Centro Hospitalar Barreiro Montijo
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Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE
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Centro Hospitalar Barreiro Montijo - Ausência de cadeira de rodas para utente grávida e engessada

Sem resolução
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Ricardo
Ricardo apresentou a reclamação
19 de outubro 2023
Hospital de Nossa Senhora do Rosário, Barreiro, 18 Outubro 2023, 10h15


Cheguei de carro ao hospital com a minha esposa, onde tinha consulta de obstetrícia, marcada para as 10h45.

Grávida de 31 semanas e com a perna engessada devido a um acidente do qual foi vítima, foi necessária uma cadeira de rodas para a transportar do carro até à unidade de obstetrícia situada no 5º piso.

Deixei-a a aguardar, dentro do carro que estava estacionado no parque do hospital e entrei no edifício para ir então buscar uma cadeira de rodas. Solicitei-a à funcionária que estava logo à entrada do lado direito, ao que ela me respondeu que teria de ir buscá-la ao edifício ao lado, o das urgências pediátricas.

Quando lá cheguei, estava um funcionário daquele serviço, onde solicitei novamente uma cadeira de rodas, ao que este me respondeu que não havia ali nenhuma disponível.

Fiz questão de o informar da situação em que a minha esposa se encontrava e que dificilmente teria outra alternativa para se conseguir deslocar. Respondeu para o acompanhar e dirigimo-nos até à entrada do edifício ao lado, edifício de onde eu tinha vindo.

Foi ter com uma outra funcionária, que estava do lado esquerdo à entrada, a fim de verificar se não haveria mais nenhuma cadeira, nem mesmo nas reservas, ao que constataram de imediato que efetivamente não havia mesmo mais nenhuma.

O funcionário disse-me que iria tentar ver noutras unidades se conseguia solucionar o problema, disse-me para esperar ali, à entrada, onde estávamos, enquanto iria ver o que podia fazer. Vários minutos depois chegou finalmente com uma cadeira de rodas. Pediu o meu nome, o da minha esposa, o meu contacto e para que departamento estava agendada a consulta. Apontou numa suposta ficha de requisição e disse-me para quando me fosse embora a entregasse "no mesmo local". Com todo este imprevisto, já estávamos atrasados para a consulta, saí de imediato e fui buscá-la ao carro.

Após a consulta, que afinal não chegou a existir devido à adesão à greve por parte da médica, fui deixar a minha esposa no carro e voltei para entregar a cadeira de rodas. Entro no edifício e coloco a cadeira arrumada junto a um pilar logo à entrada, próximo da funcionária com quem falei inicialmente, ao que esta me responde de imediato com alguma arrogância que a cadeira não era para deixar ali, e que tinha que a deixar no local onde me foi entregue, ao que lhe respondi que o local onde ela me foi entregue teria sido precisamente ali.

Continuando com a mesma postura, insistiu que teria de a deixar nas urgências pediátricas que era de lá que ela tinha vindo e era lá que seria minha obrigação a deixar. Repeti que o que me foi transmitido, foi que teria de a deixar no local onde ela me tinha sido entregue e que se me tivesse sido entregue nas urgências pediátricas teria sido lá que a deixaria, e que, no entanto, não tinha sido.

Acrescentei inclusive que não entendia porque motivo, com tantos funcionários ali em redor apenas atentos ao que se estava a passar, teria de ser eu a deixar a cadeira num outro local longe de onde eu me encontrava, quando não ficou sequer claro de que unidade tinha vindo a cadeira. Todo este episódio enquanto a minha esposa aguarda por mim no carro, grávida e com dores.

O tempo avançou, assim como o valor da fatura do parque de estacionamento. Após várias trocas de ideias, percebi que não havia nem iria haver qualquer tipo de compreensão por parte da funcionária. A cadeira ficou no local onde a tinha deixado, saí em direção ao carro e já quando estava prestes a entrar no carro ouço uma voz chamar, e que pelo volume, daria a sensação que deveria estar mais longe, foi então que olhei para trás e era precisamente para mim que um homem se estava a dirigir. Pediu que fosse até ele para conversar.

Não hesitei, entrei novamente no edifício e dirigi-me então a essa pessoa. Inicialmente não foi uma conversa, foi apenas um monólogo, pois o senhor fez questão de dar início a uma pequena palestra, com pequenas lições de moral e cidadania, sem sequer questionar primeiro o que teria acontecido afinal. Isso veio depois.

