FORD - Diversas avarias e falhas de concepção e fiabilidade de componentes

Venho por este meio demonstrar a minha mais profunda insatisfação e desilusão enquanto proprietário de um Ford.

Possuo desde 2014 uma unidade Ford Mondeo 1.8 TDCi Econetic de 2009, adquirida usada, em concessão oficial FORD, com todo o histórico devidamente comprovado com o livro de revisões e, à data, com cerca de 91000 Kms.

Julgando eu estar a receber um topo de gama de passageiros da linha Ford, concretizei o negócio, afiançando ter uma viatura robusta nos anos vindouros (ao contrário do fenómeno atual dos “bens descartáveis”, EU gosto de manter – nas devidas condições de funcionamento – todos os bens de valor que adquiro, tais como este carro (o meu PRIMEIRO CARRO, que para muitos, e eu próprio incluído, representa o realizar de um sonho!)

Na verdade, de sonho esta história tem muito pouco, pois não muitos meses depois da sua aquisição e utilização como viatura familiar em viagens ao fim-de-semana, em que seguramente 80% do trajeto corresponde a Auto-estrada (o percurso é quase sempre o mesmo), comecei a notar uma falha no motor a velocidades constantes, e quando o pé apenas tocava “ao de leve” no acelerador. Isto marcou o início do que viria a acabar com a troca dos 4 injetores, tendo apenas uma delas sido detetada durante o período de garantia do stand (em Março de 2015 e por volta dos 98000 ou 99000 Kms – já após a realização da revisão oficial dos 100000 Kms, antecipada por mim, de modo a também verificar esta anomalia, que não foi detetada), e as restantes, já fora deste período (segundo injetor trocado em Agosto de 2016, com cerca de 108000Kms, e terceiro e quarto injectores trocados já em Março de 2017, aos cerca de 112000 Kms), totalmente pagas por mim, num total superior a 1500€ para a troca de 3 injetores e peças relacionadas (intervenções fora da garantia, realizadas em concessionário FORD, que não o da compra do carro).

(Isto para não me alargar demasiado, sem contar com a rotura de uma tubagem do líquido refrigerante durante uma viagem, tinha a viatura 100250 Kms, e por volta dos 105000 Kms, nova fuga com origem no termostato, tendo a sua resolução orçado em cerca de €500, novamente em concessionário autorizado.)

Finalmente, e agora que a viatura conta com cerca de 115000Kms (cento e quinze mil quilómetros, não um milhão cento e cinquenta…) foi diagnosticada a avaria da bomba de direção assistida, que começou a fazer um ruído característico que até então não existia. Intervenção orçada em cerca de €400, novamente em concessionário oficial. Eu, proprietário sempre zeloso da sua viatura, consciente dos oito anos (!) da mesma (dito assim até parece muito…), atendendo à mão de obra necessária para a troca da bomba de direção assistida e correia de acessórios que a move, e tendo conhecimento de diversos casos por toda a Europa de colapso total do motor, por quebra da correia de distribuição banhada a óleo – vulgarmente conhecida na web por “Wetbelt” – que equipa estes blocos 1.8 diesel, a partir de Outubro de 2007, onde até então existia uma corrente – componentes estes que têm como preconizado pela marca os 200000 Kms ou 10 anos para a sua substituição, decidi avançar para a muito dispendiosa (!) troca deste componente que, segundo os padrões da marca, se encontra ainda bastante dentro do seu período útil de vida, tendo em conta a idade, quilometragem e histórico de manutenção e utilização da viatura, algo que me foi dito até por um dos próprios mecânicos da concessão (!). No entanto, como sou alguém que estima o que tem, e prefere investir na prevenção/manutenção do que em reparações (se bem que com este carro isso não me tem servido de muito, verdade seja dita…), por muito que me custe dei o meu aval para avançar. Tudo correria conforme o previsto, não fosse ter sido detetada uma fuga na bomba injetora (!), que foi contaminando o óleo que banha a correia, encontrando-se esta já bastante degradada e apresentando fissuras na sua superfície, ou seja, estava ali uma “bomba relógio”, prestes a explodir nos próximos quilómetros, de um carro que se tornou uma verdadeira desilusão para o seu proprietário, e um motivo de embaraço para a própria FORD, e que novamente imputa ao cliente uma reparação adicional na ordem dos quatro dígitos (!), só para a bomba!.

Se qualquer uma das ocorrências anteriores podem ser por vós atribuídas a possível desmazelo do utilizador da viatura – o que neste caso não se verifica, de todo – basta pensar que antecipei, por iniciativa própria, e quase “contra” o staff da Ford uma intervenção dispendiosa (muito dispendiosa), de modo a prevenir possíveis ocorrências (para além das que já tive…) e manter o MEU FORD nas melhores condições possíveis - a isto sim, se chama o verdadeiro ORGULHO FORD, que vocês enquanto marca tanto apregoam, mas que ao mesmo tempo parecem querer matar!!! – esta situação ocorre devido a uma falha conceptual / ou escolha do material da correia banhada, que a torna susceptivel a falhas catastróficas, arrastando consequentemente o restante motor para o lixo, ou para (mais uma) reparação de milhares de euros, que em primeiro lugar nem deveria acontecer sequer! Este problema encontra-se já documentado em centenas de casos, e a postura da marca em relação a este problema originado… pela marca (!) deixa muito a desejar, e não deixa de ser lamentável que uma entidade desta envergadura se descarte de responsabilidades junto dos clientes que foram desta forma altamente lesados.

Como é possível que este carro, um suposto topo de gama da linha de passageiros FORD mantido conforme os padrões da marca (e ainda além disso!), apresente tantas e tão dispendiosas deficiências e avarias, sendo uma unidade estimada, atestada apenas com combustíveis de qualidade (no caso BP, em postos com bastante afluência), e conduzida com todos os cuidados, respeitando períodos de aquecimento e arrefecimento do motor e verificações semanais de níveis de fluídos (!) em tão curto período temporal e quilométrico?

Aguardo uma resposta séria e em tempo útil, e intervenção relativamente a esta situação, que vá além da típica resposta começada por “Vimos pelo presente acusar a recepção do email que nos dirigiu, relativo ao (…)”, que já é motivo de chacota nos círculos cibernéticos (!) dada várias semanas após a recepção das comunicações enviadas pelos clientes FORD a nível nacional, e que eu próprio já experimentei e testemunhei em primeira mão, pelo menos em duas ocasiões distintas.

Fica nas vossas mãos tentar alterar a vossa imagem junto deste cliente, até agora, totalmente insatisfeito e desiludido com a marca, e fazer com que este não seja o primeiro e último Ford a passar pelas minhas mãos, porque sinceramente, neste momento e perante tamanho desgosto e desilusão com este carro que deveria ser a concretização de um SONHO, pondero seriamente entregar o carro e trocar por qualquer coisa que não Ford. Problemas existem em qualquer marca, mas a resposta da mesma perante os seus clientes é que faz TODA a diferença.