Desloquei-me no domingo, dia 31 de janeiro do presente ano ao Hospital Litoral Alentejano, sensivelmente pelas 17 horas.
Qual não é o meu espanto que me foi recusada a entrada/assistência, e nem sequer foi por especialista.
Passo a explicar. A minha companheira tem diagnosticado Rinite Alérgica e Sinusite Sazonal e andava há 2 ou 3 dias a dormir mal por dores de cabeça fortes por o muco nasal estar alojado no nariz e precisava apenas de medicação, medicamentos estes que só com receita médica se podem adquirir. Com este fim, deslocado-nos ao referido hospital.
Entrámos nas urgências e explicámos à senhora que estava de atendimento, que a situação está diagnosticada e a nossa finalidade era apenas a consulta para obtenção da receita médica.
Foi-nos respondido que a minha companheira teria de passar para a área Covid para fazer despistagem, o que poderia, muito provavelmente, resultar em fazer teste. Foi explicado por nós, mais uma vez, que a doença está diagnosticada e que a minha companheira não estaria com Covid pois nos últimos dias tinha feito testes de despistagem.
Foi respondido pela funcionária de atendimento, que teria na mesma de passar para a área Covid porque não sabia se a minha companheira estaria ou não contaminada com o vírus e que qualquer sintoma que esteja relacionado com os sintomas de Covid, como dor de cabeça, corrimento nasal, dor de garganta etc seria tratado, em primeiro lugar, na área Covid, independentemente se o utente tem o vírus ou não.
Posto isto, chega-se à conclusão que não faz sentido nenhum.
Em primeiro lugar ,mistura pessoas na mesma área que tenha e que não tenha sido contaminada pelo vírus, antes de fazer teste de despistagem e em segundo lugar, a recusa de sermos assistidos mesmo com um problema diagnosticado.
Desistimos de tentar explicar algo óbvio e fomos até ao centro de saúde de Alcácer do Sal, onde a minha companheira não teve de fazer nenhum teste, passar para área Covid nenhuma e em 15 minutos foi atendida e tinha a receita médica. Simples e claro como a água.
Não sei se são ordens da direção do hospital ou do ministério da saúde para se fazer este controlo na entrada mas, dirigirmo-nos a um hospital porque precisamos de ser consultados e a nossa assistência ser recusada é de outro universo e nojento.
Extremamente desagradável e situação inútil, que não faz qualquer diferença separar as pessoas e sujeitá-las a área específica sem diagnóstico nenhum.
Com esta situação tivemos de fazer 110 quilómetros por nos ser recusada a assistência, gostaria de saber quem se vai responsabilizar pelo pagamento da gasolina destes 110 quilómetros.
Data de ocorrência: 30 de janeiro 2022
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