Sentindo muitas dores no ombro e braço esquerdos, fui, no dia 23 de outubro de 2018, a uma consulta do meu médico de família, na USF Vasco da Gama, que me receitou duas ecografias às respectivas partes moles.
No dia 9 de novembro de 2018 efetuei as ecografias na Clínica Luís Lourenço, em Leiria, onde se detetou sinais evidentes de tendinite (documentos em anexo1, 2 e 3). Foi-me indicado que realizasse fisioterapia. Assim, no dia 13 de novembro de 2018, tive consulta com uma doutora, na Clínica Olivais Fisioterapia, sito na Rua Vila de Catió, Lote 395 loja esq. (documento em anexo 4), receitando-me vinte sessões diárias de “Medicina Física e de Reabilitação”, exigindo-me a totalidade do pagamento após a primeira sessão que iniciei nesse mesmo dia (documento em anexo 5).
Durante os nove tratamentos diários, não senti quaisquer melhoras e, pelo contrário, as dores aumentaram, tendo indicado isso, várias vezes, à fisioterapeuta que me tratava, respondendo-me que ainda era muito cedo para sentir algum alívio. Entretanto, verifiquei que a fisioterapeuta me fazia três tratamentos no espaço de cinco minutos, creio um para ultra-sons, outro para movimentos do braço e, por último, massagens muito fortes com as pontas dos dedos que me causavam muitas dores. Assim se passou diariamente durante nove dias, aumentando as dores muito agudas e não podendo dormir em qualquer posição, causando-me um hematoma (fotografias em anexo 6 e 7).
De salientar que, durante este período, queixava-me diariamente à fisioterapeuta que cada vez me sentia pior, não evidenciando melhoras, pelo que a resposta era sempre a mesma: “ainda é muito cedo”. Durante os tratamentos, cada vez manifestava mais dificuldades em vestir e despir e nunca existiu um cuidado por parte da fisioterapeuta em me auxiliar.
Nos tratamentos de corrente de baixa frequência, as esponjas eram seguras apenas pela alça do soutien, e eram administradas no corredor da clínica, não existindo qualquer privacidade. Por diversas vezes, a fisioterapeuta ausentava-se.
Não melhorando e não obtendo resposta ou apoio por parte da Clínica Olivais Fisioterapia e sentindo-me cada vez pior, fui a uma consulta de urgência no dia 27 de novembro de 2018, no Hospital da CUF Descobertas. Administraram-me uma injeção e prescreveram-me fármacos (documentos em anexo 8 e 9). Seguidamente, fui encaminhada para um médico ortopedista, no Hospital da CUF Descobertas, que me aplicou uma infiltração e foi pedido um RX convencional (ombro, duas incidências) que realizei no dia 4 de dezembro de 2018, neste mesmo local (documentos em anexo 10 e 11). No relatório médico (documento em anexo 12) foi-me detetado o quadro clínico de capsulite adesiva do ombro esquerdo, tendo-me sido receitado um programa de reabilitação com fisioterapia. Este médico estranhou a forma como foi administrada a fisioterapia na Clínica Olivais, uma vez que as sessões não podiam ser diárias, pois o ombro tem que descansar. Neste momento estou a frequentar o Centro de Reabilitação “Andrea Policlínica, Lda”. As sessões são em dias alternados. A fisioterapia e as massagens são dadas de forma completamente diferentes: mais cuidadas, uma vez que são dadas em cabines próprias, as esponjas para as infiltrações são colocadas com velcros e existe uma preocupação por parte dos fisioterapeutas na evolução da doença. O pagamento é diário, após a fisioterapia.
Desde que frequento este Centro de Reabilitação, tenho sentido grandes melhorias.
No dia 28 de dezembro de 2018 desloquei-me à Clínica Olivais Fisioterapia expondo o sucedido e informando que iria prescindir das restantes sessões, no qual a doutora me devolveu o valor da totalidade das vinte sessões (documento em anexo 13). Neste momento não sei se a ADSE tem conhecimento do sucedido.
De salientar que, após a última sessão neste centro, dia 23 de novembro de 2018, até ao dia 28 de dezembro de 2018, nunca fui contactada por não comparecer às sessões seguintes, tornando-se evidente a ausência total de preocupação desta entidade pelos seus utentes.
Agradecia, portanto, que tenham em consideração esta minha queixa para que não volte a acontecer este tipo de situações. Além disso deveria ser indemnizada pelas consultas e tratamentos, que ainda estou a realizar, pois há mais de um mês que sofro física, moral e economicamente com esta situação (até à data, mais de 200€).
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