Pedi que se identificasse, imediatamente respondeu que era o Elias Santos, mais especificamente "Dr. Elias Santos" como fez questão de frisar várias vezes durante a conversa, sem que eu entendesse muito bem com que finalidade. Talvez com a finalidade de assumir uma postura, a meu ver, de macho alfa na tentativa de mostrar dominância, talvez para que o assunto pudesse ficar resolvido da forma que mais lhe conviesse.

Informei que a cadeira estava entregue, estava ali ao nosso lado e que iria seguir com a minha vida, que não tinha mais nada a acrescentar, ao que me respondeu que não o deveria fazer, uma vez que existia a tal ficha que o funcionário preencheu, em que constavam os meus dados pessoais e que se eu não deixasse a cadeira no edifício das urgências pediátricas, o que iria ficar registado seria que eu não teria entregue a cadeira, que teria abandonado o hospital e que a teria levado a cadeira comigo.

Em primeiro lugar, nunca me foi entregue papel nenhum com comprovativo de absolutamente nada.
Segundo, assinei nenhum documento, ainda assim perante mais de cinco funcionários que presenciaram todo este lamentável episódio, todos viram perfeitamente que a cadeira foi entregue e que ali a tinha deixado sem qualquer atrito, desde início e que não saí com absolutamente nada. Terceiro, disse ao Exmo. Sr. Dr. Elias que tinha reparado que havia CCTV cameras à entrada e que para qualquer eventualidade de poder vir a ser acusado de algo, que estaria ali a prova para as autoridades poderem confirmar que tudo não passaria de falsas acusações. Referi também que poderia facilmente providenciar no sentido de lhe/lhes ser instaurado um processo crime por calúnia, injúria e difamação, ao que respondeu com tom sarcástico e irónico que de nada iria servir pois as câmaras não estariam a funcionar.

Posto isto, a conversa chegou basicamente ao mesmo local que chegou com a funcionária; a local nenhum. Insistiu que tinha a obrigação de deixar a cadeira no outro edifício. A verdade foi que por momento algum me foi mostrada nenhuma diretriz, onde isso estivesse escrito num regulamento ou algo do género. E após insistência, voltei a referir que o que me tinha sido informado, foi que deixasse a cadeira onde ela me tinha sido entregue, ou seja, ali à entrada.

Após todo este tempo perdido, foi então que o Sr. Dr. Elias se lembrou de chamar ao local o funcionário que me entregou a cadeira, com o objetivo de apurar o que teria dito ele afinal. Verificou-se então que houve afinal, uma falha de comunicação e o que ele deveria ter dito não foi dito da forma que pretendia, o que acabou por condicionar o que eu e qualquer pessoa no meu lugar teria percebido.

Este funcionário, de nome Jesunildo, foi o único que manteve uma postura humilde. Foi o único a quem eu disse que não tinha culpa de toda aquela incompetência e falta de compreensão que em vez de se terem focado numa solução, ficaram mais focados em complicar, assumindo constantemente posturas prepotentes, com uma tremenda e evidente falta de profissionalismo.

Mais informo e quero deixar claro e que fique também aqui registado que não vi rasurar, rasgar ou me foi entregue qualquer documento que comprovasse a entrega da cadeira de rodas, desta forma fico até com algumas dúvidas quanto à questão se alguns dos intervenientes terá agido novamente de má fé e tenha feito com que a cadeira não tenha sido "formalmente" entregue. Com todo este episódio só quis seguir com a minha vida, pelo que apenas me lembrei deste pormenor mais tarde.

A meu ver não vale tudo, muito menos para quem está a atender ao público e torna-se uma matéria ainda mais sensível quando o tema é saúde, onde as pessoas já estão frágeis e debilitadas. Compreendo que haja direitos e deveres, haja responsabilidade e normas a cumprir, no entanto nunca me neguei a nada daquilo que me foi inicialmente proposto, portanto, não acho que tenham o direito de me obrigar ou ordenar, sem qualquer motivo válido e muito menos daquela forma. Desempenhar funções que, a meu ver, competem aos funcionários da instituição em causa e não aos utentes ou acompanhantes que têm de estar presentes para prestar eventuais auxílios.
Data de ocorrência: 18 de outubro 2023
Ricardo
Ricardo avaliou a marca
23 de fevereiro 2024

Falta de profissionalismo e ética.

Esta reclamação foi considerada sem resolução
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