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Guia das diferenças entre gerações no trabalho


Temas como diversidade e inclusão no ambiente profissional estão em pauta ao redor do mundo e vem provocando grandes transformações nas empresas. No Brasil, há um maior destaque para as questões raciais e de gênero. Mas as diferenças entre gerações no trabalho também têm um papel muito importante nesse cenário.

Para superar desafios e alcançar os benefícios da convivência com pessoas de várias faixas etárias, vale a pena conhecer melhor o comportamento de cada geração que está na ativa nos dias de hoje. E quem está à procura de emprego já pode aprender a lidar com isso!

Que gerações fazem parte do mercado de trabalho atual?

Apesar do predomínio de representantes das gerações X, Y, Z no mercado de trabalho atual, profissionais com idades mais avançadas seguem em atividade no Brasil e no mundo. Com base em um estudo conduzido em 2022 por uma consultoria global na área de recrutamento, a Forbes aponta a tendência de ampliar o leque de talentos e continuar incorporando pessoas com mais experiência nos quadros das empresas.

As gerações ao longo do tempo

Com o aumento da expectativa de vida e os esforços para inclusão e diversidade etária, é possível encontrar pessoas das seguintes gerações no mercado de trabalho atual:

  • Baby Boomers: pessoas nascidas entre 1945 e os primeiros anos da década de 1960
  • Geração X: pessoas nascidas entre meados das décadas de 1960 e 1980
  • Geração Y (ou millennials): pessoas nascidas entre meados das décadas de 1980 e 1990
  • Geração Z: pessoas nascidas por volta do ano 2000


Certas empresas também contam com a presença de pessoas nascidas até 1945 em seus quadros. Essa é a chamada geração silenciosa ou tradicionalista, que tem um comportamento profissional bastante parecido com o dos Baby boomers.


Como são os profissionais de cada geração

Cada geração é influenciada por situações e características marcantes de sua época, que se refletem no modo como essas pessoas se posicionam na vida profissional.

Baby boomers


A geração dos Baby boomers chega ao mundo em um contexto de pós-guerra, com uma situação econômica de escassez e esforços conjuntos de reconstrução. Essas pessoas têm passado por muitas mudanças político-sociais ao longo da vida e atualmente se preocupam com questões de saúde e família, além de buscarem uma estabilidade financeira.

Boomers mantém um vínculo muito forte com o emprego, ao mesmo tempo em que preferem separar a vida pessoal da profissional. Outro aspecto importante sobre essa geração é a experiência de aprendizado mais tradicional, seja ao seguir a profissão de seus pais e avós ou simplesmente pelo costume de aprender com pessoas mais velhas.

Essa geração pode ver como desafio as perspectivas de trabalho híbrido no pós-pandemia, a interação com gestores mais jovens e o uso de novas tecnologias. Por outro lado, tem grande comprometimento em relação a prazos e horários, respeita a hierarquia no ambiente de trabalho e valoriza a comunicação interpessoal.

Geração X


Ocupando cerca da metade das vagas de trabalho atualmente, a geração X se caracteriza pela maleabilidade no comportamento profissional. Pessoas nessa faixa etária vivenciam um período de maior prosperidade, ao mesmo tempo em que são marcadas por acontecimentos como a queda do muro de Berlin, a epidemia de AIDS e a transição para a era digital.

Isso influi no desenvolvimento de novas competências, com a valorização de diplomas e certificações, mas também leva a uma relação mais aberta com o mercado de trabalho. Por exemplo, enquanto os boomers querem ficar na mesma empresa pelo máximo tempo possível, os Xers se sentem mais livres para mudar de emprego ou empreender — desde que já tenham tudo acertado antes de dar esse novo passo na carreira.

Outras características marcantes são o individualismo e a necessidade de reconhecimento, tanto do ponto de vista financeiro quanto profissional, fazendo com que muitas pessoas da geração X se tornem workaholics ou deixem que o trabalho ganhe mais importância em sua vida social.

Geração Y


A virada do milênio é o acontecimento mais marcante para a geração Y, tanto que essas pessoas também são chamadas de millennials. Com uma faixa etária distanciada dos Baby boomers, mas ainda bem próxima às gerações X e Z, os millennials se importam com o bem-estar no trabalho.

Movidas por suas vivências na passagem da era analógica para a digital, as pessoas da geração Y valorizam os processos e buscam motivação em sua trajetória profissional. Para elas, o trabalho precisa estar alinhado a um propósito ou causa, além de ser algo prazeroso — acima do que o status social ou satisfação financeira que um emprego pode oferecer.

