Vivemos uma altura de grandes constrangimentos e na presente conjectura ir ao hospital trata-se de um momento inadiável e de grande ou extrema necessidade.
Estou grávida de 8meses, em nenhuma consulta ou exame me foi dada a possibilidade de ter o pai da criança a acompanhar-nos, mas queremos acreditar que iremos ter profissionais que nos farão sentir mais acompanhados, pelo menos é o q gostam de vir dizer para a televisão e outros meios de comunicação.
Lamentavelmente não é o que se passa em cada vinda a este hospital, nos serviços de consulta externa, que hoje culmina nesta reclamação.
Desde o barramento da entrada do pai, funcionárias da recepção que nem os bons dias dão, a uma sala cheia de grávidas que vão rodando e sentando-se outras nas mesmas cadeiras sem qualquer desinfecção (pois possíveis funcionários estão em casa a receber o rendimento mínimo) para terminar num ecografista que não nos dirige a palavra todo o exame, que quando lhe explico a motivação do exame ter sido marcado tão cedo na fase da gravidez não faz qualquer caso (a médica que me segue que resolva e possivelmente me esclareça se a placenta está baixa ou se já subiu) que apenas faz observações e comentários sobre o facto de serem os médicos dos quadros de vila Real a terem que andar na estrada para colmatar a falta de profissionais em Lamego, mas para não me preocupar que o meu processo, que "anda para trás e para a frente", será enviado para Lamego.
Fico lisonjeada pelo apoio às grávidas prestado por esta unidade, pelo civismo e profissionalismo que imperaram nesta minha saída de casa para ser analisada a minha condição, após semanas de confinamento que pratico para evitar expor-me ao vírus.
Sendo muitas vezes os médicos do SNS os mesmos do sector privado, lamento que o serviço privado não possa estar mais acessível a todos, porque a diferença é descomunal.
Não são precisas palmadinhas nas costas é preciso profissionalismo e ética deontológica.
Data de ocorrência: 6 de novembro 2020
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