Hospital Dona Estefânia - Processo: 21053676 - urgência 22234081

O JOÃO entrou pelas 9:45 do dia 10 DE DEZEMBRO na urgência do HOSPITAL PEDIÁTRICO D. ESTEFÂNIA com suspeita de apendicite: dor abdominal continua no quadrante inferior esquerdo, anorexia, sinal de blumberg positivo sem febre e em jejum desde a 1H da manhã. É feita triagem pelas 10:30 e atribuída pulseira amarela.
Após alguns minutos foi necessário chamar a enfermeira pois o JOÃO estava com muitas dores, foi prontamente administrado BEN-U-RON e pelas 11 horas foi fazer ecografia que confirmou a apendicite, diagnóstico que exige cirurgia (nada que não se faça cá todos os dias, diz o médico que fez a eco). Regresso À sala de espera, entretanto fez análises pré-operatório e foi direcionado para uma sala onde ficou numa maca “já não vais sair daqui” diz a enfermeira.
Por volta das 12 horas aparece a médica “cirurgiã” DRª ALINE e aqui começou a história:
... o João vai ao bloco mas temos casos mais urgentes, inclusive um recém-nascido que vem do algarve para ser operado, o João tem 3 crianças à frente para cirurgia mas se se complicar poderá ficar para amanha de manhã quando entrar uma “equipa fresca” que o vai operar.
Vamos avançar para internamento... Passagem de responsabilidade da urgência para internamento (como é que isto é possível, passar a responsabilidade a outro, tudo é permitido inclusive brincar com saude de um adolescente).
O JOÃO foi internado e depois de muitas insistências para saber quais os próximos passos, pelas 22 horas aparece a mesma médica da observação na urgência DRª ALINE, a dar satisfação que o dia tinha sido complicado e o caso não era urgente pelo que "vou avaliar se vou autorizar que se dê comida ou vai ao bloco, mas como não operamos á noite, pode ficar para amanha (não operamos á noite?… a equipa de cirurgia está na urgência apenas durante o dia, o bloco não funciona á NOITE? A URGÊNCIA FECHA À NOITE? NÃO HÁ URGÊNCIAS À NOITE?)
O JOÃO Passou a noite na onde foi necessário administração de analgésicos mais fortes para conter a dor, assim como controlar a febre porque entretanto ficou febril pelas 10:30 do dia seguinte 11 de dezembro, foi então para o bloco operatório.
A cirurgia correu bem, segundo me foi dito, mas vai ficar 5 dias internado: porquê? afinal a situação clínica complicou-se e houve supuração por irresponsabilidade do médico que estava a acompanhar este miúdo doente. 24H à espera de uma cirurgia, supostamente simples, com necessidade de internamento de 24H no pós cirúrgico virou um internamento mais longo, de 5 dias por necessidade de manter administração de endovenosos. É esta a triste história que vos exponho do tão apregoado bom SNS e pergunto: qual o motivo para adiar a cirurgia, considerada situação aguda e urgente? Porquê deixar progredir a doença? tratar atempadamente evitaria complicações, quem falhou?

Passaram dois meses, a reclamação continua em aberto. Dois meses para analisar uma reclamação ?