Venho por este meio, mostrar o meu desagrado, pela maneira desumana e a falta de educação, com que trataram a minha mãe, uma idosa de 87 anos que deu entrada nesse hospital , para ser operada de urgência à vesícula.
Refiro que a equipa médica, foi perfeita.
Mas quando chegou à enfermaria, na cama 21 do 2° piso, houve alguns problemas que passo a relatar o da madrugada de dia 12 deste mês:
Retiraram-lhe uma algália no inicio da noite, porque estava mal colocada, então, antes de dormir puseram uma fralda que pouco tempo depois ja estava a passar para toda a cama.
Sendo a minha mãe uma pessoa discreta, com algum pudor, sentindo-se incomodada, sem conseguir dormir e sem resposta, quando tocava para a ajudarem, tentou levantar-se sozinha e devido à sua fragilidade caiu. Aí apareceram alguns elementos aos gritos, falando com ela, como se se estivessem a zangar com o cão que acabou de fazer as necessidades na alcatifa da sala. Pegararam nela pelos dois braços, com a força de quem está irritado , que ainda tem as nódoas negras em cada lado. (Refiro que a minha mãe é uma pessoa magra), e aos gritos disseram : - "Deite-se, são 5 horas da manhã! " Como se não bastasse a humilhação de se sentir molhada, a fragilidade da doença e da queda, a vergonha de ser repreendida desiducadamente, perante as suas colegas de quarto, ainda lhe ataram os braços à cama. No dia seguinte, quiseram dizer que ela estava confusa, depois de dois dias sem beber água, apesar dos seus pedidos encarecidos, depois desta violência toda, sem ninguém atender as suas necessidades, cheia de medo de represálias por parte do hospital. A minha mãe tem alguns problemas de saúde devido à sua idade, mas não tem falta de memória, nem confusões. Ao ponto de me pedir para eu a ir buscar, mas sem me dizer porquê. Ela lembra-se bem das angústias que passou, mas lembra-se também de quem a tratou bem e com educação.
Fico triste, por saber que a minha mãe se sentiu desprezada e abondonada e mesmo que não seja para ela, que o mal já está feito, que sejam episódios desumanos a não repetir.
Data de ocorrência: 12 de setembro 2021
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