Quero, através deste meio, mostrar o meu descontentamento sobre o seguinte: na sexta-feira (15/06/2018) levei a minha mãe, de 89 anos , com demência, hipocoagulada, à urgência do hospital na sequência de uma queda que deu no Centro de Dia que frequenta. Colocaram-lhe pulseira amarela e a mim, roxa. Encaminharam-na para o serviço de ortopedia/ pequena cirurgia. Foi-lhe feito um TAC e disseram-me que a minha mãe teria de ficar lá durante 24 horas, em observação (à semelhança do que já tinha acontecido antes e em que tinha ficado na sala laranja - Sala de curta duração). eu disse que a mãe não tinha camisa de dormir e a enfermeira disse que não fazia mal, pois o Hospital tinha. Por volta das 23 horas, a enfermeira disse-me que me podia ir embora. A minha mãe tinha de fazer outro TAC na manhã seguinte e depois o Hospital entraria em contacto comigo quando lhe fosse dada "Alta" para a ir buscar.
No dia seguinte de manhã liguei para o hospital para saber da minha mãe e foi-me dito pelo telefonista que a minha mãe ainda continuava em observação, que não me preocupasse, pois me telefonariam assim que fosse para a ir buscar. Passado pouco tempo ligam-me, de novo, informando-me que a minha mãe tinha desaparecido e que ninguêm sabia dela. Andava tudo atrás dela, até porque tinha de fazer o TAC. Fiquei em estado de choque e disse que ia para lá, ao que a enfermeira me disse que me deixasse ficar em casa pois ela poderia aparecer por cá e que assim que tivessem novidades me telefonariam.
Passado algum tempo (hora de almoço) voltaram a ligar-me a dizer que a minha mãe já tinha sido encontrada à porta do Hospital (perto das paragens dos autocarros (e ainda tinha de fazer o TAC).
Pergunto como é que uma pessoa desaparece do hospital em camisa de dormir e ninguém vê.
A resposta tive-a quando a fui buscar. A minha mãe dormiu vestida com a roupa que levara e dormido numa cadeira ou cadeirão (ao contrário do que tinha acontecido na vez anterior). Em termos de higiene nem se fala, o penso higiénico que usava (incontinência urinária) não tinha sido mudado e estava todo encharcado. Estava sem comer desde a noite de 6ª feira (15/6, em que apenas bebeu um copo de chá com 4 bolachas), no sábado de manhã penso que também não deve ter tomado pequeno almoço (por causa do TAC que tinha de fazer) e ficou sem almoçar até a ir buscar à tarde depois da alta.
Acrescento, ainda, que quando cheguei ao Hospital para a ir buscar fui muito mal atendida pelos enfermeiros que me levantaram a mão dizendo com ar muito enfadado "pode levá-la, pode levá-la". dirigi-me para a saída quando me perguntaram se não ia ao balcão. então fui e perguntaram-me pela carta da alta e eu respondi que não me tinham dado nada e me mandaram embora.
Voltei atrás, os enfermeiros ignoraram-me e foram dois médicos (1 médico e 1 médica) que ao aperceberem-se da situação se prontificaram a ajudar e me deram as informações que o médico tinha deixado no computador e imprimiram a carta da alta, apesar de não ser do serviço deles conforme me disse a médica.
Data de ocorrência: 19 de junho 2018
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