Laboratórios Germano de Sousa
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Laboratórios Germano de Sousa - Má prática

Sem resolução
Daniela Conceição
Daniela Conceição apresentou a reclamação
4 de novembro 2020
Após contacto directo com uma colega de sala diagnosticada com COVID-19 no Centro Social Paroquial de Alfornelos a minha filha teve indicação para permanecer em isolamento profilático. Após o mesmo, e através de solicitação da USF local, foi realizar teste para pesquisa de SARS-CoV-2 no posto de colheita da Germano de Sousa, sito na Av. Eduardo Jorge, n.° 43, 2700-307 Falagueira, no dia 30/10/2020 pelas 19h.
O posto de colheita estava cheio e aguardamos pacientemente a nossa vez. Quando chegou o momento de a minha filha realizar o procedimento, fomos encaminhadas para uma sala por duas funcionárias, cuja categoria profissional desconheço pois não se identificaram.
Não me foi explicado qual o procedimento a ser realizado nem de que forma o iriam fazer, apenas pediram à minha filha para se sentar numa cadeira e eu noutra mais afastada. A criança demonstrou relutância em sentar-se na cadeira sozinha pelo que me foi solicitado que me sentasse na cadeira com a minha filha ao colo, e que segurasse as pernas da minha filha com as minhas. Uma funcionária segurou os braços da criança enquanto outra funcionária iniciou a realização do procedimento.
Ao sentir introduzir o cotonete na narina direita a minha filha debateu-se e essa mesma funcionária colocou o cotovelo na testa da criança para força-la a imobilizar a cabeça. Portanto, e reforço, ficaram 3 adultos a conter fisicamente uma criança de 5 anos! Presa de pernas, braços e com um cotovelo a pressionar a testa!, enquanto a funcionária tentava introduzir o cotonete na narina direita e não conseguia. A minha filha chorava, gritava e implorava para parar porque estava a doer muito. Não conseguindo introduzir o cotonete na narina direita, a funcionária tentou a seguir através da narina esquerda. Novamente não conseguiu progredir com o cotonete mas continuou sempre a tentar. A minha filha estava aterrorizada, aos gritos a implorar para parar porque estava a doer mesmo muito, e a funcionária continuou sempre a tentar introduzir o cotonete, até que finalmente conseguiu após forçar a sua entrada.
Após a colheita saímos as duas o mais rapidamente possível daquele local, a minha filha lavada em lágrimas, e eu também. Só ao chegar ao carro percebi que a narina esquerda da criança apresentava uma hemorragia.
Honestamente, não consigo ainda qualificar ou processar este acontecimento, de tão traumático (para ela) e traumatizante (para as duas) que foi. Recordo que a minha filha tem 5 anos! Cinco! É uma criança dócil, bem-educada, calma e obediente! Fez recentemente as duas vacinas dos 5 anos e não chorou!
Não consigo perceber como pode um técnico supostamente com formação para a realização da colheita entender que é correto e seguro FORÇAR a entrada de um cotonete nas fossas nasais.
O utente poderá apresentar mal formações como desvio do septo nasal ou hipertrofia dos cornetos nasais entre outras. Poderá ter sido submetido a intervenção cirúrgica recente por via transnasal, transfenoidal e ter contra indicação para realizar a zaragatoa através da nasofaringe! Ninguém me perguntou se a minha filha tinha antecedentes pessoais relevantes ou explicou o método de colheita! A minha filha tem rinite alérgica diagnosticada o que pode de facto condicionar uma hipertrofia dos cornetos, apesar desta condição não estar diagnosticada.
No caso concreto da minha filha, era notório que apresentava dificuldade na progressão no cotonete. Foi preciso tentar nas duas narinas e forçar até provocar hemorragia para de facto se conseguir fazer a colheita, correndo-se o risco de se provocarem lesões irreversíveis a nível das estruturas do nariz e em última análise até do cérebro.
Não obstante, e ainda que não apresentem nenhum antecedente pessoal de relevo ou malformações a nível nasal ou contra-indicações para realizar a colheita via nasofaringe, não consigo conceber que se preconize que se deva sujeitar crianças tão pequenas a colheitas de exsudados via nasal, ainda que seja essa a orientação da DGS. No entanto, a mesma orientação da DGS sugere também que em idade pediátrica pode ser por vezes mais fácil, realizar a colheita de aspirado ou lavado nasal, opções que não foram sequer oferecidas.
Há uma dualidade de critérios vigente incompreensível entre laboratórios, visto que neste preciso momento uns realizam o procedimento apenas através da orofaringe (escusado será dizer com incomparavelmente menos trauma físico, emocional e/ou psicológico associado) e outros apenas através da nasofaringe. Devo lembrar que é de crianças que estamos a falar! Muitas das quais já bastante assustadas e traumatizadas com uma situação que não conseguem compreender e processar, submetidas a isolamentos e confinamentos forçados, para depois ainda serem sujeitas a procedimentos tão agressivos e traumatizantes como este! Revolta-me saber que com o crescendo diário de número de casos de COVID-19, e já antevendo a necessidade de realizar mais testes às crianças e de forma cada vez mais regular, não se acautele primordialmente o bem estar emocional e/ou psicológico das crianças e não se procure realizar este procedimento da forma menos agressiva e traumatizante possivel! E revolta-me saber que esta funcionária continue a exercer funções e a potencialmente colocar em risco a saúde e bem-estar de outras pessoas, adultas ou crianças.
Posto isto, solicito o nome, categoria profissional e número de inscrição na ordem profissional da funcionária que realizou a zaragatoa na minha filha, uma vez que pretendo avançar com queixa nas instâncias judiciais competentes.
Melhores cumprimentos,
Data de ocorrência: 4 de novembro 2020
Laboratórios Germano de Sousa
26 de novembro 2020
Exma. Senhora,

Segue em anexo a carta resposta à reclamação formalizada por V. Exa.

Atentamente
Esta resposta tem um anexo privado
Daniela Conceição
2 de dezembro 2020
Boa noite,
Não concordo com vários aspectos, nomeadamente com o ponto 5. O procedimento deverá ser sempre explicado ao utente, ou no caso de crianças, aos seus pais/representante legal. Ainda, a existência de possíveis contra-indicações à realização da colheita através da nasofaringe, deverá ser ser sempre averiguada antes do procedimento, por forma a prevenir lesões irreversíveis a nível das estruturas do nariz/ou cérebro e tal não se verificou.
Solicito o nome e número de inscrição na ordem profissional das técnicas responsáveis pela colheita à minha filha para dar inicio a queixa nas instâncias judiciais competentes.
Melhores cumprimentos,

Daniela Conceição
Laboratórios Germano de Sousa
4 de dezembro 2020
Exma. Senhora,

Segue em anexo a carta resposta à sua comunicação.

Atentamente
Esta resposta tem um anexo privado
Daniela Conceição
4 de dezembro 2020
Bom dia,

Reitero o meu pedido de identificação das técnicas de análises clínicas responsáveis pela colheita para pesquisa de SARS-CoV-2 realizada à minha filha. Na grande infelicidade da minha filha, ou qualquer membro do meu agregado familiar, voltar a ser encaminhada pela USP para o posto de colheita em questão, tenho o direito de recusa da prestação de serviços por parte das técnicas em questão. É um direito que me assiste, estou certa que o sabem tão bem quanto eu.
Cumprimentos,

Daniela Conceição
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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