Mais de 1.300 reclamações denunciam problemas nas urgências | Portal da Queixa

O ano de 2022 tem sido marcado por vários problemas nos serviços de urgência dos hospitais de norte a sul do país.

Urgências Portugal

O ano de 2022 tem sido marcado por vários problemas nos serviços de urgência dos hospitais de norte a sul do país. As dificuldades começaram com os constrangimentos nas urgências de ginecologia e obstetrícia e estenderam-se, nos últimos meses, às urgências hospitalares - adultos e pediátrica. Uma situação que fez disparar o número de reclamações dos utentes no Portal da Queixa. Só este ano, mais de 1.300 apontam falhas às urgências hospitalares. Os motivos são vários.

O Portal da Queixa registou um total de 2.202 reclamações relacionadas com os diversos prestadores de saúde públicos, entre os dias 01 de janeiro e 13 de dezembro. A análise apurou que, mais de metade, 1.312 reclamações (65%) são dirigidas aos hospitais e apontam como principal problema: os vários constrangimentos nas urgências (adultos e pediátrica) e maternidades.

Entre as reclamações relacionadas com os serviços de urgência, as queixas vão desde as horas intermináveis na sala de espera (média a ultrapassar as 12 horas), a incapacidade de o hospital responder a casos urgentes, o mau atendimento, até à falta de condições para receber tantos utentes e às dificuldades geradas pelo fecho inesperado do serviço de urgência.

No Top 5 dos hospitais que acolhem maior número de reclamações figuram: o Hospital Beatriz Ângelo (90 queixas); Hospital de Braga (58); Hospital de Santa Maria – Lisboa (53); Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (46) e Hospital de Faro (33).

Utentes relatam experiências “desesperantes”

Segundo os dados analisados, são inúmeros os relatos de experiências “desesperantes” dos utentes.

Oana é uma das utentes que denúncia a longa espera e o mau atendimento na urgência pediátrica do Hospital Beatriz Ângelo. A longa espera na urgência do Hospital de Braga também foi o motivo exposto na reclamação registada por Ana Fernandes: “Dei entrada nas urgências do Hospital de Braga às 23h18, tendo sido chamada pela primeira vez já depois das 9h00 da manhã.”

Na reclamação dirigida ao Hospital de Santa Maria (Lisboa), Ana também se queixa da demora no atendimento: “Estive na urgência desde as 16h até as 8h30 da manhã”.

Por seu turno, Joana Correia descreve na experiência que partilhou no Portal da Queixa:

“O meu avô António Correia (85 anos) deu entrada nas urgências de ambulância no Hospital dos Covões, em Coimbra, com covid-19, passou duas noites lá sentado numa cadeira de rodas, sem banho, sem uma muda de roupa, nada.”.
 

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