Centro Hospitalar de Coimbra E.P.E
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Centro Hospitalar de Coimbra E.P.E - Paciente amarrada à cama num pequeno corredor escondido

Sem resolução
Ana Cláudia de Oliveira Carmo
Ana Carmo apresentou a reclamação
12 de abril 2023
Fui às Urgências de Psiquiatra no fim do ano transacto e estive cerca de 1.30 mn à espera de consulta. Mas a minha queixa está relacionada não com o tempo de espera (mesmo não havendo pessoas à minha frente, simplesmente não havia Psiquiatra nas Urgências).

A minha queixa está relacionada com a situação deplorável que assisti enquanto estava sentada e aguardava a chamada para a minha consulta..
Ou seja, estava uma idosa (cerca dos 65 anos) acamada numa cama no pequeno corredor que dá acesso à sala de Psiquiatria do Hospital de Coimbra.

Eu comecei a ouvir os clamores da sra. e fui perto da sua cama. Qual não foi o meu espanto, ela estava toda amarrada com ligaduras pelas mãos e pelos pés à cama hospitalar!. A senhora estava a transpirar, com a máscara na cara ainda por cima, nenhuma enfermeira ou segurança faziam nada.. Ela só gritava: dessamarrem-me!

Eu endireitei-lhe a almofada que estava quase a cair para dar mais algum conforto, levantei o lençol e deparei-me com as pernas dela todas vermelhas/negras por estar atada (como um porco) aos pés da cama sem se poder movimentar!. O sangue das pernas estava completamente parado, as pernas estavam arranhadas!..
As mãos estavam presas aos ferros da cama mas muito puxadas de forma a ela não poder mexer-se. Um dos braços estava já roxo..
Eu afastei um pouco a sua máscara para lhe perguntar o nome e disse-me: Rosa Maria. Pediu-me para lhe coçar o nariz, coitada...toda a transpirar sem poder coçar o próprio nariz! As enfermeiras andavam dum lado para o outro na conversa e deixaram aquela triste ali num canto meio escondido pois assim ninguém veria que ela estava aprisionada à cama.
Pedi ajuda ao segurança que estava sentado a fazer nada, olhou para mim, levantou-se e nem uma palavra. Passados uns minutos veio um outro colega dele porque o primeiro não devia estar para "se chatear nem se incomodar" com a "velha" nem comigo.
Esse segundo segurança pareceu mais empático. Eu disse que ela pediu água e ele foi buscar embora em vez de sentar a paciente para ela beber, despejou-lhe a água na boca enquanto deitada e a mulher engasgou-se toda. (pode ser que um dia lhe aconteça algo do género à sua própria mãe, nunca se sabe)..

Depois disto, as enfermeiras como viram que eu não saia de perto da D Rosa e tentava confortá-la de alguma forma, veio uma enfermeira e fez-se de preocupada, desatou uma das mãos (embora muito pouco), levou-para dentro para trocar a fralda( imagino há quantas horas a D.Rosa estava sem mudar a fralda, e depois chamou uma maqueira para a retirar lá do corredor já que eu estava "a dar muita atenção ao caso".... se é que me faço entender...

Só vi a Dona Rosa a ir embora, ainda amarrada, amordaçada de máscara, cheia de sede e com certeza que ia ser posta num canto bem escondidinho...para não chamar " atenções ".

Tenho pena de não ter tirado fotos, foi algo de horrível o que assisti... e espero que, quando estas enfermeiras forem velhas e caducas e as mães destes seguranças que só andam a passear no hospital a falar da vida alheia, passem pelo mesmo.

Assim , pode ser que se lembrem de todas as Rosas Marias que lhes passaram pelas mãos!!!!!

Só escrevi hoje esta mensagem pois não sabia deste "Portal da Queixa".

Com certeza vai ser mais uma queixa da qual se vão rir e "pôr para o lado"..

Mas é o que vos digo caros/as concidadãos...Naquele dia foi a Rosa Maria...amanhã podem ser vocês ou um familiar vosso..

Repugnância...
Data de ocorrência: 12 de abril 2023
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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