Clínica São João de Deus - Tratamento incorreto e desumano ao paciente

Exmos. Sr.,
Vimos por este meio apresentar reclamação contra a Clínica São João de Deus, CTD – Centro de tratamentos de Doentes, Lda., número de identificação fiscal 500325162, sita na Rua António Patrício, nº 25, 1749-098 Lisboa, por tratamento de forma desumana e de negligência ao paciente mencionado.
O Senhor Alexandre deu entrada nessa unidade de saúde no dia 4 de março de 2022 cerca das 14 horas, na especialidade de urologia, a fim de para ser submetido a uma intervenção cirúrgica, nesse dia por voltas das 19horas, ao aparelho urinário – colo vesical masculino e próstata, pelo seu médico especialista.
Após diversas tentativas de contacto sem sucesso, no sábado dia 5 de março, e no domingo, dia 6 de março, a informação obtida, nesse domingo dia 6 de março cerca 14:45 via telefone, foi de que a cirurgia tinha decorrido conforme planeado e que o paciente se encontrava estável.
Foi com enorme dificuldade que se obteve noticias do paciente, porque a chamada se desligava antes de ser atendida por alguém ou ao passar da receção para o local onde o mesmo se encontrava. Lamentamos, também, o atendimento telefónico que foi bastante agressivo e indelicado por parte da enfermeira Paula, que não se limitou a dar a informação solicitada sobre o estado do doente, mas a fazer comentários do tipo:
- “Já estou farta de atender telefonemas de sobrinhos/familiares do Sr. Alexandre.”
- “A família não comunica?”
- “Já vi que esta família não se dá!”
Na quarta feira o paciente tem alta clínica e regressa a casa num estado lamentável de pânico, assustado, fragilizado, podendo mesmo dizer em estado de choque com o péssimo tratamento desumano, recebido por parte da clínica em questão.
De acordo com a informação que nos foi passada posteriormente pelo médico fora da clínica, O senhor Alexandre reagiu mal psicologicamente ao pós-operatório, e, a solução encontrada pela equipa clínica foi de atar o senhor, os pés e as mãos, à cama onde estava deitado, sem qualquer fármaco administrado para controle, de acordo com o descrito na fatura liquidada, deixando o senhor completamente negro e com bolhas nos membros, superiores e inferiores, respetivamente.
De lamentar e ainda mais grave a negligencia por parte da equipa clínica de dar alta ao senhor Alexandre e este sair do hospital sem que o cateter que lhe tinha sido colocado aquando do internamento para efetuar a cirurgia, não lhe ter sido retirado do membro superior.
Todo o exposto tem testemunho na primeira pessoa, mas também de pessoas externas acompanhantes do paciente senhor Alexandre, assim como fotos dos membros e do cateter retirado por terceiros na quinta feira, dia 10 de março, na residência do senhor Alexandre.