Millennials são profissionais responsáveis e focados em conquistar o que for preciso para chegar aonde querem, mas também esperam um retorno em termos de qualidade na gestão de seus esforços, oportunidades de desenvolvimento e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Caso não se identifiquem com o rumo que o seu emprego está tomando, não temem se desligar de uma empresa ou até mesmo mudar de profissão, partindo em busca de novos desafios.

Geração Z


As pessoas da geração Z já são nascidas na era digital, tendo a oportunidade de se familiarizar com tecnologias que fazem parte da vida contemporânea desde que ainda eram crianças. Quem está nessa faixa etária pode contar com as facilidades geradas pela globalização, o amplo acesso à internet e até o suporte financeiro dos pais.

Por outro lado, esses jovens têm vivenciado impactos das mudanças climáticas e de situações que vão dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos às recentes manifestações antirracistas em todo o mundo, da crise econômica mundial no início dos anos 2000 ao empobrecimento do Brasil no pós-pandemia, além do caos político marcado por fenômenos como o Brexit, a guerra da Ucrânia e a polarização ideológica entre direita e esquerda.

Isso contribui para que a geração Z se envolva cada vez mais em questões ambientais e no ativismo comportamental, principalmente através das redes sociais. Mas nem sempre há o mesmo nível de engajamento no trabalho, ainda mais quando é preciso lidar com frustrações ou se encaixar em padrões muito rígidos.

Profissionais da geração Z são ágeis, capazes de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, tomar iniciativas e aprender o que precisam por conta própria. Gostam de contar com flexibilidade de horários e diversidade no ambiente de trabalho, além de usar a criatividade e as ferramentas de comunicação online. No entanto, por terem o raciocínio muito calcado em imagens, podem sentir dificuldade nas interações presenciais ou na transmissão de suas ideias por escrito.


Como lidar com as diferenças entre gerações no trabalho?

As diferenças entre gerações no trabalho podem enriquecer a cultura da empresa, mas também levar a divergências de atuação. Afinal, profissionais de várias faixas etárias trazem para o ambiente de convivência uma grande diversidade de experiências, habilidades interpessoais, aspirações, necessidades, estilo de comunicação e adaptabilidade às mudanças.

Os principais desafios para a harmonia transgeracional são:

  • Conflito de gerações entre líderes e equipes
  • Falhas na comunicação interpessoal
  • Dificuldade em manter o engajamento no trabalho


Atitudes importantes ao lidar com cada geração

Levando em conta as características de cada geração, algumas atitudes podem contribuir para minimizar as situações desafiadoras no ambiente profissional:

  • Baby Boomers – Por mais que as pessoas dessa faixa etária fiquem mais à vontade em papéis de mentoria e no trabalho presencial, elas também respondem bem ao trabalho remoto após um período de adaptação. Além disso, elas se sentem motivadas com uma comunicação clara sobre os objetivos e o andamento dos projetos — essa estratégia torna as coisas mais fáceis para líderes das gerações mais novas que devem lidar com boomers na equipe.
  • Geração X – As pessoas dessa faixa etária podem ter um desempenho surpreendente ao receber estímulos como bônus, incentivos financeiros por produtividade e feedbacks positivos. Mesmo se dando bem com as ferramentas de trabalho online, a geração X é motivada pelas relações interpessoais e costuma gostar muito de participar de eventos de trabalho.
  • Geração Y – Um ambiente de trabalho mais humano e saudável contribui para o rendimento dos millenials, que também se tornam mais produtivos quando recebem feedback e têm poder de administrar a própria agenda. Afinal, por mais que uma pessoa da geração Y valorize o seu tempo e espaço pessoal, isso não compete com o seu foco em entregar resultados alinhados a um propósito.
  • Geração Z – Para engajar a geração Z no trabalho é interessante envolvê-las em diferentes projetos e/ou processos. Essas pessoas são estimuladas quando podem atuar de forma independente e com horários flexíveis, usar ferramentas tecnológicas e redes sociais, conviver com líderes e colegas inovadores e sentir respeito à sua individualidade dentro de um grupo diversificado.


Aliás, conhecer e respeitar as diferenças entre gerações no trabalho é o primeiro passo para evitar atritos e construir um ambiente profissional que seja visto com orgulho por toda a equipe!


 

Esta informação é da exclusiva responsabilidade de Online CV.