estrutura monopolizada. Todavia, ultrapassamos os limites da razoabilidade quando a regra é o serviço ser mau e a excepção acontece quando a referida empresa cumpre com os seus compromissos face aos clientes.

Tomo o exemplo de 2 colegas meus que trabalham no LeiriaShopping, um dos destinos mais preenchidos das Mobilis Leiria. Chega ao cúmulo de o transporte chegar uma hora depois do previsto, chega ao cúmulo de chegar mais de meia hora antes do previsto.
Incumprindo com o acordado com os utilizadores do serviço que pagam uma quantia mensal, cumprindo com a sua prestação, acabam por perpetuar que esses mesmos utilizadores não consigam cumprir com o acordado nos seus trabalhos ou instituições académicas, gerando uma bola de neve.

Como se isto não chegasse, a postura da Mobilis Leiria torna a situação mais revoltante.
Os funcionários acedem às queixas dos seus utilizadores com sobranceria, desprezo e até, não raras vezes, gozando estes jovens, cujas poupanças lhes pagam o salário mensal.

É completamente obsceno considerar Leiria como uma capital de Distrito quando nem o mínimo do mínimo dos serviços - que são os transportes públicos - consegue oferecer.
Invés disso, oferece-nos uma entidade acomodada no seu monopólio, refugiada no conformismo do melhoramento das suas infraestruturas (chegando ao ponto de recusar apps criadas pelos próprios estudantes do IPL para informar os usuários do tempo de espera do serviço), postura que só propicia a que as pessoas façam tudo para adquirir veículo próprio e a longo prazo renegar qualquer tipo de ligação com esta empresa.