Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde - Péssimo atendimento

No dia 15/1/23 dirigi-me às urgências dos centro hospitalar da Póvoa de Varzim, com formigueiro nas mãos e em parte da face. Fui atendida pela enfermeira Ana Margarida Filipe que me aferiu as tensões e constatou que estariam altas (14-10). Informei que já estaria medicada mas que não teria tomado pois só teria que tomar a meio da manhã e ainda seria bastante cedo. Passei depois para o consultório do Dr. António Tomás, com pulseira amarela, a quem referi que notei o formigueiro nas mãos pouco dias após o inicio da toma do medicamento para as tensões (clortalidona), referi também ida ao centro de saúde onde expus a situação e que o medicamento não fazia efeito, não fui levada a sério. Referi que naquela manhã tinha acordado com aqueles sintomas e que o formigueiro na cara era a primeira vez. Como estava com as tensões bastante altas, estava preocupada pois tinha sido diagnosticada com um quisto no útero duas semanas antes, o relacionamento com a médica de família não é o melhor e ninguém com quem falava me levava a sério, ao contar toda esta situação ao Dr. António, chorei. O Dr. fez o despiste de avc e baseou-se na minha fragilidade emocional para me diagnosticar com ansiedade. Nem umas simples analises sanguíneas se dignou a fazer. Disse-me para numa próxima, fazer em frente ao espelho os mesmos testes e se não tivesse a cara torta, para não ir à urgência. Ao longo da manhã, piorei. Fui a outro hospital e a clortalidona era o responsável por aquilo tudo. Eu estava com uma hipocalemia grave. O meu rim estava a falhar. Dia 27/1 dirigi-me ao mesmo centro hospitalar onde solicitei o relatório da urgência, foi-me dado um documento sem qualquer informação dos profissionais de saúde que me atenderam, questionei o motivo. Foi-me dito que devido à lei da proteção de dados não poderiam fornecer essa informação. Reclamei com quem me passou essa informação e a senhora Isabel Duarte, informou-me que teria que preencher um formulário para obter essa informação e que a resposta me seria dada via telefone nos dois dias úteis seguintes. Posto isto, aguardei cinco dias úteis e nenhum telefonema foi feito. Dia 3/2 regressei e pedi informações no espaço cidadão, a informação passada pela senhora Isabel Duarte já foi totalmente diferente. Disse que durante a semana seria enviado um e-mail contendo a informação do clínico. Passaram novamente cinco dias úteis e nada de e-mail. Regressei novamente dia 10/2 ao espaço cidadão, exigi o nome do médico, disseram que o meu pedido estava no departamento jurídico a ser verificado. A senhora Isabel Duarte negou toda a informação que me passou desde o inicio quando a confrontei com tudo o que disse desde que preenchi o formulário. Ameacei regressar na sexta-feira seguinte com advogado e a policia se o e-mail não me fosse enviado. Precisamente na sexta-feira seguinte, ao final da manhã o bem-dito e-mail chegou.
Notas importantes: A lei da proteção de dados não se aplica a informações médicas. É um direito do cidadão ter acesso ao seu processo clinico completo.
Quanto ao requerimento o hospital tem o prazo de 10 dias úteis para responder ao pedido como indicado na lei nr 26/2016 de 22 de agosto artigo 15º - O prazo não foi respeitado e acredito fielmente que só recebi o e-mail por ter ameaçado aparecer com o advogado e a policia. Caso contrário estaria até hoje à espera do nome do irresponsável que me atendeu na urgência.
Foi-me dito também por uma das funcionárias no dia 10/2 que uma vez fez um pedido semelhante num outro local e que esperou seis meses, como se isso justificasse toda a incompetência demonstrada desde o dia 27/1. Venho expor a minha insatisfação perante toda esta situação e enquanto que no inicio a minha intenção era apenas escrever no livro de reclamações, neste momento, depois de perceber que um simples pedido como o meu provocou tanto alvoroço num Hospital com tantos processos por negligencia médica, agora vou mais longe.