Easyjet - Reembolso bilhete viagem

Gostaria de tornar público o meu repúdio ao modelo de negócio desrespeitoso e agressivo praticado pela empresa Easy Jet.
Marquei uma viagem para Portugal no dia 06 de agosto pela Iberia. Na mesma viagem, programei uns dias na Suíça, tendo comprado uma passagem de ida e volta com a Easy Jet.
Em 14 de Julho, fui atropelada no Rio de Janeiro. A partir desse dia, estive hospitalizada durante 10 dias para realizar uma cirurgia no tornozelo. Em 23 de Julho, operei e coloquei três parafusos no tornozelo. Os médicos especialistas que me assistiram me exigiram repouso absoluto por no mínimo 60 dias. Desde então me locomovo numa cadeira de rodas ou com auxílio de canadianas, apenas dentro de casa.
Esse fato contrário à minha vontade, obviamente levou-me a cancelar a minha viagem.
Entrei em contato com a Ibéria e a Easy Jet para expor minha impossibilidade de viajar e solicitar reembolso das passagens.
Para justificar meu pedido, anexei todos os documentos emitidos pelo hospital, os Bombeiros e a Polícia Civil do Rio de Janeiro, entidades que prestaram socorro durante meu acidente.
Todos os documentos são originais, possuem os devidos carimbados com os números de inscrição em conselhos profissionais e estão assinados por conceituados especialistas brasileiros, sobretudo na área da ortopedia.
A Ibéria recebeu os documentos, não me fez nenhuma pergunta, não levantou nenhuma dificuldade e me reembolsou em 100% o valor da passagem que paguei.
Quanto à Easy Jet, a empresa foi preconceituosa, desrespeitosa e intransigente. Depois, de receber esses mesmos documentos, argumentou:
1 – que a venda dos bilhetes não são reembolsáveis – só em caso de doença grave e morte (?). Que mortos não embarquem até posso entender. Agora, se estar presa a uma cadeira de rodas e à canadianas não é fato suficientemente grave, o que a Easy Jet consideraria como doença grave?
2 - que “os documentos que enviou anteriormente não são válidos de acordo com os nossos termos e condições para dar seguimento ao seu pedido.”, embora não especificassem o que consideram “documentos válidos”, ainda que todos os documentos que enviei fossem originais pertencentes à papelaria de cada instituição que me auxilio e/ou tratou, estivessem assinados por especialistas, datados, carimbados e com código internacional da doença.

Como me pareceu que estavam a duvidar da autenticidade dos papéis pela simplicidade do material de papelaria, contestei esse e-mail esclarecendo que os documentos eram autênticos, que comprovavam a minha incapacidade de andar cobria o período da viagem, e orientando para o fato de os assinantes serem idôneos.
Mais uma vez a Easy Jet me contestou a dizer que só faziam reembolsos em casos muito específicos, sem esclarecer o que entendem por específico. Argumentaram ainda que “Poderá sim, fazer alterações (de vôo, de nome), até 2 horas antes do vôo original, mediante o pagamento das taxas respectivas, que poderá consultar em Taxas e Encargos, no nosso website. No caso de alteração de vôo, para além da taxa respectiva acresce ainda a diferença tarifária”.
Insisti na explicação de que não podia me locomover, mas a resposta deles foi: “Não é possível emitir um vale de viagem dado que com assistência especial poderá viajar a bordo do nosso avião. Esta é a nossa resposta final”.

Gostaria de saber que formação médica têm esses funcionários administrativos para afirmar tal sandice? Como podem me tratar com tamanho cinismo, solicitando documentos que já estavam diante deles. Documentos autênticos, completos e claros.
É do conhecimento geral que a Easy Jet não pratica preços tão baixos assim quando relacionados à baixa qualidade do seu atendimento, o desconforto das suas viagens e as diversas limitações a que expõe seus passageiros.
Nunca mais viajo por essa companhia e não a recomendo a ninguém. São desrespeitos, deselegantes e praticam um marketing de relacionamento completamente ultrapassado.