Venho por este meio reclamar o péssimo diagnóstico feito ao nosso patudo. O atendimento foi rápido, recepcionista simpática, nada a apontar. A médica Beatriz Lopes, igualmente simpática porém precisa de rever o script na hora de promover o internamento.
Contextualizei todo o cenário: o meu cão foi apanhado no saco do lixo biológico à uma semana e meia atrás, passou um dia com a cauda entre as pernas e estava com dificuldade em andar, queixoso das patas traseiras, não sabíamos se seria barriga ou coluna, porque ele deixou de subir para o sofá como habitual. Realçar que não tinha sinais de apatia, à excepção óbvia do desconforto relativamente às dores, nunca deixou de comer, beber água nem brincar. Não vomitou depois do episódio do lixo, esteve de diarreia um dia apenas, juntamente com o meu outro patudo mas que em 24h recuperaram. O meu outro patudo não esteve em contacto com o lixo biológico. O desconforto na zona traseira era evidente ao toque e ficamos com receio do que poderia estar a passar-se e achamos por bem ir ao Hospital.
Na consulta de urgência, ao meu animal foi-lhe recomendado internamento com uma apalpação de segundos, fiquei imediatamente perplexa a tentar compreender o motivo do internamento se nem um exame complementar foi realizado à excepção da apalpação. Durante essa “apalpação”, o cenário previsto sem exames era muito preocupante: Poderia ser uma pancreatite, um quadro hepático e poderia essa infecção estar em vários órgãos o que seria grave. De seguida a médica tirou a temperatura ao meu patudo, que marcou 39.5, a temperatura para a médica era relevante porque estava no limite de fazer febre e uma vez mais sublinhou a necessidade de internar.
Foi-nos sugerido exames ao sangue, um raio x para descartar qualquer corpo estranho e uma ecografia à zona abdominal (a eco seria com marcação para outro dia) sempre presente no script da médica que o melhor era o internamento. Aceitamos que os exames ao sangue e raio x fossem realizados porque perante aquele cenário, ficamos extremamente preocupados. Explicamos que o nosso cão NÃO deixou de comer, NÃO vomitava, NÃO estava com fezes líquidas, inclusive o nosso animal acabou por fazer fezes no consultório, que eu recolhi para que a médica pudesse ver, ao que foi-me respondido - "Pois está com diarreia".
O resultado dos exames ao sangue estavam normais e o raio X não apresentou qualquer corpo estranho. A médica através do RAIO X indicou que o fígado estava aumentado e o estômago dilatado, o que no seu entendimento e explicação ainda mais sentido fazia internar, para que pudesse haver uma monitorização permanente.
Eu expliquei que caso a questão fosse monotorizar e dar os medicamentos a horas certas, eu teria toda a disponibilidade uma vez que trabalho em casa e posso fazer esse acompanhamento permanente, ainda assim foi-me dito que era necessário internar para serem administrados injectáveis e que por isso era mais adequado.
Fiquei hesitante quanto ao internamento porque a médica Beatriz Lopes nunca me deu um diagnóstico concreto. O meu cão nunca deixou de comer, não vomitava, não estava com diarreia e depois de saber o resultado dos exames ao sangue ainda mais apreensiva me senti.
Senti-me pressionada para o internamento e face ao sucedido na consulta com a médica Beatriz Lopes, decidi realizar o tratamento em casa e monitorizar o meu patudo. A médica no final da consulta, deu um injectável com o nome Maripotant para reduzir as dores abdominais. Para o tratamento em casa levamos Cerenia, Fortiflora e Omeprazol. Marcamos a consulta de controle no final do tratamento e uma ecografia caso o meu animal não melhorasse. A médica também se mostrou disponível para caso existisse a necessidade de a contactar e para não hesitar e que se o meu patudo não melhorasse ou piorasse deveria regressar à clínica para o internamento.
Na chegada a casa o meu animal começou a ficar apático, com sonolência, sem reagir aos estímulos habituais e a dor mantinha-se na zona traseira.
No dia seguinte, resolvi pedir uma segunda opinião no veterinário habitual, o meu SALSICHA estava com dor nas articulações, levou um injectável e em menos de 40 minutos ficou bom.
No Hospital Santa Marinha a fatura ficou nos 205,80€ (consulta de urgência 59€, resíduos e desinfecção hospitalar 6€, catalyst painel básico 35€, hemograma 20€, fuji NA-K-CI ionograma 18€, raio x digital 1ªexpo 36€, Cerénia 24mg 7,4€, Omeprazol 5mg 12,8€, Maropitant Inj 10ml 6€, Fortiflora 5,60€)
No veterinário habitual, a fatura foi de 31,10€. (consulta 22€, metacan inj 3,50€, previcox 227mg 5,60€)
Conclusão: No Hospital Santa Marinha paguei um valor exorbitante para um diagnóstico e tratamento errado.
Não espero ser ressarcida pelo Hospital, até porque já observei o modus operandi das respostas às reclamações online. A minha reclamação é para que outros donos de animais conheçam a minha experiência e a importância de conhecermos os currículos e formação dos profissionais especialmente quando estamos a pagar e bem.
Data de ocorrência: 27 de fevereiro 2023
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