Multicare - Recusa de comparticipação de cirurgia por não ser considerado como doença

Exmos. srs.
Eu, Madalena Costa, portadora do cartão de cidadão 11487574, com a apólice 1000350, processo 3HELP3, cliente nº 481290, venho por este meio solicitar um esclarecimento da vossa parte para o pedido de cirurgia que foi feito para o Hospital da Luz de Setúbal, o qual veio recusado. É dificil entender como é possivel ter um parecer de um médico neurocirurgião e receber da vossa parte uma resposta que em nada é explicita, de um clinico que nunca me consultou, que não sabe quais as minhas queixas, alegando apenas na sua resposta que não tenho nenhuma doença.
Todos os examens enviados, relatórios médicos e suportes a comprovar o meu caso clínico, não foram levados em consideração, colocando em causa o diagnóstico feito pelo médico neurocirurgião no Hospital da Luz de Lisboa.
Após a minha consulta no dia 12/05, e depois de vários exames de diagnóstico, desde raio-x, TAC's, ressonâncias magnéticas e das minhas dores crónicas, o Doutor recomendou-me uma cirurgia de redução mamária.
Foi feito o pedido de autorização à Multicare pelo Hospital da Luz de Setúbal, através do Doutor que iria ser responsável pela cirurgia, o qual diagnosticou igualmente uma hipertrofia mamária sintomática definida como um sindrome de dor cervico-dorsal persistente. Obtive a resposta negativa por parte da Multicare no dia 03/06, alegando que não existia patologia. Perante esta resposta, entrei em contacto com o médico que me tem acompanhado, que ficou igualmente surpreendido com esta decisão. Foi elaborado um novo relatório, onde este juntou algumas recomendações clinicas vigentes, onde se comprova que não existe tratamento não cirúrgico duradouro para esta situação clinica, e que a mamoplastia de redução oferece a melhor abordagem. Existe uma grande contradição entre o quadro clinico que apresento, com justificações fundamentadas, e a vossa resposta, onde numa só frase, informam que não autorizam a cirurgia por não ter nenhuma doença. Tenho uma gigantosmatia, raquialsgias crónicas, e atualmente de predominio cervical. A ressonância magnética da coluna dorsal mostra já discopatias degenerativas dorsais, que me dão dor constante. Tendo em conta este cenário, os médicos apresentaram-me uma solução cirúrgica de redução mamária para melhorar a minha qualidade de vida, tendo em conta o quadro de dor cervico-lombo-sacra, mas a leitura que V.Exas retiraram deste quadro clínico é que se trata de uma cirurgia de foro estético, não tendo em consideração a limitação da qualidade de vida e a ausência de melhoria clínica, não sendo esta a melhor conduta a uma empresa que deveria zelar pela saúde dos seus clientes.
Remeto em anexo todos os exames e relatórios médicos realizados, bem com as normas clinicas vigentes para a minha patologia.
Agradeço novamente a vossa análise cuidada, sendo que que me encontro disponivel para ser avaliada por um médico à vossa escolha para que possam apurar as vossas dúvidas relativamente à necessidade de uma intervenção cirúrgica que me possa devolver alguma qualidade de vida.