Utilizei a plataforma da Uniplaces para encontrar quarto para morar em Lisboa. Foi-me garantido por um dos operadores da linha telefónica de apoio ao cliente que todos os senhorios dos quartos publicitados na plataforma faziam contrato de arrendamento e passavam o recibo legalmente exigido.
Assim, fiz reserva de um quarto até dia 31/12/16, tendo pago à cabeça 300€, dos quais 60€ corresponderam à taxa de serviço e 240€ ao valor mensal da renda do quarto.
No final do primeiro dia de estadia solicitei à senhoria da casa que me passasse um recibo, a qual me respondeu que não passava recibos. Em alternativa, pedi-lhe que assinássemos um contrato. Na altura concordou, mas dias mais tarde voltou com a palavra a trás, dizendo que não assinava nada.
Como se isto não bastasse, no final dessa semana recebo uma mensagem da mesma a informar-me de que queria que saísse lá de casa no final do mês.
Entretanto arranjei outro quarto, pelo que combinei com a senhoria que ia sair antes do mês acabar se ela me devolvesse metade do mês de renda que eu tinha pago, tendo ela concordado. Um dia antes do final dos primeiros 15 dias do mês, disse-me que me devolvia apenas 100€ dos 120€ correspondentes a metade da renda, uma vez que da Uniplaces tinha apenas recebido o valor de 206€.
Confrontado com esta situação, enviei um e-mail à Uniplaces a denunciar o sucedido e a exigir a restituição do valor pago como taxa de serviço e dos 20€ que a senhoria não me queria pagar. Quanto a esta exigência nada me foi respondido, tendo sido dito apenas que lamentavam que tivesse havido um mal entendido.
Em resultado, a minha reserva não ficou garantida, perdi 80€, fiquei sem recibo da taxa de serviço que paguei e deparei-me com um serviço que não protege os consumidores em caso de não cumprimento das reservas por parte dos senhorios.
Por outro lado, esta plataforma facilita a ilegalidade dos arrendamentos e aproveita aos cometedores de fraude fiscal.
Para além desta queixa que serve de aviso aos potenciais utilizadores desta plataforma, farei uma denúncia ao Ministério Público.
Concordo com o Miguel Cabrita. Com a Uniplaces vai sempre por sua conta e risco pois os contratos com a Uniplaces estão definidos na internet desse modo. Não faço queixa em Portugal do que se passou com o meu filho em Barcelona (usarei outros recursos) porque é um pais estrangeiro. Mas no momento em que se escolhe um quarto e nos comunicam que está disponivel, não há modo de o visitar sem fazer o contarto com a Uniplaces de antemão . Isto quer dizer que o cliente está desde logo a aceitar todas as condições que são: pagar à Uniplaces o seu serviço+1 mês de renda. Mesmo que o quarto não seja o esperado ( como descrito no site), nunca há modo de receber esse mês de renda adiantado pois a Uniplaces, ao contrario do que afirma , é uma plataforma de negócios que protege os arrendatários. Os clientes são os "patos". Se depois há ou não contrato de arrendamento; ou se se cumprem outras questões legais, o inquilino fica na mão do arrendatario. E como este negócio é em mais de 90% sobre estudantes estrangeiros que estão fora do seu paíspor periodos limitados ( motivo pelo qual se criou o negócio), ficam estes estudantes fargilizados pois estão noutro país que desconhecem e onde accionar mecanismos legais de resolução vai além do período que ali permanecem. E assim a maioria fica calada e acarreta os prejuízos.
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