Primeiramente gostaríamos de parabenizar o Portal da Queixa by Consumers Trust por esse importante serviço prestado à comunidade portuguesa. O simples fato da empresa responder à reclamação, em que pese não querer assumir a responsabilidade, já demonstra a grande utilidade desse serviço para todos aqueles consumidores que se sentem lesados.
E o assunto tratado é de certa forma grave, que diante da impunidade vem a cada dia aumentando, conforme inclusive consta da reportagem da RTP NOTÍCIAS que informamos acima na reclamação, em que diz: Há empresas de aluguer de carros que estão a cobrar falsos danos. Ouvimos relatos de clientes a quem foram retirados centenas de euros. Uma cobrança executada através do cartão de crédito, uma condição muitas vezes exigida como caução. As denúncias têm aumentado, a Direção-geral do consumidor avança que só nos primeiros três meses do ano as queixas mais do que duplicaram, em relação ao ano passado.”
Sendo assim, de grande utilidade a ajuda do Portal da Queixa by Consumers Trust no sentido de tentar erradicar esse problema, até pelo fato de ser a imagem de Portugal, formado por pessoas honestas, que está em questão, mesmo porque a grande maioria dos lesados são formados por estrangeiros.
Não se trata portanto apenas de ressarcimento, no qual a Empresa já deixou claro que não irá devolver, mas sim tentar contribuir para que outros consumidores também não sejam enganados.
E só para tentar resumir o modus operandi dessas empresas em relação a esse fato, de certa forma criminoso, até por trabalharmos com advocacia criminal e conhecermos um pouco dessas mentes, a escolha da vítima geralmente é estrangeira, que não teria tempo nem disposição para impugnar o ato, além de que os valores não são tão altos, de forma que não valha à pena tentar reaver, a exemplo do nosso caso de cerca de 300 euros, apesar de que, em vista da impunidade, até os próprios portugueses por vezes também estão sendo lesados, como vimos na reportagem citada.
Já o dano seria o mais imperceptível possível, como no presente em que dizem ter havido um arranhão na roda, com menos de 3cm. Porém também inserem arranhões nas outras rodas, que também pode ser na lataria, sendo que na presente situação havia mais dois arranhões nas outras rodas, e até mesmo maiores, como mostram as fotos que anexamos como prova, pelo que, caso o cliente porventura constate o arranhão, quando do levantamento do veículo, rapidamente informam que já foi anotado e mostram estar riscado na foto do carro, constante do papel a ser assinado, pelo que logicamente não iria reparar que havia arranhões nas três rodas, mas que marcaram ter apenas em duas. Está assim dado o golpe.
Portanto, não podemos apenas contar com a ajuda do Portal da Queixa by Consumers Trust no sentido de tentar extirpar esse tipo de burla, como também é importante que todos aqueles que se sintam lesados também reclamem, seja em sites de reclamação como esse importante Portal, seja também informando tal conduta às autoridades portuguesas, como no caso da ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica – Órgão de Polícia Criminal, que conforme consta em seu site: https://www.asae.gov.pt/investigacao-criminal/delitos-antieconomicos.aspx (onde há um campo específico para formulação de denúncias): “A ASAE, no âmbito das suas competências, focaliza grande parte da sua atividade na investigação de delitos contra a economia. A previsão destes delitos (e a sua investigação) visa garantir os interesses dos consumidores (considerando, sobretudo, a decisão autónoma e consciente do consumidor), bem como a livre prática e concorrência leal entre os operadores económicos e a estabilidade dos mercados, através, por exemplo, do controlo dos preços de determinados bens.”
Se vai haver apuração de tais condutas, já é outra história. Portanto espero, assim como o Portal da Queixa by Consumers Trust, ter contribuído para a tentar eliminar ao menos um pouco esse mal na sociedade portuguesa.
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